O incremento da
segurança não acontece apenas no interior dos automóveis, com o aumento
exponencial de sistemas de ajuda à condução que facilitam a vida a quem vai ao
volante, para além de outras funções de conectividade, extensível aos demais ocupantes
da viatura. Tal também é verdade na vertente das motos, ainda que com
especificidades diversas, fruto das limitações de uma estrutura mais contida, realidade
que numa bicicleta é ainda mais diminuta.
Sobram assim, os
elementos indispensáveis a quem anda em duas rodas: os capacetes e viseiras,
sendo que hoje trago-lhe quatro exemplares que prometem revolucionar a
indústria dos capacetes e/ou óculos para utilizadores de duas rodas: os capacetes
inteligentes LIVALL e LUMUS, a viseira da EverySight e o capacete integral Scully Ar-1.
De origem chinesa e
nascido depois de uma recolha de apoios nas plataformas KickStarter e na
Indiegogo, o LIVALL é um conceito verdadeiramente futurista de um capacete que, entre outras
funcionalidades, inclui colunas Hi-Fi Bluetooth e um microfone passível de ser emparelhado
com um smartphone ou pode operar em
modo walkie-talkie permitindo-se falar
com outros utilizadores.
Tem sensores para
detecção de quedas e de cadencia/velocidade, uma bateria adicional para
carregar smartphones, controlo remoto
e umas bem coloridas luzes LED para sinalização do ciclista à noite, que
conjugam com as 5 cores da estrutura (branco, azul, amarelo, vermelho ou preto
matte). Naturalmente que tem a respectiva app para melhor explorar todas estas
capacidades. Preços: 139 dólares na versão BH60 citadina e 239 dólares na
variante BH100 para BTT. Veja-os mais em pormenor aqui.
Dos EUA e, igualmente, depois de uma campanha iniciada no
KickStarter chegará ao mercado em Setembro próximo o LUMOS. Disponível em preto mate ou branco
pérola, integra, entre outros, 14 LEDs brilhantes brancos à frente e 16 vermelhos
atrás, fornecendo em conjunto mais de 80 lumens de iluminação para garantir o
devido destaque na estrada.
Tem piscas visíveis tanto de frente e por trás, activados pelo
controle remoto wireless montado no guiador da bicicleta, luzes de travagem que
se ligam automaticamente via um acelerómetro integrado sempre que se pedala
mais devagar. A bateria é recarregável e dura mais de 3 horas entre cada carga.
Robusto e resistente à água, tem como actual preço de lançamento 119 dólares no portal
da marca. Veja mais aqui.
Igualmente avançadas
são as viseiras da EverySight. De origem israelita, as “Raptors” apresentam,
entre outras funcionalidades, um display na linha de visão do utilizador com diversas
informações, como localização GPS, rotas, condições de terreno e velocidade ou
mesmo a frequência cardíaca do utilizador.
Permitem atender
chamadas telefónicas ou receber mensagens e estão dotadas de uma câmara para fotos e gravação
de vídeos em movimento. Recorrem
ao sistema operacional Android, emparelhando com equipamentos como smartphones, computadores e/ou tablets. Mais
imagens aqui.
Finalmente, eis o Scully Ar-1, o primeiro capacete de realidade aumentada.
Integra uma câmara de visão a 180º e um visor integrado na própria viseira,
onde desfila um conjunto de informações que garantem níveis de atenção e
segurança sem paralelo ao motard, mantendo este o seu olhar sempre na estrada.
Um pequeno écran interno serve de espelho retrovisor (através
duma pequena câmara na traseira do capacete), recebe notificações de chamadas e
sms, bem como informações de trânsito e de navegação, via GPS. Disponível em
Antracite Mate ou Branco Artico Brilhante, encontra-se em pré-venda, com um preço
de 1499 dólares, estando as primeiras entregas previstas para o próximo Verão.
Conheca-o em pormenor aqui.
Por cá há um projecto que merece
uma referência especial: o conceito “CIB
– Capacete Inteligente para Bicicletas”, da autoria de um grupo de alunos
do Externato Oliveira Martins - Escola Profissional de Espinho. Trata-se de um dispositivo de
baixo custo e pequenas dimensões que poderá adaptar-se às protecções
convencionais de cabeça dos ciclistas. Detecta situações anómalas, seja
uma paragem repentina do ciclista ou se este, caso caia, se encontra na horizontal
e inactiva durante um determinado período de tempo. Em ambos os casos, o
dispositivo, emparelhado com o telemóvel do utilizador, envia uma mensagem de
alerta para um número predefinido, indicando a sua posição geográfica. O
CIB integra ainda duas luzes indicadoras de mudança de direcção, accionadas
pelos movimentos de cabeça do ciclista.
Um projecto que foi, no início do
ano, alvo de um prémio monetário, no âmbito do programa “Ciência na
Escola”, promovido pela Fundação Ilídio Pinho, que
representará um primeiro impulso com vista ao seu potencial desenvolvimento.
Apoio financeiro para passar à próxima fase precisa-se, portanto!
Cumprimentos
distribuídos irmãmente e até breve!
José
Pinheiro
Notas:
1) As opiniões acima expressas são minhas,
decorrentes da experiência no sector e de pesquisa de várias fontes;
2) Direitos reservados das entidades
respectivas aos ‘links’ e/ou imagens utilizados neste texto, conforme expresso.
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