sexta-feira, 31 de março de 2017

Água, esse recurso tão escasso…

A água é um dos maiores recursos do nosso planeta e, ao mesmo tempo, um dos mais escassos em termos de alimentação da Humanidade. Se a Terra é maioritariamente composta por esse elemento químico denominado H2O (duas moléculas de Hidrogénio para uma de Oxigénio), muita dela é imprópria para consumo directo, seja porque antes tem de ser purificada, limpando-se de outras composições químicas naturais, ou porque o próprio Homem – o mesmo cuja vida dela depende – a envenena diariamente, aos mais variados e preocupantes graus.

Esse bem, que afinal se revela tão demasiadamente escasso em algumas zonas do planeta, tem sido alvo de tentativas do seu melhor aproveitamento, mas o que é um facto é que ela continua a ser absurdamente desperdiçada no nosso dia-a-dia, até mesmo nas pequenas coisas. Se pensar bem, até no seu carro isso acontece, pois vários sistemas, deitam fora parte desse tão valioso recurso.
Já decerto viu formar-se uma poça de água por baixo do seu carro. Não sendo outro problema mais grave, trata-se-á da água expelida pelo sistema de ar condicionado (AC), depois do processo de condensação no sistema, passando de um estado gasoso para o líquido. Mas, e se essa mesma água pudesse ser reutilizada? Melhor ainda, e se essa mesma água pudesse ser… bebida?
Estranho? Sim, mas quimicamente possível, como recentemente demonstraram dois engenheiros do sector automóvel, quando filtraram a água expelida pelo AC de um carro, transformando-a em água potável!
Imagens: Ford

Tudo começou quando Doug Martin leu algo sobre um painel de publicidade em Lima (no Perú), que permitia a transformação da humidade do ar em água potável para sustento das populações locais, possível após um processo de filtragem! Com a cabecinha a fervilhar de ideias pensou: “E se os carros se pudessem tornar numa fonte de água?” Afinal, essa água desperdiçada pelos sistemas de AC podia ser reaproveitada, segundo um processo semelhante ao usado naquele painel. Juntou-se a John Rollinger na criação de um sistema que recolhesse, filtrasse e bombeasse essa condensação directamente para uma torneira no interior do carro. Não acredita? OK… veja este vídeo do projecto “On-the-Go H2O”.

Acrescente-se que este projecto nasceu no âmbito de uma iniciativa interna da Ford, que tem como objectivo de puxar pela imaginação dos seus colaboradores, vendo-se depois integrado numa outra de âmbito mundial, nos galardões 2017 World Changing Ideas Awards, da responsabilidade da Fast Company, tendo chegado ao grupo dos 19 finalistas na bastante concorrida categoria de “Transportes”.
Por isso, será uma questão de tempo até que possa dar-se ao luxo de beber uma chávena de chá quente ou um cafezinho a bordo do seu automóvel. Como lhe disse há dias num outro texto, os equipamentos de um automóvel é algo que está em constante mutação!
Imagens: UTEC/FCB Mayo

Cumprimentos distribuídos irmãmente e até breve!
José Pinheiro
Notas:
1) As opiniões acima expressas são minhas, decorrentes da experiência no sector e de pesquisa de várias fontes;
2) Direitos reservados das entidades respectivas aos ‘links’ e/ou imagens utilizados neste texto, conforme expresso.

quarta-feira, 29 de março de 2017

A Doutora Vespa

Esta é a nova (VESPA 946) RED, proposta da icónica marca italiana desenvolvida em parceria com a (RED), entidade fundada em 2008 por Bono e Bobby Shriver para a criação de uma futura geração livre do vírus do HIV/SIDA, doença que já ceifou mais de 35 milhões de vidas desde que foi descoberta em 1981 e que se tornou acompanhante de muitos mais milhões de pessoas em todo o planeta.

Mas não é só para esta doença que esta médica sobre rodas contribui, pois no seu papel benemérito também consta o acompanhamento de pessoas com tuberculose ou malária, sendo que parte das suas vendas – € 150 por cada unidade vendida – reverte para um fundo global destinado ao combate destas graves doenças.
Dotada de características próprias, nomeadamente o tom integralmente vermelho com que se apresenta, esta (VESPA 946) RED não tem preço anunciado no portal da Vespa Portugal, mas fonte oficial da marca disse ao Trendy Wheels que é de € 10.690. Assumindo toda a elegância das linhas do modelo que lhe serve de base, esta exclusiva e valiosa peça de colecção é, até à data, o único produto motorizado sobre rodas escolhido pela (RED), entidade que num passado recente tem estabelecido outras parcerias com entidades como a Apple, Nike, American Express, Starbucks e Coca-Cola.


Imagens: Vespa

De acordo com a mais recente contabilidade, a (RED) já terá angariado cerca de 465.000.000 dólares para esse Fundo Global para o Combate da SIDA, Tuberculose e Malária, verba que é canalizada para países como o Ghana, Quénia, Lesoto, Ruanda, África do Sul, Suazilândia, Tanzânia e Zâmbia, hoje abrangendo mais de 90 milhões de pessoas, beneficiando-as com medidas preventivas, tratamentos, aconselhamento, testes de HIV e demais serviços de assistência.
Caso tenha curiosidade de conhecer os produtos com assinatura (RED), clique aqui. Para além desta (VESPA 946) RED, nele pode encontrar os mais variados conteúdos – de roupa a gadgets, peças de decoração e os mais simples brindes. O objectivo de todos eles é contribuir para que um dia haja um mundo em que toda uma geração nasça sem o espectro do HIV/SIDA.

Acrescente-se que este ícone do mundo das duas rodas é também parceira privilegiada do programa “Vespa for Children”, destinado a crianças com doenças raras, que está em implementação no Hospital Pediático de Hanoi, no Vietname. Uma verdadeira médica sobre rodas!
Cumprimentos distribuídos irmãmente e até breve!
José Pinheiro
Notas:
1) As opiniões acima expressas são minhas, decorrentes da experiência no sector e de pesquisa de várias fontes;
2) Direitos reservados das entidades respectivas aos ‘links’ e/ou imagens utilizados neste texto, conforme expresso.

segunda-feira, 27 de março de 2017

72 anos nas nuvens

Até parece de propósito! Ainda há dias escrevi uma peça sobre a imaginação das diferentes companhias aéreas na composição dos cada vez mais deliciosos Vídeos de Segurança, com especial destaque para a nossa Tap Portugal e para a companhia neozelandesa, para agora deparar com… a mais recente criação da nossa operadora, para os seus voos de longo curso e intercontinentais, celebrando os 72 anos em que nos leva até às nuvens.

Esta espécie de documentário histórico desenvolvido pela agência Lobby Productions leva-nos numa viagem através dos tempos, iniciada em 1945 a bordo de um Dakota DC-3, a mesma unidade, entretanto restaurada, da então empresa de TAP - Transportes Aéreos Portugueses, e que hoje está exposta no Museu do Ar, em Sintra. Tendo como protagonistas 8 tripulantes da própria companhia aérea nacional, que como que acordaram diversos objectos vintage e diferentes fardas da sua extensa colecção, sublinhando a tónica marcadamente retro que se pretendeu obter.
De acordo com Gilda Luís, Directora de Comunicação Corporativa da TAP, “os Vídeos de Segurança têm como principal objectivo divulgar, a cada viagem, os procedimentos de segurança a bordo. No entanto, nos dias de hoje, são também encarados pelas companhias aéreas como verdadeiras peças de comunicação das marcas com os seus Clientes. Este vídeo em particular, lançado no mês em que a TAP completa 72 anos de actividade, cumpre estes dois princípios e, em simultâneo, homenageia a TAP, a sua História e o seu importante papel na aviação”.
Convido-o, assim, a começar por fazer esta viagem de já mais de sete décadas na companhia do Trendy Wheels. Depois, se tal se proporcionar, poderá vê-lo numa qualquer aeronave de longo curso, seja ela de férias ou em trabalho, que eventualmente venha a fazer.

Ah sim, se quiser ler (ou reler) o artigo a que me refiro acima, clique no link Voar com criatividade. Não surpreenderá, pois, que a TAP Portugal volte a conquistar novo “APEX Passenger Choice Award".
Cumprimentos distribuídos irmãmente e até breve!
José Pinheiro
Notas:
1) As opiniões acima expressas são minhas, decorrentes da experiência no sector e de pesquisa de várias fontes; 
2) Direitos reservados das entidades respectivas aos ‘links’ e/ou imagens utilizados neste texto, conforme expresso.

sexta-feira, 24 de março de 2017

Uma tendência de esquerda

O tema de hoje não é nada político, tem a ver com ultrapassagens! É algo do nosso quotidiano nas estradas e que está na ordem do dia, quanto mais não seja porque as autoridades rodoviárias estão em força, nomeadamente a GNR com a Operação Via Livre, na qual se adverte os condutores que, nas auto-estradas e noutras vias de múltiplas vias, continuam a teimar em circular nas faixas centrais ou mais à esquerda, sem que exista tráfego nas vias mais à direita.

É uma realidade a que, em tempos, fiz referência no texto Neste meio não está a virtude publicado noutro blog, mantendo-se tão actual como então, pois pouco ou nada os portugueses evoluíram neste capítulo. O pessoal continua a adoooooooooooooooorar as faixas centrais! Há espaço livre à esquerda e também à direita, anda-se longe dos rails de protecção, pelo que quem vier atrás, mais depressa, e o quiser passar que se desenrasque! (nota: o termo que queria usar era outro, mas isto é um blog com alguma qualidade…).
Pois, mas a partir de agora a coisa vai passar a doer e muito mesmo, depois de quase um ano de alguma permissividade por parte das autoridades. Recordo que foi em Junho do ano passado que esta infracção passou a estatuto de “muito grave” quando, então, entraram em vigor as alterações ao Código da Estrada.
Segundo a GNR, “a prática da circulação de veículos pela via do meio ou da esquerda sem que exista tráfego nas vias mais à direita, para além de constituir infração ao Código da Estrada, causa constrangimentos à segurança rodoviária e à fluidez de tráfego e potencia o cometimento de outras infracções por parte dos condutores”.
Acrescente-se que, pela sua elevada gravidade é, por isso, punível por lei e, para além aliviar as carteiras em montantes que vão dos € 60 aos € 300, quem não circular na via disponível mais à direita pode também ficar inibido de conduzir por um período de 2 meses a 2 anos. Adicionalmente, perde nada menos do que 4 pontos na carta de condução, ou seja, um terço dos pontos iniciais de alguém que tenha o cadastro limpo. Como se pode ver, é obra!


Se até ao próximo Domingo (26 de Março) a GNR se limitará, no âmbito desta Operação, a acções de sensibilização, daí até ao Domingo seguinte (2 de Abril) os operacionais dessa força vão começar a apertar o cerco com fiscalizações mais sérias. A partir de então, a coisa vai passar mesmo a doer… e muito mesmo!
Ou seja, o lema é mesmo circular pela faixa mais à direita.

“Passa por cima, ó palhaço!”
Noutro contexto e para aligeirar um pouco a temática, mas também relacionado com ultrapassagens, quem é que nunca ouviu – ou disse – algo semelhante a “Passa por cima, ó palhaço!”? Mas parece que já há quem tenha tido uma ideia de como dar uma resposta à letra… mesmo!
Conheça o Hum Rider, uma viatura dotada de uma tecnologia elevatória que promete deixar muito boa gente de boca aberta.

Tendo sido realmente criada uma unidade, o objectivo não é massificar a sua produção, já que o conceito surgiu para dar visibilidade a algo completamente diferente: a conectividade automóvel, da norte-americana Hum by Verizon. Se quiser saber mais sobre esta potencial solução para passar por cima do trânsito leia este artigo da AdWeek. Caso possa, um dia, optar por algo de características semelhantes, garanto-lhe que não vai ganhar muitos amigos!

Cumprimentos distribuídos irmãmente e até breve!
José Pinheiro
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quarta-feira, 22 de março de 2017

Maquilhagem sobre rodas

Na compra de um automóvel, tudo hoje parece possível! Se há uns anos – não muito longínquos – a preocupação da maioria dos portugueses eram as jantes de liga leve, o auto-rádio com leitor de CD e os vidros eléctricos, entretanto a coisa evoluiu e agora não se dispensam os sensores de estacionamento, os sistemas de infotainment que permitam replicar nos ecrãs de toque os cada vez mais avançados telemóveis, e as ajudas ao estacionamento e os automatismos aos mais diversos níveis.

Mas há mais! Fruto da diversificação da clientela automóvel, cada vez mais exigente e com gostos e necessidades específicas, já há carros que trazem de série algo como… batons, rimel, blush e vernis!
Nem mais! Se for a um stand da DS Automobiles e ficar encantada com o DS 3, pode encomendar um nesta Edição Eespecial Givenchy Le MakeUp, a marca destes equipamentos de série. Muitos elementos do sexo feminino irão, decerto, apreciar, nomeadamente quando estiverem no trânsito matinal e não houve tempo em casa para dar os retoques finais, pois ou dormiram para além da conta ou então porque tiveram em mãos despachar a filharada para a escola, mais os pequenos-almoços, levar a roupa da máquina para o estendal e demais afazeres domésticos… ou então muito simplesmente porque é muito mais fixe estar a fazer caretas para o espelho do carro, tentando, no meio do pára/arranca e dos solavancos, não borrar a pintura.

Imagens: DS Automobiles


Seja como for, o DS 3 Givenchy Le MakeUp existe mesmo e custa por cá entre 23.485 e 26.435 euros, dependendo do motor escolhido (gasolina ou diesel). Simplesmente exclusivo, esta proposta apresenta-se apenas e só numa única cor bi-tom Branco Opalin, mate texturada, com tejadilho púrpura Whisper, contando com jantes de liga leve de 17 polegadas, diamantadas pretas, com a referência Aphrodite… só podia!
No interior, para além dos mimos acima, é profusamente em pele, com estofos em cabedal perfurado preto Basalte, tal como o punho da alavanca da caixa de velocidades. Os bancos dianteiros são aquecidos e, como se vê nas imagens, é um tom rosa oxidado que sublinha todo o painel de bordo, enquanto ao nível do chão estão os tapetes com assinatura GIVENCHY Le MakeUp.
Lá fora, para além das linhas inconfundíveis do DS 3, destacam-se as luzes em LED do Pack DS LED Vision, com faróis em Xenon com LED, indicadores de mudança de direcção progressivos e os faróis de nevoeiro, também de LED. O pára-choques traseiro tem sensores de estacionamento e os vidros traseiros são escurecidos. Naturalmente que o logótipo GIVENCHY Le MakeUp assina o exterior, surgindo nos pilares intermédios, na moldura das portas.
Se estiver interessada num destes (quase) exclusivos exemplares corra para um Concessionário DS! Isto porque só há 1.400 unidades… para todo o mundo!

Cumprimentos distribuídos irmãmente e até breve!
José Pinheiro
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1) As opiniões acima expressas são minhas, decorrentes da experiência no sector e de pesquisa de várias fontes;
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segunda-feira, 20 de março de 2017

As handbikes de um Campeão

Depois do merecido repouso do guerreiro, após as paralimpíadas do Rio no Verão passado, o paraciclista Luis Costa tem já os objectivos bem definidos para que, em 2020, possa obter ainda melhores resultados no extremo oposto do planeta, nos Jogos Paralímpicos de Tóquio. Há, por isso, um longo caminho a percorrer pelo nosso Campeão Nacional de Contrarrelógio e de Estrada, títulos que o paraciclista luso conquistou em 2016 pelo quarto ano consecutivo, ano em que também ascendeu ao 2º lugar absoluto no ranking mundial da modalidade (Classe H5).

Como companheiras destas aventuras nacionais e internacionais, o atleta do Sporting Club de Portugal tem evoluído, como desportista profissional, apostando em diferentes handbikes, com características adaptadas aos diferentes escalões da modalidade. Tem o hábito de lhes dar nomes, conforme nos confidenciou Luis Costa, na recente entrevista que deu ao Trendy Wheels
“A ‘Zingarelho’ foi a primeira, de quando comecei a competir, em Março de 2013, sendo uma handbike em que nos sentamos numa posição inclinada para trás. A partir de Junho desse ano passei para a ‘Rasteirinha’, em que seguia deitado, e a seguir, em Setembro, veio a ‘Lebre’, uma handbike que se conduz de joelhos, fruto da reclassificação que me foi feita pela UCI – estava, na altura, numa classe errada – quando participei pela primeira vez numa Taça do Mundo. A actual começou por ser a ‘Basca’, mas acabei por não interiorizar o nome e na verdade trato-a simplesmente por ‘Menina’”, explica.


Reforcem-se as diferenças significativas entre as várias máquinas usadas no paraciclismo, que podem ser: bicletas de duas rodas, handbikes, triciclos ou tandems. Actualmente o nosso entrevistado usa uma handbike que se integra na Classe H da modalidade e embora seja comum a confusão criada na mente dos menos atentos, as handbikes nada têm a ver com as cadeiras de rodas tradicionais: “O próprio nome é esclarecedor, não sendo, de facto, uma cadeira, sendo que estas são utilizadas nas provas de atletismo, participando em maratonas e em provas de pista, nos estádios. Embora muita gente as confunda pelo facto de também terem 3 rodas, a tracção nas cadeiras de rodas é feita diretamente pelas mãos nos aros das rodas traseiras”.
Imagens: Ottobock (1), Luis Costa – Paraciclista (2), Cycle Style (3), Telmo Pinão (4) Canadian Paralympic Comittee (5)

“Já as handbikes, como a minha, funcionando exactamente como as bicicletas, recorrem a cranks, rodas pedaleiras, carretos e mudanças, tendo como única (e grande) diferença o facto de se operarem com as mãos, em vez dos pés, recorrendo a pedais alternados. Há ainda os triciclos da Classe T, que se pedalam com os pés e que têm 3 rodas”, acrescenta.
A estas há que acrescentar os tandems, com dois selins, utilizados por atletas invisuais e que, por isso, correm em duplas, sendo que o outro atleta – o que vai no selim da frente – não tem qualquer deficiência visual, e as bicicletas tradicionais, mais ou menos adaptadas ao grau de deficiência de cada atleta. 
Voltando às handbikes do entrevistado desta edição Trendy Wheels, se as suas três primeiras tinham o seu quadro de alumínio, a ‘Menina’ tem um novo quadro totalmente em carbono, num conjunto que com as mais recentes evoluções, ao nível das rodas e demais elementos, já resulta num investimento muito significativo. “Quando se quer competir ao mais alto nível, seja nas provas nacionais e internacionais, mas em especial ao nível de um Campeonato do Mundo ou umas Paralimpíadas, é obrigatório haver algum investimento, pois de outro modo não conseguimos usar armas iguais – ou pelo menos equivalentes – às dos nossos adversários.”
Apesar de algumas dificuldades ao nível da angariação de fundos, tal tem-se mostrado possível graças aos apoios que Luis Costa tem obtido, nomeadamente em serviços associados, dos diferentes parceiros com que tem contado ao longo da sua ainda recente carreira, ajudando a completar o bolo do seu próprio investimento individual. “É aos meus patrocinadores e apoiantes que devo parte do que tenho conseguido ao longo da minha carreira e é com eles que quero ir até aos Jogos de Tóquio 2020”.

Mais de 7.000 km na pré-época
Findo o período de descanso e recuperação pós Rio de Janeiro, há muito que Luis Costa regressou aos treinos, num programa intensivo que não só envolve trabalho de ginásio, como a participação em eventos esporádicos – desportivos, solidários e outros – preparativos do que definiu como o seu “Programa Desportivo para 2017”.
Imagem: Algarve Granfondo
Curiosamente há quem pense que a coisa se faz num estalar de dedos, mas naturalmente que não é bem assim, como nos explica: “Há muita gente que regularmente me pergunta se tenho treinado, mas mais recentemente a coisa torna-se ainda mais ‘gira’, ao acrescentarem algo do género ‘agora que o Inverno já passou, já podes voltar aos treinos, não é?’”. Pois… ele tem treinado e não é pouco, pois “entre Novembro de 2016 e agora já terei feito cerca de 7.000 km na bike, isto fora as horas de ginásio, não só físico, como de preparação mental.”
Intercalando os treinos diários e bi-diários, o paraciclista luso da Sporting/Tavira – Paracycling tem participado em provas de pré-época, nomeadamente Minifondos – já esteve no Algarve e em Palmela, estando em agenda o de Almodovar (25 de Março) e o de Évora (9 de Abril) – antes de se iniciar a sua jornada internacional, que prevê eventos em Espanha, Itália, Bélgica, Holanda, África do Sul e Emirados Árabes Unidos, intercalados com as diferentes provas nacionais.
Imagens: Arrábida Granfondo

Os dois primeiros já estão cumpridos e se o primeiro correu sem problemas de maior, tendo alcançado o 5º lugar da geral masculina, já a prova da Arrábida fê-lo passar por uma experiência que nenhum ciclista gosta, pois “fiquei embrulhado numa queda que envolveu vários atletas logo no início da corrida”. Recolando depois ao grupo da frente, fruto do trabalho em conjunto com um grupo de outros atletas, “vi-me depois a braços com a amarga subida final em Palmela, em calçada portuguesa, molhada e escorregadia, com passagem por dentro de um jardim, onde nem conseguia fazer as curvas em cotovelo. Tinha que colocar as mãos no chão para levantar a handbike e fazê-la rodar para conseguir curvar a subir, para depois sair do jardim por uma rua a subir a pique, também em calçada, onde por pouco não comecei a andar... para trás! Enfim, foi uma manhã animada.”
À parte destas peripécias, o paraciclista considera ter sido “um bom teste à minha preparação para a época que se aproxima, fiz o 15º lugar da geral – o 13º foi um senhor ‘desconhecido’ chamado Marco Chagas! – e o 7º do meu escalão. Mais uma demonstração que se consegue fazer coisas interessantes a pedalar com os braços em comparação com os que normalmente o fazem com as pernas”.

À conquista de Portugal e do Mundo
Depois dos Minifondos seguem-se os diferentes eventos, nacionais e internacionais, que irão por à prova toda esta preparação, ajudando Luis Costa a evoluir entre os demais adversários e a rechear a sua vitrina de prémios. Do calendário fazem parte 3 provas da Taça do Mundo, mais o Campeonato do Mundo e a Final do Circuito Europeu, bem como 4 jornadas da Taça de Portugal e os Nacionais de Contrarrelógio Individual e de Fundo, defendendo os títulos de 2013 a 2016. Veja aqui o calendário:
- 22/23 Abril - Verola Paracycling Cup (Itália)
- 29/30 Abril - Brescia Paracycling Cup (Itália)
- 11/14 Maio - Taça do Mundo de Paraciclismo, Maniago (Itália)
- 19/21 Maio - Taça do Mundo de Paraciclismo, Ostend (Bélgica)
- 28 Maio - Taça de Portugal, Viana Castelo
- 18 Junho - Taça de Portugal, Águeda
- 24/25 Junho - Paracycling Bira, Bilbau (Espanha)
- 30 Junho/2 Julho - Taça do Mundo de Paraciclismo, Emmen (Holanda)
- 8 Julho - Campeonato Nacional de Contrarrelógio Individual (Almeirim)
- 9 Julho - Campeonato Nacional de Fundo, Almeirim
- 16 Julho - Taça de Portugal, Albergaria-a-Nova
- 20 Agosto - Taça de Portugal, Alcobaça
- 31 Agosto/3 Setembro - Campeonato do Mundo de Paraciclismo, Pietermaritzburg (África do Sul)
- 28 Outubro - Final do Circuito Europeu de Handbike, Abu Dhabi (EAU)
Destaquem-se os apoios que Luis Costa tem nesta aventura internacional sobre rodas, com especial destaque para a UVP - Federação Portuguesa de Ciclismo e o Sporting Clube de Portugal, clube com quem renovou, recentemente, o seu contrato. As restantes entidades que o ajudam, neste momento, a preparar o seu projecto rumo aos Jogos de Tóquio 2020 são (por ordem alfabética) a Alportil - Concessionário Skoda, Beto Fitness Club, G-Ride Portimão E Faro, Hypno Coaching, Mediessencial - Clínica Médica e Dentária Lda, Os Mosqueteiros, OZ Energia, Sabores Da Ria e Tattoo Studium. Outros serão, decerto, muito bem-vindos!
Imagens (todas as restantes)Luis Costa – Paraciclista 

Cumprimentos distribuídos irmãmente e até breve!
José Pinheiro
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sexta-feira, 17 de março de 2017

Apto para todo o serviço

A assistência em viagem é algo que dá sempre jeito, nomeadamente quando as coisas parecem um pouco mais graves ou porque, muito simplesmente, não há muito jeito – ou pachorra – para se mudar um pneu furado! Mas… e se em vez de ser o carro a ter uma avaria, for o próprio do utilizador a não estar nos seus melhores dias e precisar de uma ajudazinha?
Há que se estar preparado para tudo, como se demonstra neste vídeo da britânica The AA, que não há muito tempo colocou um dos seus empregados numa situação, no mínimo, invulgar, pelo menos para a função que ele é suposto desempenhar no seu dia-a-dia.

Foi-lhe, por isso, atribuído o troféu de “Patrol of the Year”. É que como diz a The AA, “Because anything can happen”!
Imagem: The AA

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José Pinheiro
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quarta-feira, 15 de março de 2017

500 + 60 = Parabéns!

Com cerca de 4.275.000 exemplares produzidos entre 1957 e 1975, o Fiat 500 original foi um dos automóveis mais expressivos do mercado da altura, transformando-se num ícone na indústria automóvel. Hoje a sua nova geração, versão 2007 adaptada aos tempos modernos, mantém intacta a sua costela conquistadora, sendo já mais de 2.000.000 as unidades vendidas da Nuova Cinquecento.

O modelo completa este ano o seu 60º aniversário – e também o 10º dessa nova geração – pelo que para festejar a data a Fiat lançou uma versão especial, denominada 500 Sessantesimo (“60º” em italiano), mostrando-a pela primeira vez ao público no recente Salão Automóvel de Genebr. Para este seu lançamento especial produziu um spot psicadélico animado, que retrata a evolução do modelo original através dessas seis décadas até ao presente. Veja-o aqui.

Pretendendo sublinhar a assinatura “Forever Young” deste modelo intemporal, o spot é da autoria de Cryriak, um surreal e irreverente animador britânico de créditos reconhecidos no mundo da publicidade, com o contributo da agência krow communications.

O Fiat 500 Sessantesimo em detalhe
Apostando em 3 motores, dois a gasolina (de 0,9 litros de 68 cv e um 1.8 de 84 cv) e 1 diesel (1.3 de 95 cv), esta proposta de colecção apresentou-se ao mundo no Salão de Genebra numa versão única de duas cores – denominada “Dolce Vita”  – assumindo um tom branco na parte inferior da carroçaria e um cinza pastel na superior (mais a capota de lona cinzenta), divididos por um duplo friso cinza/bordeaux. Exteriormente estas unidades, exclusivamente descapotáveis, também contam com retrovisores exteriores cromados, badges nos pilares (surgindo a referência 60 integrada no logo 500 original), vidros traseiros escurecidos e jantes de 16 polegadas de design específico, entre outros pormenores.
Imagens: Fiat

Já o interior em branco/preto/bordeaux conta com estofos e painel em pele, com pespontos em destaque, o hoje indispensável ecrã de infotainment operado por toque, sistema Bluetooth, navegação por satélite, ar condicionado automático, cruise control e muitas outras tecnologias impensáveis em 1957, como as ligações para os então também inexistentes smartphones (Apple CarPlay e Android Auto e como extra) e um sistema de som da Beats. Sendo de colecção, não pode faltar a placa numerada.
Ainda não há preço anunciado para Portugal mas dado o relativamente pequeno número de unidades disponíveis é melhor contactar a Fiat Portugal e reservar o seu! Ah, sim, as entregas começam a 4 de Julho… o mesmo dia em que em 1957 foi mostrado o 500 original.
Cumprimentos distribuídos irmãmente e até breve!
José Pinheiro
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segunda-feira, 13 de março de 2017

Calendário em miniatura

Se bem que o ano já vá algo adiantado, pois num fósforo passámos dos festejos do Ano Novo e nos aproximamos da Páscoa e, em breve, do final do ano escolar, ninguém dispensa um bom calendário. Se no passado a coisa era mais física – das pequenas agendas que iam connosco para todo o lado, aos calendários de folha na parede da cozinha ou o mapa único no tampo da mesa do escritório – eis-nos chegados ao advento tecnológico, em que guardamos todos os eventos da nossa vida numa cloud e nos aparelhos que dela se alimentam.

Um dos actuais calendários online mais representativos surge em miniatura e é da autoria de um japonês, de seu nome Tatsuya Tanaka, construindo-o de acordo com a velocidade a que voa a sua própria imaginação. 
Quem é que nunca olhou para um objecto, uma nuvem, uma folha num charco e, num determinado contexto, imaginou algo que lhe é familiar? É esta a filosofia subjacente ao Miniature Calendar japonês que, desde 2011 e a cada dia, representa uma situação de um qualquer quotidiano, conjugando miniaturas com objectos reais.
“Brócolos e salsa podem parecer uma floresta, enquanto as folhas de uma árvore a flutuar na superfície da água podem parecer barquinhos. Acontecimentos diários, vistos da perspectiva de um pigmeu podem proporcionar-nos pensamentos muito divertidos,” explica o autor que quis adaptar essa forma de pensar e expressá-la através da fotografias. “Comecei a montar um calendário em miniatura, cujas fotos retratam pequenas figuras rodeadas por cenas diárias.” O sucesso foi tal que o o dito calendário tem actualização diária no site!

Veja neste artigo alguns exemplos, naturalmente que relacionados com a temática das rodas, se bem que a abrangência do autor seja imensamente maior, senão veja mais aqui.
Caso tenha ficado conquistado como eu, procure no portal as datas com que mais se identificar, sejam de aniversários ou outras que lhe sejam importantes. Também pode seguir os futuros desenvolvimentos no respectivo Facebook. Como refere o autor, “seria óptimo se o pudesse usar para adicionar pequenos prazeres ao seu quotidiano”.









Imagens: Miniature Calendar / Tatsuya Tanaka

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José Pinheiro
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