quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Hora do puzzle

Composto por algumas boas centenas de peças e um considerável número de horas para as montar, como se de um puzzle 3D em tamanho real se tratasse, o automóvel encerra todo um mundo de deslumbre para os fãs da temática, nomeadamente os petrolheads que acompanham a imparável evolução mecânica.
Imagem: How a Car Works

Claro que sendo o Trendy Wheels um blog de conteúdos light, não me vou alargar no tema, convidando-@ apenas a ver esta animação que retrata a azáfama numa oficina em que, numa determinada noite, peças e ferramentas ganharam vida própria:

Filmado em stop motion, conjugando um total de 2.500 fotografias, este vídeo do portal How a Car Works explica, em detalhe, de que se compõe um motor, o conjunto de peças que forma o coração do automóvel. Sendo depois integrado no chassis, somam-se-lhe os restantes conjuntos – suspensões, chassis, interiores, carroçaria, etc – formando o tal veículo que permite levá-l@ de um ponto a outro nos seus diferentes trajectos diários, seja para o trabalho, à praia, de férias, ao cinema, às compras ou a qualquer outro destino em que se sente ao volante.
Caso tenha, efectivamente, curiosidade por esta vertente, analise aqui a oferta deste portal no domínio da formação. Quem sabe se não há uma potencial alma mecânica dentro de si!
Mecânico virtual
No mundo dos jogos electrónicos, na vertente VR (ou Realidade Virtual) há já muita coisa no mercado, mas de acordo com as mais recentes notícias prepara-se algo que, dizem os entendidos, será uma (nova) pedrada no charco. Chama-se Wrench e será um jogo de reparação e modificação de automóveis de competição.

O título desta, para já, proposta de VR game que está ainda em processo de desenvolvimento foi anunciado publicamente há 15 dias, estando também na calha, segundo palavras do seu responsável – o norte-americano Alec Moody – a criação de uma versão jogável em ecrãs tradicionais. Veja aqui um primeiro vídeo daquele que se poderá tornar um dos jogos mais emblemáticos neste domínio.

Caso queira acompanhar o seu desenvolvimento e vir, eventualmente, a ser um dos primeiros a jogá-lo clique no link acima. Há ainda que se esperar cerca de 1 ano, mais eventuais atrasos, até que fique disponível no mercado. Mas nunca se sabe se o responsável do mesmo vai precisar de uma ajuda externa para avaliação de eventuais bugs & afins!


Imagens: Wrench/Digital Mistake Games



Cumprimentos distribuídos irmãmente e até breve!
José Pinheiro
Notas:
1) As opiniões acima expressas são minhas, decorrentes da experiência no sector e de pesquisa de várias fontes;
2) Direitos reservados das entidades respectivas aos ‘links’ e/ou imagens utilizados neste texto, conforme expresso.

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

À reconquista do Cabo das Tormentas

Numa altura em que Portugal tem visto hasteada a sua bandeira nos mastros das mais diversas competições internacionais de ciclismo, perfilam-se mais dois nomes para mostrar ao mundo a verdadeira fibra lusitana, a mesma que, em tempo ídos, nos levou a conquistar meio planeta, saídos da “ocidental praia lusitana” e desbravando “mares nunca dantes navegados”, derrotando monstros lendários como Adamastor, ele que, no então Cabo das Tormentas, afundava naus na defesa dos seus domínios marítimos.
Imagem: Federação Portuguesa de Ciclismo

Hoje sem mais mares desconhecidos e com esse meio mundo perdido (quase) por completo por e para outros monstros, as conquistas são diferentes, levando-se essa alma lusa a outras paragens. Como, por exemplo, em modalidades desportivas, sendo que para estar aqui no Trendy Wheels há que ter rodas, razão da referência ao ciclismo e, nesta edição em concreto, a dois paraciclistas: Luís Costa e Telmo Pinão.
Ambos atletas da Equipa Portugal, preparam-se para defender as nossas cores no Campeonato do Mundo de Paraciclismo, que se realiza em Pietermaritzburg (África do Sul) já a partir desta 5ª Feira, (de 31 Agosto a 3 Setembro). A dupla, que já competiu nos Jogos Paralímpicos de 2016, no Rio de Janeiro (Brasil), irá participar, de novo, nas respectivas provas de Fundo e de Contra-Relógio, integrados nas suas categorias.

Tuga Power!
É este o habitual motto de Luís Costa, ele que se baterá com 9 rivais de peso na Classe H5, muitos deles seus normais opositores nas provas internacionais. O atleta algarvio irá primeiro competir no Contra-Relógio de 23,3 km na 5ªF (dia 31, partida às 12h00, hora em Portugal), para dois dias depois, às 14h00, correr os 60,7 km da Prova de Fundo.

O multipremiado paraciclista entregou-se a uma preparação intensiva, quer a nível individual, quer decorrente da sua participação nas mais diversas provas nacionais e internacionais onde este ano marcou presença. Por cá, em representação da sua equipa Sporting/Tavira-Paracycling conquistou a sua 4ª Taça de Portugal consecutiva e ambas as medalhas do Campeonato Nacional, embora, este ano não se considere que revalidou o título, já que as novas regras obrigam a mais competidores nas várias classes, algo que na sua não tem havido.
Fora de portas disputou 3 provas da Taça do Mundo de onde trouxe, entre outros resultados, 3 medalhas de bronze, conjunto que lhe garante igual posição no respectivo ranking final do ano. Foi duplo medalhado em Emmen (Holanda), na Prova de Fundo e no Contra-Relógio, sendo que nesta última quase que podia ter sido a de prata, perdida por milésimos de segundo! A terceira medalha de 2017 garantiu-a na Prova de Fundo em Ostende (Bélgica), evento onde juntou ao seu palmarés um 5º lugar no Contra-Relógio. Pouco tempo antes, em Maniago (Itália) foi 5º em ambas as vertentes. Venham agora as medalhas deste Campeonato do Mundo!
Imagens: Luís Costa - Paraciclista

Regresso à ribalta com um título
Quanto a Telmo Pinão, atleta da categoria C2, integra na África do Sul um pelotão com mais de duas dezenas de paraciclistas. O seu Contra-Relógio terá 31 km e inicia-se bem cedo, pelas 08h00 de 6ªF (dia 1), para dois dias depois, a partir das 09h30, iniciar a disputa dos longos 85 km da Prova de Fundo.
Imagens: Telmo Pinão e LA Alumínios-Metalusa-BlackJack

Mais regrado em internacionalizações – a última foi nas Paralimpíadas do Rio 2016 – o atleta de Albergaria-a-Velha aposta nos eventos nacionais para evoluir. Este ano e após uma paragem de alguns meses e de uma incursão pelo remo adaptado, representou a equipa LA Alumínios-Metalusa-BlackJack no seu regressou ao alcatrão, tendo no início de Julho, em Almeirim, garantido o título de Campeão Nacional de Paraciclismo, na variante de Contra-Relógio Individual. No dia seguinte também venceria a Prova de Fundo, mas garantindo apenas a medalha pois a falta de quórum na sua categoria impediu a atribuição do título de Campeão Nacional.
Após várias sessões de treinos, individuais e em conjunto com o seu companheiro de aventuras, para esta deslocação ao extremo sul do continente africano, ambos partiram ao início da tarde de ontem (Domingo) para Pietermaritzburg. Com objectivos diferenciados, as expectativas de ambos estão em alta, tal como transpareceu José Marques, Seleccionador Nacional de Paraciclismo: “Vamos com ambição de conseguir bons resultados. O Luís Costa aponta para o pódio, tanto no Contra-Relógio como na Prova de Fundo, embora seja uma meta mais fácil de alcançar na corrida em linha. O Telmo Pinão irá bater-se por um lugar no top 10”.
Este Mundial de Paraciclismo terá transmissão directa via Livestream, pelo que pode seguir as prestações dos nossos dois atletas como se lá estivesse. Os horários completos podem ser consultados aqui. As horas indicadas acima, neste texto, são as portuguesas (menos 1 hora do que a hora local).

Outros feitos lusos em 2017
Regressando aos resultados de atletas da Equipa Portugal nas diversas modalidades do ciclismo internacional, destacam-se, entre outros, o título de Campeão Europeu de Maratona BTT, na Classe XCM, conquistado por Tiago Ferreira, na prova que decorreu em Svit (Eslováquia, a 13 Agosto), cerca de dois meses após se ter sagrado Vice-Campeão do Mundo da categoria, em Singen (Alemanha).
Já no início de Julho fora Maria Martins quem, em Sangalhos, no Europeu de Pista (Sub-23 e Juniores), garantiu a medalha de prata na prova Júnior de Eliminação, um dia depois dos gémeos Rui Oliveira (Eliminação) e Ivo Oliveira (Perseguição Individual) terem obtido, respectivamente, uma medalha de ouro e outra de prata.
Imagens: Federação Portuguesa de Ciclismo

Estes são apenas alguns dos orgulhosos lusos que não param de tentar elevar as cores verde/rubra nos mastros espalhados pelo planeta, conquistando a admiração e o respeito do púbico, bem como dos adversários. Pode seguir as carreiras destes e de outros atletas da Equipa Portugal, bem como das restantes provas e categorias na página da Federação Portuguesa de Ciclismo.
Cumprimentos distribuídos irmãmente e até breve!
José Pinheiro
Notas:
1) As opiniões acima expressas são minhas, decorrentes da experiência no sector e de pesquisa de várias fontes;
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sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Mala, cinto, sapatos e… verniz!

Em face de uma festa ou evento especial surgem as eternas questões relacionadas com a indumentária a levar, algo que, nos dias que correm, não é apenas do foro feminino já que a facção masculina tende a também ter preocupações crescentes com o visual. Do mais simples “O que é que vou vestir?”, ao “Humm… será que isto dá bem com aquilo?!” ou até mesmo ao eterno triângulo mala/cinto/sapatos, para que a bota bata com a perdigota, tudo serve para algumas horas de luta com o guarda-roupa e com @ outr@ que surge nos espelhos estrategicamente espalhados pela casa.

Como se tal já não fosse suficiente, há outros factores a baralhar a coisa, como é o caso do verniz, foro ainda (quase) exclusivo do elemento feminino, integrado no vasto mundo da maquilhagem. Mas… e se juntarmos ainda mais um?
Pois é, a ideia não é efectivamente nova, pois há vários exemplos no passado, mas elas gostariam, de certezinha absoluta, que o seu automóvel entrasse na equação, nomeadamente pela cor do modelo que está parado à porta de casa.

E aqui é a Renault quem parece ter novidades, através de 4 vernizes – nas cores Azul Dragée, Amarelo Eclair, Preto Etoilé e Vermelho Flamme – produzidos pela De Blangy, especialista em cosméticos, associando-os ao seu pequeno Twingo que, dependendo dos mercados, está à venda com pelo menos um desses mesmíssimos tons. A dita vantagem é tal que o produto pode ser usado quer nas unhas, no tal pendant com a restante indumentária, como também para disfarçar os pequenos riscos que surgem na carroçaria no dia-a-dia! A sério!!!
Quem o diz são os marketeers da própria marca francesa, ainda que não considere ser a solução ideal, já que os actuais processos de pintura dos automóveis não são assim tão simplistas quanto isso mas, à boa maneira portuguesa, dará para desenrascar e esconder aquele pequeno toque no poste ou no vizinho. Custam € 8,90 cada e pode adquiri-los aqui, mas alerto-o que em Portugal só há dois tons – o azul e o preto, que por cá se chamam Verde Pistaccio e Preto Estrela – entre a palete de cores do modelo.

Uns stiletto com assinatura
Fruto do seu posicionamento assumidamente fashion e apontando ao sector feminino, não é inédita esta associação deste pequeno citadino da Renault à moda, pois já aquando do seu lançamento, em 2014, a marca francesa promoveu-o recorrendo a Luis Onofre, estilista luso que criou os “Twingo Stiletto”, sapatos de saltos agulha que foram apresentados no evento “Vogue Fashion's Night Out” daquele ano.

Imagens: Renault

Detalhe diferenciador
Como disse acima, não é nova a ideia de transportar as cores dos automóveis para o mundo da moda, nomeadamente neste patamar dos vernizes. A Ford tem-no feito algumas vezes, aqui recordando-me da campanha de lançamento da então 6ª geração do Fiesta (o da imagem, em 2008) no tom Hot Magenta, associando-lhe por cá, bem como noutros países, um verniz nessa mesma cor de carroçaria.
Imagens: Ford/models own

Em Inglaterra, o leque viu-se, depois, alargado a um pack de 3 cores – Hot Magenta, Fashionista e Candy Blue, com assinatura da marca models own – para que mais a clientela feminina sentisse uma ainda maior proximidade com o seu citadino, permitindo-lhe expressar a sua personalidade.
Já nos EUA, o eleito para uma idêntica acção de conquista foi o ultra-popular Mustang, quando em 2015 esta marca do universo Ford se associou à OPI Products, produzindo um verniz no incisivo tom Race Red.
Imagens: Ford/OPI Products

Ou seja, quando sair à rua garantindo estar totally fashion, assegure-se que tudo bate certo. A única surpresa que pode ter é se alguém também leu este texto e escolher as mesmas cores e indumentárias! Não seria inédito…
Cumprimentos distribuídos irmãmente e até breve!
José Pinheiro
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quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Um muro de viagens & sonhos

Numa altura em que a concorrência aperta cada vez mais, nomeadamente pelo esmagamento de preços por parte dos operadores low cost, as principais companhias aéreas do planeta dividem-se em esforços para conquistar as diferentes franjas de mercado, que levem a que os potenciais passageiros escolham os seus aviões. A norte-americana Delta é uma dela, apostando em curiosas promoções dos locais para onde voa regularmente.

A mais recente criação é um enorme muro, que faz esquina entre a duas avenidas – a North 10th Street e a Wythe Avenue – duas ruas da zona de Williamsburg, em Brooklyn, e que, de uma noite para a outra, mudou totalmente de roupagem, apresentando aos transeuntes uma curiosa interpretação de nada mais do que 133 referências que se usam para identificar os diferentes aeroportos internacionais onde faz escala, numa extensa lista que até inclui o “LIS” atribuído à nossa capital. Mais do que as palavras, ficam as imagens desta criação da agência Wieden + Kennedy New York, com uma mãozinha na pintura da Colossal Media e com recurso à criatividade do artista Celyn Brazier.

Já agora, no que se refere ao desenho do código nacional, se o “L” e o “I” são mais imediatos, ilustrando, respectivamente, a Torre de Belém e o Castelo de S. Jorge, já o “S” é de mais difícil interpretação, embora retrate uma pessoa a curtir a noite alfacinha, envolvido por diferentes notas musicais (supõe-se que do Fado ou dos inúmeros espaços de diversão nocturna).
Os restantes também são compostos por pormenores dos vários destinos para onde os aviões daquela operadora voam a partir da cidade de Nova Iorque, pelo que se quiser entreter – do tipo passatempo de férias – tente identificá-los. Para facilitar, até pode fazê-lo por aqui, um link criado para o inerente merchandsing entretanto criado, com t-shirts, canecas, bonés, identificadores de bagagem ou quadros com cada um dos diferentes 133 códigos, de Lisboa a qualquer outro aeroporto.

Esta é a segunda aposta da Delta neste muro de destinos, depois de uns meses antes ter criado um outro conceito em que as pessoas até faziam selfies junto a imagens de diferentes cidades, publicando-as depois nas redes sociais, enquadrando-se nas mesmas como se lá estivessem estado! Outra acção fez-se em Los Angeles, expondo pela cidade exemplares da streetart mundial, nela convidando os habitantes a viajar para ver os originais. Imaginação parece não faltar para aqueles lados.

Imagens: Delta e Zazzle

Cumprimentos distribuídos irmãmente e até breve!
José Pinheiro
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segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Regresso às aulas ecológico

O Verão está a derreter a passos largos, significando que a temática do inevitável “Regresso à s Aulas” se vai tornando assunto do quotidiano, por mais que a pequenada o queira evitar. Aliás, as grandes superfícies e demais operadores já começam a fazer as suas campanhas, com ofertas, descontos e afins em livros e materiais. Já o mesmo parece não acontecer ao nível das propostas de transporte escolar, mantendo-se a habitual disponibilidade sem novidades de maior. 

Uma hipótese de novidade nacional até poderia ser a solução aplicada na cidade francesa de Louviers, onde a criançada de algumas escolas primárias vai para a dita e regressa a casa a pedalar. O que há de novo? O facto de não o fazerem em bicicletas tradicionais mas sobre um conceito chamado S’Cool Bus, criação de três jovens empreendedores locais, veículos a pedais com assistência eléctrica. Têm 4 velocidades e uma marcha-atrás, podem circular até aos 15 km/h e têm uma autonomia de cerca de 30 km, mais que suficiente para os trajectos diários, mesmo dentro de cidades de maior dimensão. Dotados de tejadilho amovível, luzes, piscas e retrovisores, naturalmente circulam, sempre que possível, em ciclovias e/ou algumas zonas pedestres, fugindo do trânsito automóvel.

Ecológico e estimulador da prática desportiva e do convívio entre a pequenada, o projecto seduz, também, pais e educadores. “Os S’Cool Bus são pequenos veículos com pedais independentes para cada criança e adaptados ao seu tamanho, permitindo o seu transporte para as escolas enquanto praticam uma divertida actividade”, referem os responsáveis pelo conceito. “Seguros e confortáveis, os S’Cool Bus também sensibilizam e educam os jovens a participar activamente no desenvolvimento sustentável. Deslocam-se respeitando o ambiente, divertem-se e, ao mesmo tempo garante-se-lhes uma actividade física diária mínima, com implicações na própria aprendizagem escolar.”

Para quando importar o conceito para o nosso Portugal? Afinal, estamos em época de Eleições Autárquicas e esta até poderia ser uma interessante ideia para determinadas regiões... ou mesmo para todas! Quem se atreve?
Cumprimentos distribuídos irmãmente e até breve!
José Pinheiro
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sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Pete Eckert: Um turista no mundo da visão

São 5 os sentidos que o ser humano foi dotado, se bem que – é comum dizer-se – algumas pessoas conseguiram desenvolver um extra, uma capacidade adicional de antecipar determinadas situações. Mas… e se um deles falhar?

É algo com que a maioria não se preocupa, pois, como em tantas outras coisas na vida, segue-se a filosofia do “isso só acontece aos outros” e claro que não se pensa que nos pode suceder isto ou aquilo, pois isso não é viver. Devemos antes aproveitá-la ao máximo, tirando partido do que temos.
Vem isto a propósito de Pete Eckert, fotógrafo profissional que é… invisual! Isso mesmo, um dos seus sentidos falhou-lhe por completo, fruto de uma Retinitis Pigmentosa, doença degenerativa que leva à completa cegueira, sendo presentemente incurável! Imagine-se – se é que se consegue... – o que é para alguém formado em escultura e desenho industrial, cujo sonho era estudar arquitectura em Yale, ser-lhe dito de que a situação era real, galopante e irreversível.
Diagnosticado com a dita e após alguns anos de luta psicológica, Eckert veio a dedicar-se a algo impensável para a maioria: a fotografia! Ajudado pela sua mulher Amy e por um novo amigo, Uzu, um cão-guia que se revelou precioso não só como companheiro, mas também como protector. Com uma enorme dose de empenho na vontade de aprender cada vez mais, o alemão tornou-se num conceituado profissional, apesar desta sua condição.

Imagens: Volkswagen

O mais recente exemplo do seu trabalho chega pelas mãos da Volkswagen, marca que acaba de lançar o Arteon, o seu novo coupé de 4 portas. A sua nomenclatura divide-se entre “Art” (a arte das suas linhas harmoniosas e a emoção gerada) e “eon”, inerente ao posicionamento premium do modelo, ou seja, tudo o que Eckert precisava para criar mais um conjunto de imagens imortais.

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José Pinheiro
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quarta-feira, 16 de agosto de 2017

A lotaria da velocidade

Fizessem isso por cá e era ver o Estado a fazer contas de como rentabilizar o investimento feito nos novos radares SYNCRO, que regularmente nos aliviam a carteira de umas quantas notinhas e a carta de condução de uns equivalentes pontos, dependendo da gravidade da infracção. Falo de um projecto apresentado há uns bons anos pelo norte-americano Kevin Richardson, então vencedor de uma iniciativa de avaliação de ideias da Volkswagen, que decorreu sob o nome de “The Fun Theory”.
O conceito passa pela montagem, nos centros das cidades, nomeadamente em zonas mais delicadas, de radares de controlo de velocidade que penalizam os prevaricadores. Nada de novo até aqui, sendo a novidade o facto dos montantes inerentes a essas penalizações servirem para a constituição de um fundo que serviria de prémio a quem cumprisse os limites, numa espécie de Lotaria do Km"! Ou seja, assim como lhe apareceria em casa a carta da multinha, na infelicidade de ultrapassar os limites estabelecidos, outros poderiam receber um talão numerado que os candidatava à conquista do tão apetecido bolo acumulado desta “Speed Camera Lottery”!
A ideia até foi depois testada na Suécia, numa artéria de Estocolmo, contando o apoio da NTF (Autoridade Sueca do Transporte Rodoviário) local, provando ser um sucesso, pois a média de velocidades caiu dos 32 km/h registados antes da montagem da câmara para os 25 km/h após a sua entrada em funcionamento. Só que...

Este produtor de jogos do canal infantil Nickelodeon Kids conquistou, assim, o 1º lugar entre as 699 candidaturas, oriundas de 35 países, apresentadas no âmbito deste “The Fun Theory” da Volkswagen, projecto agenciado à DDB Stockholm… em 2010! Mas, apesar da aparente validade da ideia, a sua implementação a uma mais larga escala não se fez, sendo uma das razões apresentadas o facto dos montantes das multas ficarem normalmente para as autoridades nacionais, impedindo a constituição do tal fundo. Um caso a (re)pensar?
Imagens: Volkswagen


Cumprimentos distribuídos irmãmente e até breve!
José Pinheiro
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segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Só para coleccionadores

Fui, em tempos, um fervoroso adepto de corridas de automóveis, não perdendo pitada do que se fazia pelo nosso país ou pelo mundo, em especial sobre Ralis e Fórmula 1. Dadas as tecnologias da altura, muito longe da profusão de acessos que a Internet hoje nos dá, os meus companheiros nessa aventura eram a televisão e o rádio – que loucura, não é? – mais os jornais e revistas, nacionais e estrangeiras, sobre o tema, que avidamente comprava e absorvia.

Hoje apenas guardo alguns anuários de referência ou outros livros que, de algum modo, ainda me despertem um certo click quando os desfolho, com um grau de loucura substancialmente mais reduzido e com as prateleiras lá de casa com menos pó & ácaros dos livros, fruto dos exemplares dessas diversas publicações de que, entretanto, me desfiz. Não quer isto dizer que não continue atento à realidade, não só pelas minhas funções profissionais, como pelos conteúdos de interesse que tento trazer ao blog Trendy Wheels.
Assim sendo, nesta edição irei falar de selos de correio e de um livro em particular, conjuntos obrigatórios para qualquer fã de ralis que se preze, ambos relacionados com o Rali de Portugal, a nossa maior prova de estrada e que teve a sua 51ª edição em Maio último.

Ao coração dos filatelistas…
Comecemos, então, pela área da filatelia, sendo que neste domínio saliento a colecção de selos produzida pelos CTT, ilustrada com 5 emblemáticos carros vencedores dessa prova portuguesa do Campeonato do Mundo de Ralis:
Imagens: CTT/Correios

- Renault 8 Gordini da dupla lusa Carpinteiro Albino/Silva Pereira, feito alcançado na 1ª edição, de 1967,
- Fiat 131 Abarth dos finlandeses Markku Alen/Ilkka Kivimaki, da edição nº 15 (1981), 
- Audi Quattro S1 da dupla feminina franco-italiana Michèle Mouton/Fabrizia Pons no ano seguinte,
- Lancia Delta Integrale dos também finlandeses Juha Kankkunen/Juha Piironen da edição nº 26 (1992)
- e, a fechar, o Volkswagen Polo R WRC de Jari-Matti Latvala/Mikka Anttilla, também eles oriundos do país dos 1000 Lagos, e que subiram ao lugar mais alto do pódio na 49ª edição (2015) deste evento.        
Esta Série Rally de Portugal - 50 Anos” está à venda nos balcões dos CTT ou na loja online, por € 3,48 para o conjunto dos 5 selos, por € 5,13 para a Pagela e por € 4,85 para o Sobrescrito 1ª Dia, incluindo ambas os 5 selos.

… e um livro indispensável
Se acha que aqueles 5 são manifestamente poucos para ilustrar um evento que teve este ano a sua 51ª edição, então complete-a com a aquisição do livro “50 Anos Rally de Portugal” que o ACP – Automóvel Club de Portugal entretanto publicou, ilustrando meio século daquele que, durante muitos anos, ostentou o selo de “O Melhor Rali do Mundo”
Imagens: ACP 

Com o contributo de muitas figuras ligadas ao automobilismo e aos ralis em particular, contam-se nas suas mais de 600 páginas – em português e em inglês – histórias mais e menos conhecidas, ilustradas com esquemas, gráficos, estatísticas e curiosidades do muito com que o Rali de Portugal tem enriquecido ao longo de 5 décadas. Resumem-se todas as edições, carros, protagonistas e emoções vividas a norte, ao centro e ao sul de Portugal Continental, por estradas e terras já atravessadas.
No domínio da imagem, a grande maioria das fotografias têm a assinatura do profissional Paulo Maria, fotógrafo responsável pela agência Interslide, pessoa que, curiosamente e em tempos, me colocou pela primeira vez uma máquina fotográfica profissional nas mãos. Foi noutro rali – o Vinho Madeira de 1995 – deixando-me então recolher algumas imagens que haveriam de ser capa e parte dos conteúdos do artigo que então fiz para uma revista da especialidade, dizendo-me para ficar com os créditos das mesmas. Poucos são os que o fazem, mas o Paulo não é igual a ninguém, é só igual a ele próprio!

Se bem que seja um tanto ou quanto pesadão para ler nas férias, na praia ou no campo – ainda são alguns bons quilinhos – poderá sempre adquirir (mais) um – está à venda por € 1 por ano da prova, ou seja € 49,90 e pode ser adquirido na loja online – para oferecer nos anos ou no Natal, àquela pessoa de quem sabe os olhos irão brilhar. Se, por ventura, for eu essa pessoa, esteja à vontade!
Imagens: Interslide/Paulo Maria

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José Pinheiro
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sexta-feira, 11 de agosto de 2017

O que está a dar é ter um Olá na sua festa

Eis-nos em pleno Agosto, mês em que ainda muitos decidem dar o nó, a que se seguem os copos de água com menus mais ou menos estafados, com os pratos do costume, mesas de entradas, queijos e sobremesas. Ou não! Os tempos mudam e os comes & bebes em eventos familiares ou empresariais abraçam novos conceitos, como o facto de se poder ter… um carrinho de gelados!

Solero, Cornetto, Callipo, Magnum e até as mais elaboradas propostas da marca Ben & Jerry's, são nomes por demais conhecidos do universo da Olá, tudo podendo integrar o pacote Olá NaSua Festa, serviço que lhe coloca um carrinho recheado de gelados, junto com um(a) promotor(a), para os distribuir aos seus convidados.
Seja para as mais barulhentas festas da petizada, que a partir desse momento se lambuzam com os sabores fresquinhos da marca, ou para os mais recatados encontros empresariais, há diferentes packs disponíveis, fechados ou criados por si, com preços a condizer. A encomenda mínima é de € 100, variando em número e tipo de gelados.

O único senão é o facto do conceito estar ainda restrito à área da Grande Lisboa – concelhos da Amadora, Cascais, Lisboa, Loures, Odivelas e Sintra – embora, entretanto, tenha sabido que estão a considerar alargar o raio de acção, pois já houve um evento em Sesimbra, curiosamente no aniversário de uma Farmácia!
Imagens: Olá

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quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Mazda CX-3: Gémeos com muita essência

“Eu tenho dois amores, quem em muito são iguais; Mas tenho plena certeza, de qual eu gosto mais…” Fazendo uns pequenos ajustes e o tema do ultra-popular cantor nacional Marco Paulo até se adequaria aos meus convidados de hoje, dois falsos gémeos Mazda CX-3, pequeninos SUV japoneses que têm dado água pela barba a muitos dos seus adversários, no segmento e no meio do trânsito.

Sim, o modelo surge aqui em dose dupla, propostas que se à partida parecem iguais, vendo bem a coisa não o são! A começar pela cor aplicada na carroçaria de design KODO (“O que é?” - ver mais à frente), um com o cativante tom Vermelho Soul e o outro com um não menos bonito Azul Crystal. Palete à parte, olhemos para a diferença exterior seguinte: o logótipo na traseira! Ah, ok, o vermelho é um simples CX-3 e o azul um CX-3 AWD, significando duas ou quatro rodas a puxar, cabendo ao cliente escolher para onde o quer levar nas escapadinhas ou que trajectos faz no quotidiano.
Saltemos agora lá para dentro e eis os estofos, ambos em pele. Só que um tem-nos em tons de preto/bordeaux, numa sóbria conjugação com tecido, e o outro num bonito branco & preto (mais os pormenores em bordeaux), com zonas em tecido suede. Outra: a caixa de (6) velocidades, sendo uma manual (MT) e a outra automática (AT), solução que alguns consideram ser “para preguiçosos”. Talvez, mas no trânsito citadino até dá um jeitaço!

(Quase) tudo o resto é igual, do motor turbodiesel 1.5 SKYACTIV, mecânica com muitas soluções tecnológicas de última geração que, no caso do mais pesado AWD AT, o leva a ser um bocadinho mais gastador quando se puxam pelos bem alimentados 105 cavalos, até às bonitas jantes de 18 polegadas, que lhes dão um estilo muito próprio! Também idênticos são os sistemas de ajuda à condução, alertando-nos para tudo: a velocidade a que vamos, a faixa de que nos desviamos, a distância ao carro da frente, a comutação de luzes à noite, ou até o tempo que já estamos ao volante, etc etc etc, mais o sistema de info-entretenimento MZD Connect que agrupa o áudio, a navegação e o emparelhamento com o telemóvel, permitindo-os, ainda, definir o que queremos saber quando ao volante.  
Muito práticos, confortáveis e espaçosos, o único senão assenta na bagageira, em que até cabe muita coisa desde que as ditas peças não sejam muito grandes. Há abaixo uma secção para esconder objectos da vista de quem não interessa e, na sub-cave, novo espaço extra, mais se tiver roda suplente ou bastante menos se o áudio for o fantástico sistema Bose, a que me referi recentemente em peça dedicada (ver SuaEminência, D. Karaoke) equipamento de ambas as unidades que conduzi.


Aulinha de japonês: Jinba Ittai & KODO
Povo tão cioso da sua milenar história, os japoneses expressam, como ninguém, o que lhes vai na alma, recorrendo a caracteres, simbologia e/ou terminologia própria, processo que há muito se estende ao conceito automóvel.
Comecemos pelo termo “Jinba Ittai”, que decorre de um ancestral ritual denominado Yabusame, no qual um arqueiro, montado a cavalo, dispara, ao longo de um percurso com três alvos em madeira, outras tantas setas, controlando o animal com os joelhos, comunicando com ele através dos sentidos. A Mazda simboliza esse mesmo “cavalo e cavaleiro como um todo”, fazendo a ponte entre o automóvel e o condutor – no caso presente entre mim e os CX-3 – alcançando-se um sentimento de união que torna a condução bem mais divertida. É isso que se sente ao volante de qualquer dos novos modelos da marca japonesa, bem como de todas as quatro gerações do roadster MX-5, sendo, aliás, estes últimos os verdadeiros guardiães desta valiosa herança, que fez com que a Mazda passasse de uma marca de imagem residual para uma das mais dinâmicas do mercado.
Agora vamos ao conceito KODO - A Alma do Movimento”, filosofia de design que representa a dinâmica beleza da vida, dando essência e coração a uma matéria inerte como é um automóvel. Reflecte na viatura, interior e exterior, a tal experiência Jinba Ittai, criando uma simbiose entre condutor e o modelo da energia do movimento gerada, apanhando todos os que admiram os novos modelos Mazda, criando uma irresistível vontade de os conduzir.


O preço, a derradeira diferença
Clara que faltava o “E, então, quanto é que isto tudo custa?”, pelo que vamos à última diferença entre estas duas montadas. De acordo com o configurador da marca, o mais em conta Mazda CX-3 1.5 SKYACTIV-D (105 cv) MT 2WD Excellence com os packs HT, Leather e Navi, mais a tal pintura Vermelho Soul, ficará em cerca de € 28.000, não contando com eventuais assessórios que o cliente poderá também querer montar; já o equivalente AWD AT, na cor Azul Crystal com o mesmo nível de equipamento, aqueles mesmos packs, acrescendo os estofos do Pack Leather White, surge com um PVP de € 34.150. Note-se que há a acrescer a ambos valores as despesas de legalização, transporte e preparação.
Imagens: Trendy Wheels/JP e Mazda

Qual é o meu preferido? Apesar das poucas diferentes, opto pelo mais simples Mazda CX-3 2WD, já que permite fazer praticamente tudo o que o outro faz, por menos € 6.000, mas muito em especial pela particularidade da sua caixa manual, curta e que enche a mão, fazer-me sentir na pele o tal Jinba Ittai. Não acredita? Então experimente este e, se quiser ter aquela sensação, logo a seguir um Mazda MX-5. Depois conte-me como foi. Ufff… até arrepia!


Cumprimentos distribuídos irmãmente e até breve!
José Pinheiro
Notas:
1) As opiniões acima expressas são minhas, decorrentes da experiência no sector e de pesquisa de várias fontes;
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