sexta-feira, 29 de abril de 2016

Velhos São Os Trapos

Quantas vezes é que já não pensou em mudar de carro, fazendo contas à vida sobre quando o poderá fazer? Afinal, até pensa que o seu boguinhas já deu o que tinha a dar, ao fim de uns 8 a 10 anos de leais serviços, e que agora a única coisa que dá verdadeiramente é despesa! E até há aquele novo modelo que lhe entra sala adentro, nos intervalos dos telejornais e das novelas! Pois, mas para a maioria dos portugueses, o orçamento não chega para essa aventura, num produto que, vendo bem as coisas, desvaloriza bastante no momento em que sai a porta do concessionário.


Decerto que não foi esta a dúvida que Dirk e Trudy Regter tiveram quando, em 1997, decidiram comprar um carro usado. Aliás, “usado” é apelido pois trata-se, nada mais, nada menos, do que um automóvel fabricado em 1915, um Ford Model T que, passados 100 anos, ainda anda está aí para as curvas e a fazer… uma volta do Mundo!

Até à data e desde que saiu de Edam, a sua terra natal na Holanda, em 2012, o casal já percorreu cerca de 80.000 quilómetros. Primeiro atravessou o continente africano de norte até à Cidade do Cabo (África do Sul), para no ano seguinte rumar aos EUA, Canadá e depois à América do Sul, de Cartagena (Colômbia) até Ushuaia, no extremo sul da Argentina, com nova volta para norte, até Santos, no Brasil. Em 2014 regressaram à Europa para prepararem um saltinho até à Austrália no ano seguinte mas, numa autoestrada da vizinha Bélgica, o Model T sofreria um aparatoso acidente que quase terminava em definitivo com a aventura!


O destino apresenta-se, de facto, como algo de estranho, pois para além da sua vetusta idade, o carro aguentara tudo até ali, ao longo de milhares de quilómetros, por vezes feitos em caminhos que nem para tractores quanto mais para um automóvel. Levando estoicamente a cabo tão dura viagem, apenas registando problemas mínimos, eis que acontece algo completamente fora do contexto, quando um camião desgovernado não consegue travar e entra pelo reboque que o transportava, num regresso a casa.


Mas, levando à letra o dito “velhos são os trapos”, o centenário Model T está em fase de convalescença, fruto da dedicação dos seus donos e do apoio popular – via angariação de fundos que decorre no portal do “Friend of Model T Worldtour” – rumo a um potencial regresso à estrada ainda este ano. Isto para que possam, não só terminar a viagem pelos cinco os continentes, mas que continuem a visitar e a apoiar vários projectos desenvolvidos pela organização internacional SOS - Children’s Villages, a exemplo das paragens que já fizeram em estruturas do Sudão, Etiópia, Quénia, Tanzânia e Zâmbia, entre outras. 
Imagens: Dirk e Trudy Regter (Friends of Model T World Tour)

Infelizmente e de acordo com este mapa, Portugal e as Aldeias de Crianças SOS (Portugal) ainda não fazem parte do novo itinerário, mas como o mapa é anterior ao acidente, pode ser que…! 



Cumprimentos distribuídos irmãmente e até breve!

José Pinheiro

Notas:
1) As opiniões acima expressas são minhas, decorrentes da experiência no sector e de pesquisa de várias fontes;
2) Direitos reservados das entidades respectivas aos ‘links’ e/ou imagens utilizados neste texto, conforme expresso.

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Estica & Encolhe

Pesa 580 toneladas, mede 91,8 metros de comprimento, 7,4 de largura e 9 de altura. Tem nada menos do que 32 pares de enormes rodas, divididas entre as duas secções, que esticam e encolhem de acordo com as dimensões das peças gigantescas que levam consigo, podendo estas atingir as 900 toneladas de peso! Como, por exemplo, secções em betão para a construção de pontes e similares – semelhantes às que o Trendy Wheels lhe mostrou na última edição – em zonas de difícil acesso, ou que não reúnam condições para a montagem de guindastes. É este o Vídeo Trendy Wheels da Semana:

 

Chama-se Special Launching Carrier SLJ900/32 e é uma descomunal peça de engenharia chinesa, produto da Beijing Wowjoint Machinery Company e que, entre outros projectos, simplifica – e de que maneira – a construção das pontes, viadutos e túneis.

Eu sei, a não ser que trabalhe no sector, não é que seja algo que lhe seja verdadeiramente útil no dia-a-dia, mas não custa nada saber que existe. Como diz o ditado, “o saber não ocupa lugar”!


Cumprimentos distribuídos irmãmente e até breve!

José Pinheiro

Notas:
1) As opiniões acima expressas são minhas, decorrentes da experiência no sector e de pesquisa de várias fontes;
2) Direitos reservados das entidades respectivas aos ‘links’ e/ou imagens utilizados neste texto, conforme expresso.

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Duas Margens, Culturas, Realidades…

Depois das estações, de superfície e nas profundezas das nossas cidades que lhe mostrei há dias, trago-lhe hoje um conjunto de exemplos premiados no domínio das pontes e passagens pedonais. À semelhança dos espécimes internacionais, Portugal em nada fica a dever à concorrência.


A ligar duas margens…
Diz o portal European Best Destinations que as pontes são essenciais para ligar duas margens, mas também duas culturas, regiões, cidades, considerando alguns exemplares como verdadeiras obras de arte.
 
Fotos: Lusoponte e Porto Patrimoónio Mundial (Oficiais)
O seu top-15 integra nada menos do que 3 exemplares lusos: a Ponte 25 de Abril no topo da lista, a Ponte Luis I no 5º lugar e a Ponte Vasco da Gama a fechar as preferências.
 
Fotos: Oficiais
Da lista fazem parte, entre outras, a Tower Bridge (Londres, Inglaterra), a Ponte Vecchio (Florença, Itália) ou a Puente Nuevo (Ronda, Espanha).


… ou quaisquer outros dois pontos
Já a Arquitectural Digest divulgou as “Melhores Pontes Pedonais do Mundo”, grupo em que elegeu dois exemplares portugueses: a Ponte Pedonal e Ciclável Sobre a Segunda Circular em Lisboa e a Ponte Pedonal Pedro e Inês em Coimbra.
 
Fotos: Fundação Galp Energia e Cenor (Oficiais)
O projecto alfacinha é da autoria de Telmo Cruz, Maximina Almeida e de Adão da Fonseca, com o apoio da Fundação Galp Energia, ligando o Campo Grande, Benfica e o Estádio universitário. A travessia do Mondego dedicada ao Rei D Pedro I e a Inês de Castro é uma ponte em arcos com um tabuleiro misto aço/betão, ao longo de duas rampas paralelas, não concordantes. Uma obra projectada pelo Engº António Adão da Fonseca e pelo Arqº Cecil Balmond. 
 
Fotos: Oficiais
Da lista fazem parte outros projectos tão dispares como a Scale Lane Bridge (Hull, Inglaterra), a Melkwegbridge (Purmereng, Holanda) ou a Peace Brigde (Calgary, Austrália).

Vejamos o que o futuro nos reserva neste domínio, agora que as grandes infraestruturas, algumas delas impensáveis há algumas décadas, estão a invadir as nossas urbes. Uma coisa é certa, se houver novidades, elas vão surgir no blog Trendy Wheels!

Cumprimentos distribuídos irmãmente e até breve!

José Pinheiro

Notas:
1) As opiniões acima expressas são minhas, decorrentes da experiência no sector e de pesquisa de várias fontes;
2) Direitos reservados das entidades respectivas aos ‘links’ e/ou imagens utilizados neste texto, conforme expresso.

sexta-feira, 22 de abril de 2016

Obras de Arte no Nosso Caminho

Continuam a surgir, a uma cadência impressionante, boas notícias para Portugal, nos mais diversos domínios e também em conteúdos relacionados com as rodas como o comprovam os exemplos que hoje lhe trago, convidando-o a fazer uma viagem por algumas das “Maravilhas do Nosso Portugal” verde e rubro.


Uma paragem de autocarro premiada
Por exemplo, sabia que há, na cidade berço, uma estação de camionagem diferente de todas as outras, fruto do seu arrojado design? Algo que lhe valeu o 8º lugar no top-10 dos “Melhores Designs de Paragens de Autocarros do Mundo de 2016”, avaliação da revista especializada Design Curial
 
Fotos: Arriva (Oficiais)
Pertence à Arriva e fica em Pinheiro este edifício projectado pela RVDM Arquitectos e inaugurado em 2010. Tem capacidade para uma centena de autocarros e integra, também, uma área administrativa e outra de manutenção e estacionamento. Nela se conjugam o vidro e o alumínio, dois elementos que se complementam na perfeição.

As paragens de autocarros preferidas daquela publicação são, por esta ordem, a Unterkrumbach Nord Bus Stop (Krumbach, Áustria), a Gagra Bus Stop (Abkhazia, Georgia) e a Busbanhof Poppenbüttel (Hamburgo, Alemanha). Veja-as abaixo.  
Fotos: Design Curial (Oficiais)

A maravilhosa gruta das Olaias
Em qualquer pesquisa que se faça sobre “As Mais Belas Estações de Metro do Mundo”, há um exemplo nacional que aparece invariavelmente: a Estação das Olaias. Desenhada por Tomás Taveira, com o contributo de quatro artistas plásticos – Pedro Cabrita Reis, Graça Pereira Coutinho, Pedro Calapez e Rui Sanchez – foi inaugurada em Maio de 1998, sendo parte da linha Vermelha do Metro de Lisboa.
 
Fotos: Transportes de Lisboa (Oficiais)
Esteve em destaque há dois anos, quando o portal norte-americano Huffington Post e o britânico The Telegraph a integraram nos seus rankings. Ecos que, entretanto, se replicaram por todo o mundo, sendo os exemplos mais recentes os artigos do Business insider e, por cá, do jornal online ObservadorCompõe-se de um átrio superior e a nave principal do cais, espaço extremamente elaborado em termos de formas e cores, nela se destacando, entre outros, 10 candeeiros artísticos em metal e acrílico e uma escultura metálica localizada junto ao elevador panorâmico em forma de peixe.

Outras infraestruturas que também estão quase sempre entre as preferidas são os metros de Toledo (Nápoles, Itália), de Avtovo (S. Petersburg, Rússia) e de Estocolmo (Suécia), entre muitas outras. Veja-os abaixo.
 
Fotos: AFP/Getty Images (Oficiais)



A Oriente brilha uma estação...
Especialista na análise de informações e estudos relacionados com construções de grande envergadura, a Emporis divulgou em 2014 uma lista com “As Estações de Combóios Mais Espectaculares do Mundo”, estruturas que se tornaram marcos arquitectónicos únicos das cidades onde foram construídas, fruto das suas coberturas pouco convencionais, das cores brilhantes e formas extravagantes.
 
Fotos: C.M. Lisboa; Transportes de Lisboa

Uma lista que incluiu a Gare do Oriente (Parque das Nações), cuja imagem de marca é, sem dúvida, a sua cobertura de vidro betão e aço. Inaugurada em 1998, a estrutura com assinatura de Santiago Calatrava, também é referida como Gare Intermodal de Lisboa, pois o complexo inclui a estação de metro do Oriente, um espaço comercial e uma estação rodoviária (local e de médio/longo curso) para táxis e autocarros.

top da Emporis inclui outra estação do mesmo arquitecto espanhol, a Gare de Liège-Guillemins (Liège, Bélgica), inaugurada em 2009, em contraponto à Kings Cross Railway Station (Londres, Inglaterra) de 1852, a mais antiga da lista e palco da saga "Harry Potter", ou ainda o Chhatrapati Shivaji Terminus (Mumbai, Índia), de 1888 e Património Mundial da Unesco desde 2004, entre outros exemplares únicos na historia dos transportes ferroviários. Veja-as aqui.
 
Fotos: Oficiais

Mas… só isto? Não! Há algo mais para dizer, num tema a que voltarei numa próxima edição, para fazer a ligação entre dois pontos!

Cumprimentos distribuídos irmãmente e até breve!

José Pinheiro

Notas:
1) As opiniões acima expressas são minhas, decorrentes da experiência no sector e de pesquisa de várias fontes;
2) Direitos reservados das entidades respectivas aos ‘links’ e/ou imagens utilizados neste texto, conforme expresso.

quarta-feira, 20 de abril de 2016

Adeus Furos!

E se, de repente, aquilo que conhecemos como pneu quase desde que nascemos, um aro com paredes de borracha e piso entrecortado, que de vez em quando andamos a mudar – fruto de um furo ou de uma aselhice contra um passeio – evoluísse para um conceito esférico, que se adapta automaticamente aos diferentes tipos de piso e níveis de aderência?

Apresento-lhe o pneu do futuro neste “Vídeo Trendy Wheels da Semana”:


Ainda que com uns laivos (bastante) futurísticos, a Goodyear apresentou no recente Salão de Genebra este estudo denominado Eagle-360, naquela que poderá ser a primeira real evolução do pneu de borracha.

A título de aula de história, recordo que foi o seu fundador – Charles Goodyear – quem, em 1844, patenteou um processo denominado vulcanização, mais de 50 anos antes da introdução dos pneus de borracha nos automóveis. Um ano depois, Robert William Thomson patenteou uma roda pneumática, para em 1888 John Boyd Dunlop aplicar um pneu insuflável a uma bicicleta. Sete anos depois, os irmãos André e Edouard Michelin foram os primeiros a aplicá-lo num automóvel, num processo que não parou de evoluir e de se actualizar até ao presente... Segue-se, dentro em breve, um futuro totalmente novo!  

Cumprimentos distribuídos irmãmente e até breve!

José Pinheiro

Notas:
1) As opiniões acima expressas são minhas, decorrentes da experiência no sector e de pesquisa de várias fontes;
2) Direitos reservados das entidades respectivas aos ‘links’ e/ou imagens utilizados neste texto, conforme expresso.

segunda-feira, 18 de abril de 2016

Um Hotel Que Respira Motores

Decerto se lembra que, há dias, lhe apresentei um conceito de férias alternativo, na temática dos hostels sobre rodas! Pois, desta feita, trago-lhe outra vertente, mas em que o não é o espaço em si que tem rodas. Ou antes, ter até tem, alias, respiram-se rodas e motores para onde quer que se olhe!


Apresento-lhe o V8 Hotel, uma unidade hoteleira de Estugarda (Alemanha) que, de mais ou menos tradicional, só tem o edifício pois tudo o resto é rodas & motores na sua interpretação mais pura. Das scooters da recepção, às peças relacionadas com motores que se espalham pelo hotel, o hóspede sente-se engolido pela temática! Até o próprio edifício é um ex-aeroporto de âmbito regional.


Há 34 quartos, incluindo 4 individuais, 19 duplos e uma “Junior Suite”, todos decorados com muito charme e enorme atenção ao detalhe, alguns com vista para o complexo Motorworld Region Stuttgart, situado paredes meias com o hotel. Destaco ainda os 10 quartos desenhados sob a temática automóvel, do cenário ao mobiliário, com algumas camas a retratarem carros clássicos, de produção ou de corrida.


Como cereja no topo do bolo, há uma “Mercedes Suite”, exclusiva e situada num local muito especial: a torre de controlo de tráfego aéreo do aeroporto que, em tempos, ali funcionou. Tem uma área de 120 m² distribuídos por quatro pisos: o térreo tem uma cozinha, guarda-roupa, sala de estar com TV de 32 polegadas; o 2º piso tem um WC com vista panorâmica, para um banho relaxado e ímpar, para além de sauna e cabina de duche; o 3º piso integra os generosos quartos; e o terraço permite ter uma vista singular sobre todo o complexo. Os preços vão dos 139 euros/noite do quarto single aos 650 euros/noite da “Mercedes Suite”, fora extras.


Dado que Estugarda é uma cidade com uma ampla ligação ao automóvel, para além do Motorworld, recheado com centenas de exemplares que fazem a história do automóvel, alemão e não só, há nas proximidades os Mercedes-Benz Museum e Porsche Museum onde se contam, com enorme detalhe, as histórias destes dois colossos locais, em visitas que podem ser agendadas no próprio V8 Hotel!
 
Fotos: V8 Hotel (Oficiais)
Assim sendo, do que é que está à espera? Ponha os seus motores a funcionar a toda a velocidade e rume com a família e amigos até Estugarda. Não pode agora? Então e no Verão? Sempre está mais fresquinho por aquelas paragens…

Cumprimentos distribuídos irmãmente e até breve!

José Pinheiro

Notas:
1) As opiniões acima expressas são minhas, decorrentes da experiência no sector e de pesquisa de várias fontes;
2) Direitos reservados das entidades respectivas aos ‘links’ e/ou imagens utilizados neste texto, conforme expresso.

sexta-feira, 15 de abril de 2016

O Mata-Zikas

Fruto das questões de política/corrupção que o afectam, parece que, de repente, o Brasil se esqueceu da praga do mosquito Zika com que andou a braços, o mesmo que ainda dá enormes problemas de saúde à escala mundial. Outros países há – como a Tailândia – que lidam, diariamente, com problemas semelhantes, fruto das condições de determinadas regiões, onde existem, a céu aberto e em zonas populacionais, pântanos e lixeiras a céu aberto, propensas à procriação e propagação de mosquitos e doenças associadas.

Pais que regista uma elevada incidência da febre de dengue, nomeadamente nos milhares de habitantes das suas muitas favelas, a organização local Duang Prateep Foundation apadrinhou um sistema, denominado “Moto Repellent”, que aproveita os sistemas de escape dos também milhares de motos que nelas circulam. Veja o filme criado pela agência BBDO Bangkok, neste “Vídeo Trendy Wheels da Semana”:


Como se vê, o filtro que os motociclistas locais podem adaptar aos escapes das suas motos contém um líquido repelente que, em contacto com os gases de escape, produz um fumo com um raio de acção até aos 3 metros. Fica por provar cientificamente até que ponto este líquido é ou não tóxico para as populações, apesar dos testemunhos apresentados e do envolvimento de uma agência com os pergaminhos da BBDO...






Cumprimentos distribuídos irmãmente e até breve!

José Pinheiro

Notas:
1) As opiniões acima expressas são minhas, decorrentes da experiência no sector e de pesquisa de várias fontes;
2) Direitos reservados das entidades respectivas aos ‘links’ e/ou imagens utilizados neste texto, conforme expresso.

quarta-feira, 13 de abril de 2016

Está Aí O Futuro!

“Mirai” é o termo japonês para “Futuro”, assentando que nem uma luva ao mais recente modelo da Toyota com o mesmo nome. Quanto mais não seja porque é um automóvel tão avançado que dispensa visitas a postos de combustível tradicionais, pois funciona a células de combustível, alimentadas por hidrogénio, solução que faz sair apenas vapor de água pelo tubo de escape.
 
Foto: Toyota (Oficial)
Ou seja tudo muito ambiental, sem gasolina/gasóleo cujos preços sobem ao sabor dos lucros pretendidos e pelos impostos que os sucessivos governos precisam para tapar outros buracos/incompetências. Também dispensa cargas de electricidade, na tomada lá da garagem ou na já significativa rede de abastecimento pública. Só mesmo hidrogénio, algo que tem (ainda) um pequeno/grande senão no nosso burgo, pois não existem postos públicos de abastecimento para esse efeito.

Mas descanse que, desta vez, não somos só nós os atrasados, pois o modelo ainda só chegou a países com cobertura a esse nível, como os EUA, Alemanha, Dinamarca ou Reino Unido. Isto, naturalmente, para além do Japão, país que tem sido feito um esforço muito significativo para a promoção do Toyota Mirai, nomeadamente no domínio da publicidade – na óptica do Trendy Wheels – bastante alternativa!

“Manga” para o Mirai,…
Uma delas é a “manga”, já ouviu falar? Muito populares no Japão e já centenárias e parte da cultura do país, as “mangas” são, de um modo simplista, tiras de quadradinhos do agrado de miúdos mas, muito em especial, dos graúdos.
 
Imagens: Motorfan nº 502
A Toyota apostou numa “manga” para explicar ao cliente local o conceito subjacente ao modelo, colocando o futurista Mirai num confronto com outros modelos, com motores 100% eléctricos e outros que misturam gasolina/gasóleo com electricidade, ostentando logótipos “Hybrid” ou “Hybrid Plug-In”, soluções que a própria Toyota tem no seu catálogo, nomeadamente no popular modelo Prius.,

Ao longo de quatro páginas, num número especial da revista local Motorfan, exclusivamente sobre o Toyota Mirai, esta “manga” sob o título de “Chegou o Futuro [Mirai]”, conta uma história em que Sobita, farto do desagradável vizinho Soneo que o critica e ao seu velho e poluente carro, é ajudado por um robot chamado Mizuemon, explicando-lhe tudo o que há para saber e ajudando-o a calar o vizinho, numa rixa que ainda leva ao desespero a mulher do protagonista!

“anime” para o Prius…
Outra alternativa publicitária inédita – ou quase impensável na Europa – na marca japonesa no seu mercado doméstico é o recurso a “anime” (outro conceito muito popular por lá), tendo recorrido a... desenhos animados para o lançamento do Prius. Conheça aqui as “Impossible Girls” que, de um modo algo estridente, lhe explicam o potencial do modelo (infelizmente sem tradução):


… e a um “wako-doki” para a Hilux!

Mais sóbrio, mas ainda assim, bastante desconcertante, foi o modo como, um ano antes, a Toyota lançou a nova Toyota Hilux, através de um “Waku-Doki” – algo semelhante ao tema ”Gangnam Style” de PSY. Colocou um conjunto de homens de negócios no interior de uma pick-up da marca, aventurando-se selva adentro, até terem de parar para – digamos – o xixizinho da ordem, deparando-se então com um gorila e tribos de… bem, o melhor é mesmo ver o videoclip:


O “Futuro” também é bem verde
Voltando ao Toyota Mirai, apenas um extra para informar que, em finais de Março, foi distinguido com o prémio “World Green Car” de 2016, certificado atestado por um painel de jurados da iniciativa “World Car of the Year”.
 
Imagens: World Car of the Year (oficial)
“Tal como o Prius mudou o mundo há cerca de 20 anos, o Mirai a hidrogénio prepara-se para fazer história. Com uma autonomia de 480 km por depósito, abastecido em menos de 5 minutos, e emissões unicamente de vapor de água, o Mirai lidera o mundo rumo a um futuro mais sustentável,” referiu um responsável da marca japonesa.

Por cá há, assim, que esperar mais algum tempo pelo futuro… perdão, pelo Mirai!


Teaser: Toyota (Oficial)
Cumprimentos distribuídos irmãmente e até breve!

José Pinheiro

Notas:
1) As opiniões acima expressas são minhas, decorrentes da experiência no sector e de pesquisa de várias fontes;
2) Direitos reservados das entidades respectivas aos ‘links’ e/ou imagens utilizados neste texto, conforme expresso.

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Dormidas Alternativas

Tem espírito aventureiro quando vai de férias, preferindo pernoitar em locais alternativos à hotelaria mais tradicional? Considera até ficar num hostel, actividade que, presentemente, parece ser a mais recente tendência neste domínio, registando um boom significativo em termos de ofertas e qualidade? Então este artigo é para si. 


“Big Ben”, “Flower Power”, “Drag Queen”, “Nautillus”, “Jägerhütte”, “Pit Stop”, “Space Shuttle”, “Route 66”… eis alguns dos nomes atribuídos aos diferentes trailers que compõem o BaseCamp-Bonn Youth Hostel. Fica em Bona, a cerca de 30 km a sul de Colónia, confinando-se ao espaço coberto de um armazém, tipo parque de caravanas indoor. 


São nada menos do que 15 os trailers pintados e decorados a preceito, com visual vintage, de acordo com outros tantos temas, com assinatura de Marion Seul, famoso aderecista de TV e cinema. Há, também, 2 modelos Airstream, considerados como as suites deste espaço único, 2 Volkswagen Transporter, 1 Trabant e 1 Citroen HY, entre outras comodidades. Pensando nos grupos, amigos ou familiares que queiram dormir num mesmo espaço, há 2 carruagens de comboio disponíveis para o efeito, projecto que nasceu da ideia do hoteleiro alemão Michael Schlösser! 


Há, no total, 120 camas distribuídas pelas diferentes estruturas, colocadas em círculo como num acampamento comum. Os preços – dos 22 aos 74 euros por noite – incluem, roupa de cama, toalhas e café da manhã, para além de Wi-Fi gratuito. O armazém tem uma varanda superior, de onde dá para apreciar o conjunto destes quartos alternativos, e também um espaço exterior para barbecues, área de desportos e de relax.
 
Fotos: BaseCamp-Bonn Youth Hostel (oficiais)

Portugal no topo do turismo Hostel
Sabia que Portugal está no topo dos espaços Hostel? Quem o diz são os próprios utilizadores destes espaços alternativos à hotelaria tradicional, votando no portal da Hostelworld, que assim lhes atribui diferentes prémios – os denominados “Hoscars” – pelas diferentes categorias (dimensão e características).
 
Fotos: Home Lisbon Hostel (oficiais)

Em 2015 o nosso país viu 8 destes alojamentos económicos distinguidos nesta avaliação de abrangência mundial, número que subiu ligeiramente para 9 na edição deste ano, a 14ª desde que estes prémios se atribuem. Destacam-se os seguintes prémios, distribuídos por categoria, em função do número de camas e de outras características dos hotels das duas principais cidades (Lisboa e Porto):
  • 1º lugar no grupo dos “Melhores Hostels Médios” (de 76 a 150 camas) para o Home Lisbon Hostel (Lisboa), com uma avaliação de 98%; alcançou idêntica posição em 2015 e 2014; foi o melhor do nosso país e, naturalmente, da capital;
  • 2º lugar, nesse mesmo grupo intermédio, para o Goodmorning Lisbon Hostel (Lisboa) com uma nota de 97%;
  • 3º lugar no grupo dos “Melhores Hostels Grandes” (de 151 a 350 camas) para o Tattva Desin Hostel (Porto), com 94%;
  • A cidade de Lisboa alcançou mais quatro posições no top-10 do grupo da ocupação média: Yes! Lisbon Hostel (4º), Lost Inn Lisbon Hostel (5º), Lisbon Destination Hostel (6º) e Sunset Destination Hostel, do mesmo grupo, no 8º lugar;
  • Já o Porto alcançou o 8º e o 10º lugar no grupo dos “Melhores Hostels Pequenos” (máximo de 75 camas), respectivamente através do Yes! Porto Hostel (que, com 97%, também conquistou a melhor avaliação da cidade) e do Gallery HostelPorto
  • Há várias outras categorias premiadas, como a Segurança, que o Yes! Porto Hotel conquistou há um ano, perdendo-a em 2016 para um concorrente seu em S. Petersburgo (Rússia)! Se quiser saber mais, clique aqui.

Deixo uma referência final para o Peniche Hostel, que surge na actual tabela do Hostelworld como o 4º melhor hostel do mundo em termos absolutos, com uma avaliação de 100%, curiosamente a mesma nota atribuída pelos utilizadores do Dahab Dorms (Egipto), do Dar Jameel (Marrocos) e do Smiddy Bunkhouse & Backpackers Lodge (Escócia), que ocupam, por esta ordem, os lugares de topo.
 
Fotos: Peniche Hostel; Quadro: HostelWorld (oficiais)


Cumprimentos distribuídos irmãmente e até breve!

José Pinheiro

Notas:
1) As opiniões acima expressas são minhas, decorrentes da experiência no sector e de pesquisa de várias fontes;
2) Direitos reservados das entidades respectivas aos ‘links’ e/ou imagens utilizados neste texto, conforme expresso.