quarta-feira, 29 de novembro de 2017

L45: Um nº 1 muito original

Há veículos que, pelas suas características, se tornam autênticos objectos de colecção, sendo naturalmente alvo de cobiça pelos seus donos originais, que depois de os terem inadvertidamente vendido no passado, os pretendem recuperar para o seu espólio, exibindo-os orgulhosamente a quem visite os seus museus ou exposições para que os mesmos se vejam cedidos ou emprestados sobre determinadas condições, nomeadamente de segurança.
Imagens: Bonhams

Curiosamente, não é o caso do nosso convidado de hoje, um centenário – soma já 103 anos – Peugeot L45 Grand Prix Two Seater que acaba de mudar de mãos pela sexta vez no seu historial, 68 anos depois daquela que fora a sua última transacção. Trata-se, nada mais, nada menos, do que da primeira unidade L45 produzida (chassis e motor de competição com 4,5 litros) pela marca francesa a que, curiosamente, não pertence desde que o vendeu meros dois anos após o ter feito!
Criado pela Peugeot para o ACF Grand Prix, uma corrida de 20 voltas disputada a 4 de Julho de 1914 num novo circuito de 37,6 km, desenhado nos arredores de Lyon, poucas semanas antes do eclodir da 1ª Guerra Mundial, terá surgido discretamente nas boxes como carro de reserva, de uma equipa oficial que a marca ali inscreveu, com três outros exemplares semelhantes. Depois de uma utilização mais ou menos despercebida, voltava a surgir nesses mesmos moldes nos EUA, país de onde não mais saiu, inscrito para as 500 Milhas de Indianápolis de 1916, integrado numa equipa privada, significando que a Peugeot o havia entretanto vendido, no caso a um barão da madeira, de seu nome Lutcher Brown.
Seguiram-se quatro outros proprietários do dito, Ralph de Palma, Frank P. Book, Ralph Mulford (o próprio que havia sido o piloto de Lutcher Brown na corrida de Indianápolis) e ainda Arthur H. Klein. Isto até que, em 1949, Lindley Bothwell, um produtor de laranjas da região de S. Francisco, o comprava para si, integrando-o, posteriormente, no que haveria de se tornar na denominada “Bothwell Collection”.
Perfeitamente preservado ao longo dos tempos esteve na sua posse até ao passado dia 11 de Novembro, dia em que o ramo de Los Angeles da leiloeira britânica Bonhams, nomeada responsável pela nova transacção deste exemplar verdadeiramente único, o vendeu. Assumiu ali a numeração Lote 408, insípida face aos pergaminhos que enverga – é o Chassis nº 1 e tem o Motor nº 1, como se comprova pelas respectivas placas nele cravadas – tendo este histórico carro de corridas sido arrematado por 7,26 milhões de dólares (aproximadamente 6,18 milhões de euros), tornando-se no mais caro Peugeot de sempre! Ah sim, Bothwell comprara-o por… 2.500 dólares.

Curiosidade: o novo proprietário não quis ser identificado mas, quase em simultâneo, a Peugeot refere, numa das suas plataformas oficiais, que “o Peugeot L45 será sempre bem-vindo a Sochaux caso o seu proprietário aceite expô-lo aos mais de 60.000 visitantes, nacionais e estrangeiros, que anualmente visitam o Musée de l’Aventure Peugeot. É caso para pensar se não terá sido a própria…!





Cumprimentos distribuídos irmãmente e até breve!
José Pinheiro
Notas:
1) As opiniões acima expressas são minhas, decorrentes da experiência no sector e de pesquisa de várias fontes;
2) Direitos reservados das entidades respectivas aos ‘links’ e/ou imagens utilizados neste texto, conforme expresso.

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

O mundo secreto dos shoppings

Não é que a mim me tire o sono, pois tenho uma relação bastante complicada com os shoppings, mas já alguma vez pensou no que é que acontece dentro dessas grandes superfícies comerciais quando fecham as suas portas ao público no final do dia? Claro que há sempre quem lá fique a trabalhar, como os Seguranças ou os que têm de tratar dos stocks e das reposições de materiais das lojas, para que tudo esteja a postos no dia seguinte, aquando de nova abertura de portas. Mas... e mais?
Sim, esse mundo que os portugueses tanto gostam de encher, chova ou faça sol, tem, por vezes e em alguns locais, diversas actividades nocturnas mais - digamos - alternativas, já quando os comuns mortais estão prestes a cair nas suas caminhas. Não chega a tanto como no filme “À Noite no Museu”, mas quase…!
Um dos exemplos mais recentes aconteceu em Inglaterra, no Westfield London, espaço comercial de luxo em Sheperd’s Bush, pelas mãos da DS Automobiles, marca francesa que ali colocou um dos seus automóveis a acelerar pelos corredores, repletos de lojas e outlets. Mas não foi um modelo qualquer pois uma das condições que os responsáveis do shopping colocaram foi de que, de modo nenhum o certificado ambiente do dito se poderia ver poluído com gases ou cheiro a combustíveis fósseis (factores exclusivos do seu parque de estacionamento).


Dando uma outra dimensão ao conceito de compras noturnas, a marca ali fez acelerar um DS E-TENSE, um estudo 100% elétrico desenvolvido com vista a um futuro e tecnologicamente avançado/recheado automóvel da categoria GT. Conduzido por Sam Bird, piloto da DS Virgin Racing no Mundial de Fórmula E (tema a que me referi há dias), o silencioso e 100% limpo de emissões poluentes E-TENSE passou rentinho a algumas das montras do piso térreo, entre as quais as da DS Urban Store, loja de excelência da marca francesa. Mas fê-lo tão depressa que nem deu, sequer, para olhar e ver as eventuais promoções!

Esta acção realizou-se no âmbito da realização de um filme promocional da marca, a que se juntou outro dos seus outros futuros activos, o SUV de luxo DS 7 CROSSBACK que chegará em breve ao mercado. Quanto ao vistoso E-TENSE, este - ainda - estudo de linhas fluídas e um estilo único junta a tecnologia de ponta ao design avant-garde com que a DS quer vingar no mundo automóvel. Expressão máxima do savoir-faire francês, recorre, entre outros, a revestimentos interiores de qualidade superior, a uma carroçaria num tom metalizado Verde Ametrine exclusivo e ópticas dianteiras LED VISION, que trabalham como se estivéssemos de lupa em riste a apreciar uma jóia ou pedra preciosa. São 4,72 metros de comprimento que desenvolvem 402 cv de potência mas que, fruto da motorização 100% eléctrica e, por isso limpa, é um modelo limpinho, com emissões zero.

Toda uma nova dimensão da excelência do luxo
Se por cá os shoppings se compõem, na sua grande maioria, de lojas com conteúdos e preços mais ou menos acessíveis ao comum cidadão – a excepção poderá ser, talvez, o Amoreiras Shopping Center, que se coloca num patamar acima da média deste tipo de comércio – já em Inglaterra, o Westfield London é visto como o portento de excelência neste domínio.
Imagem: Westfield London

A diferenciação é tal que conta com uma Luxury Village, área composta por 35 lojas high-end das mais reputadas marcas de diferentes indústrias, do calçado à moda, da tecnologia a itens mais práticos. É ali que os visitantes podem encontrar aquela que é a primeira DS Urban Store, o novo conceito de boutique da DS e que opera em ambiente digital.
Acrescente-se que o Westfield London é parte de uma rede com sede em Sidney (Austrália) e apenas 6 infraestruturas em todo o mundo, sendo as restantes as americanas de Los Angeles, San Francisco e Nova Iorque, mais uma italiana, em Milão. Sobre esta acção em particular, Paul Buttigieg, Director de Operações do espaço britânico, declarou: “Gostamos sempre de ir pouco mais longe quando é preciso ajudar os nossos parceiros a criar conteúdos inovadores, capazes de chamar a atenção e fomentar as vendas. Dar luz verde a um dos melhores pilotos do mundo para dar uma volta no interior de um dos nossos centros foi realmente uma estreia, mas o facto de termos criado uma relação tão positiva com a DS Automobiles nos últimos anos fez com que fosse possível ajudá-los a conceber um momento de grande destaque e projeção, de forma a assinalar a estreia do DS E-TENSE no Reino Unido.” Veja aqui o behind the scenes.
Imagens: DS Automobiles

Por cá, ainda longe desse aparato mas num crescendo qualidade e renovação, vemos os nossos espaços comerciais invadidos por um público igualmente diferenciado, todos os dias e como se não houvesse amanhã – e preparem-se que o Natal já não está longe!!! – registando-se os habituais atropelos, mesmo que o tempo, muitas vezes, até convide a outro tipo de escapadinhas. Mas não, giro giro é irmos todos para o shopping, de preferência muitos ao mesmo tempo, ali pela hora de almoço! Pois… tirando o pós-jantar – a única altura em que não me sinto em ambiente claustrofóbico – não contem muito comigo.
Cumprimentos distribuídos irmãmente e até breve!
José Pinheiro
PS: Ainda me hão-de explicar como é que muitos parques de estacionamento conseguem estar tão cheios nas ditas horas laborais! 
Notas:
1) As opiniões acima expressas são minhas, decorrentes da experiência no sector e de pesquisa de várias fontes;
2) Direitos reservados das entidades respectivas aos ‘links’ e/ou imagens utilizados neste texto, conforme expresso.

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Viagem em formato XXS

A imaginação de Tatsuya Tanaka não parecer ter limites, já que o híper-criativo japonês não para de surpreender o mundo, a todo e cada dia, com as mais (ir)reais recriações de situações do quotidiano. Recorrendo a peças em tamanho real e miniaturas dos mais diversos objectos e pessoas, alimenta o seu “Miniature Calendar” com as fotos resultantes dessas composições, num interminável processo que, como qualquer calendário que se preze, tem uma diferente referência todos os dias.


Já em Março último me havia referido ao mesmo, na peça Calendário em Miniatura, ali mostrando algumas das recriações em que o mesmo recorreu a temas do mundo das rodas, sendo que, desde então, têm sido publicadas muitas mais nas plataformas dedicadas.
Tendo em conta o potencial da coisa e atentando à importância do mercado nipónico, fortemente assente nos modelos das marcas locais, a Volkswagen Japão associou-se a Tanaka, pedindo-lhe para criar uma viagem até ao Salão de Tóquio, onde a marca japonesa apresentou, entretanto, as suas mais recentes novidades. Tendo como base um VW Carocha original, o imaginativo fotógrafo recriou, ao longo de 12 dias, o percurso desse modelo até ao certame nipónico, levando-o a atravessar campos, praias e cidade, ilustrando um sem número de situações que, na maioria dos casos, até nem nos são nada estranhas!

Sob o nome de "Miniature Drive", criou-se, assim, todo um mundo de faz-de-conta em que livros e teclados de computador são prédios, canetas e palhinhas retratam candeeiros de rua, roupa e lãs formam o relevo campestre, alimentos e embalagens recriam parques de diversões, edifícios e outras realidades. Pode ver tudo isso nas fotos que ilustram este artigo e ainda um mini-filme dos preparativos para uma dessas sessões, clicando aqui.



Se quiser saber mais sobre este a criatividade deste fotógrafo de miniaturas nascido em Kumamoto, em 1981, autor destas composições e perspectivas únicas sobre coisas normais do nosso quotidiano, siga-o no Facebook e no portal dedicado Miniature Calendar.
É caso para dizer que, mesmo que não se entenda uma palavra que seja de japonês, as imagens falam por si!
Imagens: Miniature Calendar/Tatsuya Tanaka

Cumprimentos distribuídos irmãmente e até breve!
José Pinheiro
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quarta-feira, 22 de novembro de 2017

CineRAIL: O comboio no grande ecrã

Do revolucionário filme “Arrivée d’un train en gare à La Ciotat” (“Chegada de Um Comboio à Estação de La Ciotat”), dos Irmãos Lumière, no longínquo ano de 1895, até ao actual sucesso de bilheteira “Um Crime no Expresso do Oriente”, a mais recente recriação para o cinema feita a partir da obra icónica de Agatha Christie, o comboio tem sido protagonista de um sem número de películas, ora assumindo um papel mais preponderante, ora apenas de suporte, mas deixando sempre a sua marca bem vincada.
Imagem: CP - Comboios de Portugal

Apesar de outros exemplos da autoria dos irmãos Louis e Auguste, filhos do fabricante de películas Antoine Lumière, seria esta película que viria a imortalizar a denominada 7ª Arte, fruto da sua exibição pública a 28 de dezembro de 1895, dentro da primeira sala de cinema do mundo. A sua estreia demonstrou a validade do conceito, pelo simples facto de muitos espectadores, assustados com o realismo das imagens, terem saltado dos seus lugares da plateia para o fundo da sala, com medo de serem atropelados pela locomotiva que se aproximava dos seus olhos a grande velocidade.
Estes cerca de 60 segundos de emoção mudaram o mundo, numa arte que, até ao presente e em já mais de um século, trouxe ao grande ecrã (e, depois, à televisão, o pequeno) inúmeros de filmes sobre e com comboios. Os exemplos são muitos, entre os títulos acima, de “O Grande Assalto ao Comboio”, icónico filme mudo de 1903, ao desconcertante “A Rapariga no Comboio” (2016), película que vi há dias, mais as inúmeras cowboiadas, onde havia quase sempre um ou pouca-terra, pouca-terra na paisagem, seguindo-se diversos filmes dramáticos, de acção, catástrofe, aventura, comédia, terror, animação, etc, num actor sobre rodas que, como se pode ver, adapta-se a qualquer género.
“Desde esse primeiro encontro com o icónico filme dos Irmãos Lumière que o cinema tem desfrutado de um companheirismo inigualável com comboios, estações e metropolitanos, cada um deles transmitindo, de um modo especial, a imagem da nossa sociedade e das nossas fantasias. Podem representar o nosso quotidiano nos transportes, a nossa fuga para férias, a dor da despedida, a alegria do reencontro, etc, numa aventura de vida, com doses diferentes de drama e felicidade, misturando a vida, o amor e a morte, como convém a qualquer bom argumento”, refere a organização.
Imagem: Wikipedia/Frères Lumière

Há mais de 20 anos que o CineRail apresenta uma selecção de filmes sobre o tema, propostas na sua grande maioria originais e oriundas de todo o planeta, sendo que muitas delas de produção independente que integram os concursos de curtas-metragens, avaliadas por um júri internacional composto por artistas e profissionais. “Ao todo, já foram exibidos mais de dois milhares de curtas-metragens, entre criações inéditas, filmes clássicos ou novidades, demonstrando a perfeita conjugação do mundo ferroviário com o do cinema”.

Depois de Paris... Lisboa!
Pois se é fã desta conjugação temática cinema/comboios e vive na capital ou está por essas paragens no final do mês tenho uma sugestão: o “CineRAIL - Festival Internacional de Cinema Ferroviário 2017”, evento que, pela primeira vez na sua história realiza uma edição fora de território francês, exibindo por cá filmes de todo o mundo subordinados à temática ferroviária.
Imagens: CineRail e oficiais (filmes)

Decorre de 27 a 29 de Novembro no Cinema São Jorge (Av. Liberdade, Lisboa) esta iniciativa, naturalmente apoiada pela CP - Comboios de Portugal e pela UIC – União Internacional dos Caminhos-de-Ferro, dividindo-se por 3 sessões por dia (10h00, 14h00 e 17h00), exibindo-se mais de meia centena de películas. A lista oficial só será apresentada no primeiro dia, mas sabem-se já o nome de duas películas a exibir: “A Carruagem”, filme do fotógrafo/cineasta português João Vasco e da compositora Anne Victorino d'Almeida, vencedor da anterior edição (2015) do CineRAIL, integrando a sessão de abertura (às 18h00 do dia 27), para à noite se exibir “O Comboio de Sal e Açúcar” (21h15), uma colaboração luso moçambicana do ano passado, com realização de Licínio Azevedo, duas propostas de âmbito diametralmente oposto.
No filme luso vários passageiros partilham o espaço e a privacidade de uma carruagem de metropolitano. Para além deles, ali se transportam sonhos e desejos, a possibilidade de encontros imprevistos e de conflitos indesejados, num refúgio que se pode mostrar, por vezes, como uma simples ilusão. Já a segunda película retrata uma perigosa viagem de comboio, entre Nampula e o Malawi, em plena guerra civil moçambicana. Única esperança para centenas de pessoas que arriscam a própria vida para garantir a subsistência das suas famílias, a viagem faz-se a 5 km/h por troços de linha sabotados, deixando completamente vulneráveis todos os que nele viajam e que procuram esperança em tempo de guerra.
Em termos de competição oficial, este CineRAIL 2017 divide-se por várias categorias – comunicação corporativa, sustentabilidade ambiental, segurança, publicidade, comunicação interna e património histórico – sendo o ponto alto o “Grande Prémio CP” e, também o “Prémio do Público” atribuído pela UIC. Os competidores serão anunciados oportunamente no site oficial e os vencedores serão anunciados aquando da entrega de prémios (a partir das 18h45 do dia 29), que antecipa a cerimónia de encerramento. A entrada no Festival é livre.
Imagens: Oficiais
Caso tenha conseguido prender a sua atenção até aqui convido-@, agora, a assistir aos trailers de alguns dos filmes referidos: o icónico Chegada de Um Comboio à Estação de La Ciotat, Um Crime no Expresso do Oriente, o vencedor luso A Carruagem e o emocionalmente violento O Comboio de Sal e Açúcar.
Adicionalmente, deixo-lhe duas outras referências: porque já estamos em plena época natalícia, o Polar Express, animação de 2014 para os mais pequenos – e não só – que retrata uma mágica viagem de um jovem em modo de auto-descoberta e o filme/documentário Lumière – L’Aventure Commence dedicado a esses dois irmãos franceses que, a partir da invenção do cinematógrafo, nos permitem, desde então, desfrutar das maravilhas do cinema e alhearmo-nos, por momentos - e dependendo do número de baldes de pipocas à volta - do mundo lá fora!
Cumprimentos distribuídos irmãmente e até breve!
José Pinheiro
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segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Rugidos, sussurros & cantorias

Fruto da massificação do automóvel, surgindo a cada dia exemplares cada vez mais parecidos entre si, os estrategas das diferentes marcas procuram colocar o selo da diferenciação nos seus modelos, de modo a que os seus clientes obtenham algo que nunca antes tenham visto noutros automóveis. Dos formatos da carroçarias às conjugações de cores, dos desenhos dos faróis aos detalhes nas superfícies vidradas e até às próprias antenas, nada pode ser deixado ao acaso!
Imagens: Ford

Uma das mais recentes tendências recai na sonoridade dos motores ou dos automóveis como um todo, pretendendo-se (re)criar elementos identificativos ímpares, dotando-so de uma particularidade que nenhuma outra viatura tenha tido até à data. Algo que provoque nas pessoas uma reacção assertiva do tipo “aquele carro que ali vem é o modelo X ou Y”, sem que para ele se tenha sequer de se olhar. Outros há que, por inerência dos portentos dos motores que os alimentam, se tenham que baixar os incomodativos graves que sacodem a vizinhança da cama, nomeadamente de manhã, quando se sai para o trabalho. Há ainda os que, tendo nascido demasiado silenciosos, são alvo de uma intervenção que lhes dota de uma de espécie de cordas vocais, quase os pondo… a cantar!
Claro que para os menos atentos a esta coisa do mundo automóvel, um som de um motor quase não se distingue do outro, a não ser que a coisa seja tão acutilante que, por vezes, até provoque um involuntário virar de cabeça, acompanhado de interjeições mais ou menos abertas – correndo-se as vogais do “ahhhhhhh!!!!” ao “uhhhhhhh!!!” – ou mesmo do tipo “lá está o pintas a dar nas vistas!”. Já os mais conhecedores petrolheads conseguirão quase sempre identificar o número de válvulas e a cilindrada do motor, o modelo e até a geração a que pertence o exemplar que aí vem!
Imagens: Nissan

É, por isso e neste caso em particular, tudo uma questão de sons, surjam eles em excesso, mais equilibrados ou em quase completa ausência, como nos mais recentes modelos eléctricos, viaturas que, se estivermos distraídos, só nos apercebemos da sua proximidade pelo suave silvo que emitem, pois pouco ou nenhum barulho fazem quando em movimento.

Amansar o bichinho, a bem da vizinhança!
Mas é indesmentível que o ronronar de um bom automóvel, nomeadamente um desportivo, provoca invariavelmente um sorriso a quem o vê… ou não, dependendo da hora a que esse suave purr passe a um sonoro ROARRRRRRRRRRRRRRR!

Modelo que se encontra, invariavelmente, neste patamar é, o Ford Mustang, nomeadamente quando acordam em simultâneo os múltiplos cavalos dos seus motores – em Portugal há-o equipado com um V8 com uma coudelaria de 418 cv e um quatro cilindros com outra de 314 cv – sendo um vê se te avias de acordares em sobressalto das camas de quem viva nas suas proximidades!
Como os dos vizinhos de um ex-empregado da Ford nos EUA, que invariavelmente o chamavam à atenção pela sonora rouquidão matinal do seu tão peculiar modelo. Ciente dessa realidade, propôs à marca a aplicação do modo “Good Neighbour” (ou "Bom Vizinho"), uma espécie filtro electrónico que limita um pouco esse híper-vitaminado acordar. Algo que se irá tornar realidade na geração 2018 do modelo, fazendo com que o Mustang seja primeiro automóvel do mundo em que os condutores podem, através dessa solução, programar diferentes sons do motor para horários específicos, transformando o seu rugido de assinatura num bem mais suave ronronar.

Já agora, na eventual impossibilidade de poder ter à sua porta um exemplar deste pony car do catálogo da marca – os seus preços variam dos € 49.500 aos € 102.200, fora eventuais extras e despesas de transporte e legalização – pode, ao menos, ter consigo a sonoridade do bloco V8 quando o seu telemóvel tocar. Clique aqui para saber como descarregar, sem custos, o respectivo ringtone (válido para para Android ou iPhone).

De quase afónico a cantor lírico
Voltando ao domínio dos silenciosos automóveis eléctricos, o mais recente exemplo de evolução sonora vem da Nissan, marca que no recente Salão de Tóquio surpreendeu os visitantes com a introdução do projecto "Canto", termo de origem latina com que pretende definir o som dos seus futuros veículos electrificados.

Com o objectivo de proporcionar um som distinto da Nissan face aos seus pares no mercado, a Nissan desenvolveu este conceito derivado do latim e que significa "Eu canto", o qual varia em tom e intensidade dependendo se o automóvel está a acelerar, a desacelerar ou a recuar. É activado a velocidades entre os 20 a 30 km/h, dependendo dos requisitos de cada mercado, demonstrando vitalidade e confiança, numa representação da sólida posição da marca japonesa no mercado dos automóveis electrificados.
Projectado em prol da segurança, servindo de alerta para a envolvente onde circula, o “Canto” dos futuros modelos eléctricos da Nissan será perfeitamente audível, sem que se torne perturbador para peões, residentes e passageiros, pretendendo-se que enriqueça as ruas e avenidas de uma cidade, com a tal sonoridade distinta. 

Tudo para que, um dia, se possa dizer ou assumir no subsconsciente, mesmo sem olhar: “O automóvel que aí vem é um Nissan”!
Cumprimentos distribuídos irmãmente e até breve!
José Pinheiro
Notas:
1) As opiniões acima expressas são minhas, decorrentes da experiência no sector e de pesquisa de várias fontes;
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sexta-feira, 17 de novembro de 2017

A minha cozinha de sonho

Já aqui o disse não há muito tempo que, para além destes devaneios sobre rodas, a minha outra faceta envolve alimentos, tachos, fogões e afins e que sou natural e acérrimo seguidor do “Masterchef Australia”, para mim o crème de la crème deste tipo de conceitos culinários para TV. Sigo, também, as contas de alguns Chefs de reconhecidos créditos, nacionais e estrangeiros, em diferentes redes sociais, os quais me inspiram nas minhas criações que, quero crer, parecem tão bem quanto sabem. Ou será ao contrário?!

Dito isto, sempre que consigo associar a vertente das rodas com a culinária, os meus olhos brilham ainda mais, começando as ideias a fervilhar e as letras a atropelarem-se no teclado. Pois e não é que, de vez em quando, lá me tropeço em alguns conteúdos relacionados? Será um sinal?
O mais recente tropeço no tema envolve a divisão SVO (Special Vehicle Operations) da Jaguar Land Rover, o departamento que se dedica à criação de gadgets, quase em tudo semelhante ao dos filmes do James Bond, mas menos secreto. Deriva de uma estranha encomenda do Chef Jamie Oliver, fenómeno global neste domínio, e que pela TV e pelos livros inspira milhões a ganhar um crescente gosto pela culinária, nomeadamente na vertente da alimentação saudável e deliciosa. O peculiar Chef britânico desafiou a marca do seu país a construir-lhe uma cozinha de características inéditas, pois as instalações de base são… um Land Rover Discovery! WHAT?!?!?!?!?!
Feita a preceito, esta unidade está equipada com tudo o que possa imaginar, de uma slow-cooker a uma torradeira (com o set de compotas nas imediações), passando por um mixer de gelados e 3 batedeiras - sim, são aquelas 4 peças montadas nos centros das jantes - para além de um conjunto de utensílios onde nem falta um pilão e almofariz, naturalmente feitos sob medida, com duas peças do motor! Isto para além de integrar um grelhador, uma máquina para cortar pasta, uma cuba em alumínio e uma bancada de trabalho extensível, com uma TV de ecrã plano na extremidade para se poder seguir ao minuto os, muitas vezes, complicados passos dos processos criativos do Chefs!


Única no mundo, esta proposta dotada de ligações externas (eléctrica e para uma bilha de gás) traduz-se no sonho tornado real de qualquer cozinheiro que goste de escapadinhas e aventuras, podendo-se, em qualquer lugar do mundo, dar azo à veia culinária, desde que se leve consigo determinados ingredientes, nomeadamente os que a natureza não proporciona, mesmo que o modelo já conte com um pequeno herbário, um conjunto de condimentos, integrados junto aos vidros traseiros e com um dispensador de azeite e vinagre.
“Apresentei à Land Rover um enorme desafio para a criação da derradeira cozinha sobre rodas. Sonhei em grande e pedi ainda mais, mas o que eles fizeram ultrapassou todas as expectativas,” comentou Jamie Oliver. “Não pensei que fosse possível colocar uma ‘slow cooker’ junto ao motor ou um dispensador de azeite na bagageira, mas eles conseguiram-no. O resultado é surpreendente e perfeitamente adaptado para mim e para a minha família. Adoramos o conceito, numa criação única que nos permite elevar as nossas aventuras culinárias a um novo patamar”.
Responsável da SVO, David Fairbairn afirmou: “Nunca imaginei que nos pedissem um conjunto sobre rodas equipado com uma batedeira, mas foi fantástico trabalhar com o Jamie, dando vida à sua ideia. Ele quis ir verdadeiramente mais além do que seria possível com este já de si versátil veículo e a nossa equipa abraçou o desafio de corpo e alma.”

O esquema abaixo descreve tudo isto mas, se quiser ver mais em pormenor as potencialidades deste veículo, assista aos 3 episódios que Jamie Olivier colocou online na sua página do Youtube, o primeiro sob o título de I designed my own kitchen car, o segundo Grilling a Steak e o terceiro Cooking a Chicken.
Infelizmente, sendo one of a kind, esta cozinha com rodas, que demonstra a versatilidade do Land Rover Discovery, um SUV já por si referencial no domínio da alternativa e dos passeios fora de estrada, não se encontra em qualquer concessionário da marca. Mas acho que seria uma excelente base de trabalho para uma certa empresa nacional, com sede ali para os lados do Cartaxo que, penso eu, fruto de outros exemplares inéditos que desenvolve regularmente, não se importaria nada de conceber algo semelhante. É tudo uma questão dos imaginativos criativos da Kiosque Street Food começarem a por as celulazinhas cinzentas a trabalhar et voilá, nascia o meu food truck!





Imagens: Land Rover

Cumprimentos distribuídos irmãmente e até breve!
José Pinheiro
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1) As opiniões acima expressas são minhas, decorrentes da experiência no sector e de pesquisa de várias fontes;
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quarta-feira, 15 de novembro de 2017

WWCOTY: A visão feminina das necessidades

“Se não os podes integrar, junta-te a elas!” ou “Aqui homem não entra!”. Poderia ser um dos dois lemas do painel de juradas do Women’sWorld Car of the Year 2017, iniciativa que nos últimos anos se tem demarcado do sexo oposto, num sector ainda vincadamente masculino, passando a avaliar, por si próprias e com outra visão das necessidades, as melhores propostas do mercado. Afinal, também se diz que “a última palavra na escolha de um automóvel novo é das mulheres”!

Basta atentar nas listas de jurados dos principais galardões internacionais do sector auto e verificar-se que os eles ultrapassam, em muito, as elas: são apenas 4 as representantes femininas nos “World Car Awards”, num painel que compreende nada menos do que 82 jurados, são também 4 as juradas do “Car of the Year” europeu, onde votam 60 especialistas, e apenas 1 no “International Van of the Year”, num painel de 24 jurados. Em semelhante iniciativa na América do Norte são 57 os jurados, dos quais apenas 7 são senhoras. Elucidativo!
Em face desta indesmentível realidade, são elas quem fecha o ano com a atribuição do derradeiro grande galardão automóvel de 2017, àqueles que consideraram como sendo os melhores da actualidade. Uma particularidade nesta 8ª edição é o facto de haver, pela primeira vez na história da iniciativa, uma jurada lusa entre as 25 votantes, que representam 20 países dos quatro cantos do planeta. Chama-se Carla Ribeiro e, por cá, espelha as suas opiniões em publicações diversas, do jornal diário ‘Público’ às revistas especializadas Carros & Motores’ e Todo Terreno’, para além de conteúdos para o portal de cotação automóvel ‘Kelly Blue Book’. Também integra o júri do “Carro do Ano” nacional, processo de avaliações em que está, neste momento, envolvida. Ah sim, é a única representante feminina no dito!

“Um prémio para os melhores automóveis escolhidos exclusivamente por e para mulheres pode, à primeira vista, parecer estranho ou até mesmo sexista. Mas, note-se que vivemos num mundo em que ainda é vedado a alguém o direito de conduzir por simplesmente ser mulher. E quando se começa a pensar nisso, percebemos a utilidade de um galardão deste género”, começa por dizer ao Trendy Wheels.
Apaixonada por automóveis e tudo o que os envolve desde que se recorda, Carla Ribeiro reforça que, “para além do mais, os estudos mostram, claramente, que homens e mulheres têm uma diferente visão do automóvel, quer enquanto objecto utilitário, quer de prazer. A partir daí e tendo em conta a baixa representatividade feminina nos prémios do sector a nível global, assim como o facto de a venda de 3 em cada 4 automóveis ser feita ou por uma mulher ou a partir da decisão desta – dou como exemplo os carros de família – a criação de um prémio destes fazer faz ainda mais sentido. E, se em determinados países a presença de mulheres no jornalismo automóvel é o mais banal possível, noutros permanece uma área tabu, uma espécie de ‘Clube do Bolinha’ em que menina não entra.”

Profissional que não só avalia as novidades de produto que são lançadas no nosso país (e não só), como também cobre diferentes eventos motorizados, Carla Ribeiro considera o facto de fazer parte desta iniciativa “enriquecedor a nível pessoal mas, também, em termos profissionais pois traz consigo um acréscimo de responsabilidade no sentido de manter o espírito crítico pautado pelo rigor. Isto para além dos conhecimentos que integrar um painel do género nos traz — algumas de nós fomos em Junho a Inglaterra, para entregar o prémio de 2016 à Jaguar, sendo um privilégio poder ter contacto com os quatro cantos do mundo e perceber realidades tão distintas quanto as da Índia ou da África do Sul — pelo que a inclusão de Portugal nesta avaliação mundial não deixa de ser representativa do potencial do nosso pequeno mercado”.

... e elas preferem o Hyundai IONIQ
Bom… e, assim sendo, eis que são anunciados os últimos vencedores do presente ano, neste processo dos destaques entre os melhores, em que o Hyundai IONIQ surge à cabeça desta apreciação feminina, nomeado como o “Vencedor Supremo” - uma denominação um quanto ou tanto peculiar - nesta contagem: “Seguro, confiável, amigo do ambiente e extremamente feminino. Foi, este ano, um claro vencedor, considerando-se todas as suas três variantes – EV, Hybrid e PHEV Plug-in Hybrid – como um único modelo em termos de votações”, refere a organização, pela voz da neozelandesa Sandy Myhre, Presidente do Júri e, também ela jurada, enaltecendo-se o facto de, adicionalmente, ter ganho a categoria de “Green Car“.

Os vencedores dos restantes grupos deste “WWCOTY 2017” foram o Mazda CX-5 nos “Familiares”, modelo que foi ainda vice à geral e também no cada vez mais popular segmento dos “SUV/Crossovers”, categoria aqui ganha pelo Peugeot 3008, ele que é o actual detentor dos ceptros de “Carro do Ano 2017” nacional e europeu, em termos absolutos. Adicionalmente, se o Ford Fiesta conquistou o troféu “Budget Car”, reservado aos modelos mais acessíveis à bolsa, em contraponto, o BMW Série 5 venceu o segmento “Luxo”. Entre os “Desportivos” destacou-se o Honda Civic Type R.
Adicionalmente é pedido às juradas que atribuam um prémio ao seu “Dream Car”, galardão que se destina ao modelo que gostariam de ter parado à porta de casa. A escolha recaiu, este ano, no McLaren 720S, um ano depois de terem eleito o… McLaren 570S. É caso para dizer que não são nada pobrezinhas nas escolhas!


Imagens: Women's World Car of the Year

Acrescente-se que esta avaliação interplanetária contemplou uma lista inicial de nada menos do que 420 viaturas, umas abrangentes da maioria os mercados, outras específicas de regiões mais restritas. O grupo foi, depois, alvo de uma triagem, vendo-se reduzido a 60 modelos, 10 por cada uma das 6 categorias a concurso, para após esta avaliação final, auditada por uma empresa independente, se gerarem os resultados acima.

Portugal em crescendo nos galardões internacionais
Fechada que está a contagem de 2017, não há tempo para descanso, pois para a semana serão dados a conhecer os nomes dos primeiros vencedores com o selo “2018”.

A abrir a sequência teremos, já na próxima 4ªF (dia 22 de Novembro) em Lyon, o anúncio do futuro detentor do ceptro de “International Van of the Year” (IVOTY), aqui contando-se com a votação nacional de Fausto Monteiro Grilo, responsável pelo portal ‘Comunicauto’. No mesmo dia e evento serão, também, conhecidos os nomes do “International Truck of the Year” (ITOY) e do “International Pick-up Award 2018” (IPUA), aqui sem qualquer contribuição lusa.
A 15 de Dezembro saber-se-á que modelos vencem os galardões europeus “AutoBest”, quer o prémio maior, quer os das diferentes categorias, numa iniciativa cujo painel integra José Caetano, director da revista ‘AutoFoco’.

2018 inicia-se sem qualquer influência portuguesa, com o anúncio dos vencedores dos “North American Car & Truck/Utility of the Year Awards”, tendo depois de se esperar pelo dia 5 de Março para se conhecer o “Car of the Year” (COTY) europeu, resultado do processo de votação que decorre neste momento. Quer para a definição da shortlist, grupo de 7 finalistas que será conhecida já na próxima 2ª Feira (dia 20), como para a escolha do candidato eleito, há que contar com as pontuações de Francisco Mota, jornalista que até há bem pouco tempo representou a entretanto extinta revista ‘AutoHoje’, e de Joaquim Oliveira, como correspondente, freelancer que, entre outras, colabora com a revista ‘AutoFoco’, e outras publicações internacionais. Acrescente-se que este último também é jurado dos galardões “Engine of the Year”, anunciados há uma semana e que premiaram os melhores motores do mercado.
Fruto de uma diferente calendarização, haverá depois um interregno até Junho, altura em que se atribui outro dos grandes troféus internacionais, também aqui com um jurado nacional: Guilherme Costa, um dos co-responsáveis pelo portal ‘Razão Automóvel’, dá a sua opinião nos “World Car Awards” (WCA), avaliação intercontinental que tem, assim e também, um cunho lusitano. Na mesma altura serão anunciados os “Bus & Coach of the Year”, estes dois sem nenhum nome português no painel.

Esta sequência anual irá, depois, fechar-se, uma vez mais, com o “Women’s World Car of the Year 2018”, naturalmente a realizar dentro de 12 meses, integrando renovada avaliação da Carla Ribeiro aos modelos que irão ser lançados ao longo do próximo ano.
Por cá serão, entretanto, também conhecidos o vencedor do “Essilor Carro do Ano Trofeu Volante de Cristal 2018” e os das categorias de suporte, algures entre Fevereiro e Março próximos, para além de se anunciarem os conquistadores dos múltiplos troféus atribuídos pelas diferentes editoras e revistas da especialidade, nacionais e internacionais, ou pelos próprios mercados individualmente. Ou seja, troféus não irão faltar para rechear as vitrinas das marcas!
Logótipos: Oficiais
Cumprimentos distribuídos irmãmente e até breve!
José Pinheiro
Notas:
1) As opiniões acima expressas são minhas, decorrentes da experiência no sector e de pesquisa de várias fontes;
2) Direitos reservados das entidades respectivas aos ‘links’ e/ou imagens utilizados neste texto, conforme expresso.