segunda-feira, 31 de julho de 2017

Bicicleta: Quem é o pai da criança?

Transporte por excelência da actualidade em alguns países, a bicicleta - peça que faz celebra este ano o seu 200º aniversário - é um veículo em que (quase) todos nos deslocámos alguma vez nas nossas vidas. Há países como a Holanda, Dinamarca e Alemanha que tem elevadíssimos volumes per capita, tal como a China ou os EUA, enquanto outros ainda apostam nas alternativas motorizadas e menos ecológicas.
Imagens: Wikipedia e Peugeot Design Lab
Reza a história que o primeiro conceito em madeira de duas rodas, já com pedais, terá surgido em 1534, pela mão de Gian Giacomo Caprotti, aluno de Leonardo da Vinci, mas nem todos são apologistas da autenticidade do detalhado desenho que consta do livro “Codex Atlanticus” deste tresloucado criador de peças completamente fora do seu tempo. Dizem alguns detractores e outros ditos especialistas na matéria que esse desenho terá sido feito bem mais recentemente, por um desconhecido, aquando do restauro da obra, não constando do livro original. Mas o facto é que se construiu a dita a partir do mesmo, peça hoje exposta no museu dedicado a esta figura histórica. Cada um que tire as suas conclusões!


Imagens: Wikipedia (1 e 3)

Curiosamente propostos papás para a bicicleta não faltam, pois há outra teoria inerente à “Célérifère”, uma “máquina de corrida” em madeira alegadamente criada em 1790 por um conde francês Mède de Sivrac que… nunca terá existido! Terá sido uma invenção de outro francês – Louis Baudry de Saunier – que, para valorizar a nação francesa, terá copiado, em 1870, a “Laufmaschine” (ou “Draisine”) que já existia desde 1817, invenção do barão alemão Karl Von Drais, atribuindo-lhe essa datação anterior.
Ou seja, é este último que é tido como o verdadeiro “Pai da Bicicleta”, ou do que viria a levar à criação do que hoje conhecemos como tal, pois na sua peça eram os pés do utilizador quem lhe dava propulsão… no chão. O primeiro exemplar com pedais terá surgido na Escócia pelas mãos de Kirkpatrick MacMillan nos finais dos anos 30 do Século XIX. Daí para cá, a bicicleta evoluiu até aos conceitos que hoje conhecemos – a pedais ou eléctricas – e que são resumidos neste curioso vídeo.

O exemplo holandês
Apesar da ideia recorrente de que a China é o país onde há mais bicicletas em circulação, isso é verdade em volume mas não em valores per capita. Aí a medalha de ouro vai para a Holanda.
Imagens: all-free-download.com

Senão vejamos: de acordo com um estudo de 2016, a China terá mais de 500 milhões de bicicletas em circulação, mas face à sua população estimada de 1300 milhões de habitantes, tal garante-lhe apenas – e pasme-se!!! – o 10º lugar no planetário ciclista. Apenas 37,2% desta população asiática se desloca de bicicleta, num resultado bem abaixo dos registados na Bélgica, Suíça, Japão, Finlândia, Noruega e Suécia, cujas percentagens vãos dos 48% aos 64%. Os ocupantes do top 3 são a Alemanha com 75,8%, a Dinamarca com uns já impressionantes 80,1%, mas ainda assim longe da todo-poderosa Holanda, com os seus arrebatadores 99,1%!
Ou seja, quase toda a gente pedala no “País dos Ciclistas”. As estatísticas demonstram esse sucesso: 27% de todas as viagens e um quarto das deslocações para o trabalho são feitas neste veículo, sendo a distância média diária pedalada de 2,5 km por pessoa. O mercado gera cerca de 1.000 milhões de euros/ano, num país cujas características planas a tal ajudam, com 400 km de ciclovias, regras de boa educação e rodoviárias. Claro que há excepções e também muitos roubos, estimando-se que 20% das ditas mudem de mãos sem que os seus donos o consintam…
Não há, de facto, mundos perfeitos!
Cumprimentos distribuídos irmãmente e até breve!
José Pinheiro
Notas:
1) As opiniões acima expressas são minhas, decorrentes da experiência no sector e de pesquisa de várias fontes;
2) Direitos reservados das entidades respectivas aos ‘links’ e/ou imagens utilizados neste texto, conforme expresso.


sexta-feira, 28 de julho de 2017

Com o coração nas mãos

Actividade imprescindível para o salvamento de inúmeras vidas, o transporte de órgãos é assegurado, no nosso país, por forças militares, como a Força Aérea Portuguesa, e paramilitares, como a Guarda Nacional Republicana, complementadas, em situações de recurso, por alguns veículos de emergência médica e de entidades privadas especializadas na matéria.



GNR: Uma volta ao mundo por ano
Sabia que a GNR tem à sua responsabilidade, desde 1994, a missão de transporte de órgãos, em todo o território nacional? E que, nos últimos anos tem percorrido, em solo luso e em média, o equivalente a uma volta ao mundo - o perímetro aproximado da Terra é de cerca de 40.000 km - com esses transportes? De acordo com informação oficial, desde 2010 e até ao final do ano passado, a GNR já havia realizado 1.690 transportes, envolvendo mais de 3.000 militares, tendo percorrido mais de 270.000 quilómetros!

Aparentemente simples, o processo obriga a uma série de requisitos inerentes ao correcto transporte e acondicionamento dos órgãos, vitais para o salvamento de vidas, algumas delas já em processo de operação nas mesas dos blocos dos diversos hospitais. No âmbito destas missões, a GNR é contactada pela Unidade de Saúde que detém o órgão a ser transportado, despoletando de imediato uma patrulha que se desloca até lá, transportando o órgão nas exigidas condições térmicas até ao seu destino, ou seja, até ao bloco operatório da unidade hospitalar requisitante. A qualidade e segurança da transplantação de órgãos depende do tempo necessário para o seu transporte, competindo assim à GNR, e em respeito das condições de segurança, chegar ao destino no menor tempo possível, contribuindo deste modo para o salvamento de mais uma vida.

FAP: Elefantes e Linces nos céus de Portugal
Processo semelhante, mas utilizando o espaço aéreo, faz a FAP, normalmente destacando, para o efeito, duas das suas Esquadras, a 502 – Elefantes, que recorre a uma aeronave EADS C-295M, e a 504 - Linces que usa um Marcel-Dassault Falcon F-50, avião de menores dimensões e, por isso, mais ágil. Além da prontidão máxima dos meios aéreos e respetivas tripulações, voltou a ser crucial a rápida e ágil coordenação entre esta força e as diferentes entidades competentes.

Entre 2014 e 2016 foram 90 as missões conjuntas destas duas esquadras, representando mais de uma centena de horas de voo, somando-se às 17 missões deste tipo realizadas até final do primeiro semestre deste ano, aqui representando cerca de 45 horas de voo, destinando-se depois os órgãos aos hospitais do Continente e de ambos os Arquipélagos dos Açores e Madeira. Acrescente-se que embora maioritariamente originários de unidade saúde nacionais, por vezes algumas das missões extravasam fronteiras, como a que em Abril do ano passado obrigou a uma deslocação a Tenerife, nas Ilhas Canárias, para a recolha de vários órgãos.

Doadores por defeito
Mais uma: sabia que, assim que nascemos, todos somos potenciais dadores de órgãos e de tecidos, caso venhamos a morrer num hospital? Isto porque a lei portuguesa assenta no conceito de doação presumida, sendo que apenas os cidadãos nacionais residentes em Portugal e que se encontrem inscritos no “RENNDA - Registo Nacional de Não Dadores” se podem recusar a doar os seus órgãos e tecidos. Quer dizer, depois de morto é algo indiferente, já que terá de ser a família directa a interceder por si, mas pronto, fica aqui a informação.
Imagens: FAP (1 e 3), GNR (2) e IPST (4)

Não pretendendo entrar em colisão com a posição de cada um sobre este tema sensível, lembro que ninguém está livre de um contratempo de saúde e, assim como alguém pode precisar do seu rim, fígado, coração, pulmão, pâncreas, córnea e/ou medula, o oposto também pode ser verdade, num processo com dois sentidos. De acordo com fontes oficiais, são milhares os que precisam de um transplante, para sobreviver ou melhorar a sua qualidade de vida, e as listas de espera nos hospitais continuam a aumentar, sem que se verifique o correspondente número de dadores, que o fazem declaradamente. 
Não é que seja o tema mais agradável para quando se está de férias, mas quando tiver um bocadinho pense nisto! Afinal, um dia, essa inevitabilidade acontece, pelo que quando tiver que deixar de ler estes Trendy Wheels, até pode vir a salvar uma vida... ou duas... ou...!
Cumprimentos distribuídos irmãmente e até breve!
José Pinheiro
Notas:
1) As opiniões acima expressas são minhas, decorrentes da experiência no sector e de pesquisa de várias fontes;
2) Direitos reservados das entidades respectivas aos ‘links’ e/ou imagens utilizados neste texto, conforme expresso.

quarta-feira, 26 de julho de 2017

Ícones renascidos

“O carro é a coisa mais aproximada a um ser vivo que alguma vez iremos criar”. Quem o disse foi Sir William Lions – ou “Mr. Jaguar” – co-fundador da Swallow Sidecar Company, a meias com William Walmsley, empresa que mais tarde daria origem à Jaguar Cars Ltd. Foi algures no início do Século XX, num pensamento que ainda hoje perdura e que serviu de alicerce para que agora a Jaguar, a meias com a Land Rover, inaugure o seu centro “Classic Works”, infraestrutura para recuperação de viaturas clássicas.
Com uma área de implantação de 14.000 m2, este avançado centro reúne as operações de veículos clássicos das duas icónicas marcas britânicas, hoje parte do império da indiana Tata. Os trabalhos dividem-se por 54 oficinas individuais mais uma área de motores, podendo albergar perto de cinco centenas de viaturas.
Se é um apaixonado por estas marcas, um petrolhead ou um mero saudosista de alguns dos melhores automóveis alguma vez criados, não deve perder por nada este pequeno filme.

Ficou conquistado? Então, se puder, comece a planear uma viagem a Conventry (Inglaterra), devendo, nos entretantos, reservar também os seus bilhetes para ver esta fantástica colecção ao vivo! Sim, o Trendy Wheels não faz por menos e dá-lhe um empurrãozinho, bastando clicar aqui para o efeito. Depois, bem, depois terá de esperar pela chegada do dia desse longo mergulho de quase 3 horas na história de ambas as marcas, num tour pelas instalações onde irá ouvir vários especialistas na matéria e assistir à recuperação dos mais diversos ícones do mundo automóvel.
Já que por lá está, fique a par de outras experiências que ambas proporcionam ao público. Basta clicar em Jaguar Classic Experiences e em Land Rover Classic ExperiencesDigam lá se não damos ideias fixes!

Cumprimentos distribuídos irmãmente e até breve!
José Pinheiro
Notas:
1) As opiniões acima expressas são minhas, decorrentes da experiência no sector e de pesquisa de várias fontes;
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segunda-feira, 24 de julho de 2017

Rosemary Smith: A nova sensação da Fórmula 1

É irlandesa, tem uns invejáveis 79 anos e está aí para as curvas… e para as rectas também! Foi, em tempos, piloto de ralis no seu país, derrotando muito homem quando se tratava de acelerar pelas estradas que compunham as diferentes provas. Arrumadas que estão as luvas e o capacete, numa altura da sua vida que as prioridades são outras, nunca deixou de sonhar com as corridas e com a possibilidade de conduzir… um Fórmula 1!

Acreditando sempre que os (bons) sonhos são para se tornarem realidade, Rosemary Smith viu satisfeita essa sua pretensão, tendo-lhe sido proporcionado um teste com um monolugar da Renault, a sua marca do coração, logótipo francês que completa este ano o seu 40º aniversário de envolvimento na modalidade.


No alto da sua experiência de vida e do bichinho da competição que sempre lhe correu no sangue, esta jovem abraçou o teste como o faz em tudo na sua vida, entrando de corpo e alma no exigente circuito francês de Paul Ricard, para um conjunto de voltas memorável. Conduzindo magistralmente o Fórmula 1 da Renault, aumentou o ritmo e a confiança a cada volta, deixando de boca aberta os responsáveis da marca, naquela que considerou ser “uma das melhores experiências da minha vida” e “uma sensação incrível”, mesmo não negando estar “nervosa ou mesmo aterrada” quando entrou para o apertado habitáculo de uma máquina de competição que escondia, debaixo do seu pé direito, nada menos do que 800 cavalos de potência!

Fórmula 1: Mulher (quase) não entra!
Enquanto em outros desportos os sexos equivalem-se em número de praticantes, já representantes femininas na Fórmula 1 são coisa muitíssimo rara, contando-se pelos dedos de uma mão as que atingiram aquele que é tido como o patamar por excelência do automobilismo, um Campeonato do Mundo que tem 67 anos!
Imagens: The Telegraph/Rex Features (esq.) e Tatiana Calderón (dta.)

A aristocrata italiana Maria Teresa de Filippis foi a primeira senhora em pista nesta divisão, correndo 5 dos Grandes Prémios dos longínquos anos de 1958 e 1959, havendo depois por esperar mais 15 temporadas para que a sua compatriota Lella Lombardi fizesse a sua estreia, em 1974. Fez 17 aparições em três anos e até conquistou meio ponto com um 6º lugar num caótico GP de Espanha de 1975, em Montjuïc, marcado por diversas controvérsias de segurança e a morte de alguns espectadores.
Seguiu-se a britânica Divina Galica, que esteve em apenas 3 grelhas de partida dos GP de 1976 e 1978, seguida pela sul-africana Desiré Wilson, que em 1980 fez um único GP. Seria outra italiana de seu nome Giovanna Amati, a fechar a contagem em 1992, com 3 aparições.
À excepção de outras mulheres que estiveram envolvidas em testes de Fórmula 1, da aparição de Susie Wolff numa das sessões de treinos do GP de Inglaterra de 2014 ou da recente contratação da promissora colombiana Tatiana Calderón para piloto de testes da Sauber F1 Team, não mais se havia visto uma mulher aos comandos de um carro desses… Até agora, com Rosemay Smith a tornar-se, aos 79 anos, na mulher mais rápida do planeta e na pessoa mais idosa do mundo a conduzir um Formula 1.
No final, com um indisfarçável orgulho pela oportunidade que lhe foi dada pela Renault Sport Formula 1 Team, comentou: “Posso sentar-me apenas num carro e não fazer nada, mas quando estou com um volante nas mãos, posso ir até ao infinito”!
Imagens: Renault (todas as restantes)

Alguns sonhos são, de facto, algo de muito alcançável! E idade??? O que é isso quando o espírito nunca envelhece?
Cumprimentos distribuídos irmãmente e até breve!
José Pinheiro
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1) As opiniões acima expressas são minhas, decorrentes da experiência no sector e de pesquisa de várias fontes;
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sexta-feira, 21 de julho de 2017

Emojis: Amigos & inimigos

Emojis! Quem nunca ouviu falar destes pequenos seres virtuais que passaram a ser a nossa maneira algo preguiçosa – e, por vezes, até perigosa – de dizer “gosto de ti”, “fixe!”, “estou triste”, “na praia”, etc etc etc? Retratando, com cliques únicos, as mais diversas expressões faciais, estados de espírito, objectos do quotidiano, comida & bebida, locais, condições atmosféricas, pessoas e/ou animais, entre muitos outros contextos, a loucura é tal que – tcharaaaaaaaaaaaaaaaaam!!!! – o bichinho já tem direito a estatuto de “Dia Mundial” e tudo!
Imagem: Apple

A sério!!! Celebrou-se na passada 2ª Feira, em (quase) todo o planeta, o dia dedicado ao emoji, uma criação japonesa – ahhhhhhhhhhhhhhhhhh… que surpresa!!!! – do início dos anos ’90, que se propaga a passos de gigante pelo planeta, via apps para telemóveis ou pelas redes sociais e outras plataformas. Não surpreende, pois, que muitas marcas aproveitem a deixa para conquistar mais uns quantos fãs da temática. Vejamos dois exemplos, naturalmente sobre rodas!

Hot Wheels: Descubra os 7 emojis
Apresento-lhe o “Emoji Car” da Hot Wheels! Se é colecionador de miniaturas, então não pode perder esta peça de colecção da conceituada marca norte-americana, que está à venda em 2017.
Criada há um ano por Kevin Cao, designer de produto da marca, este pequeno carrinho é muito mais do que aparenta, pois não é apenas uma carinha laroca. É que para além das duas caras – sorridente e triste – que a roldana amarela permite desvendar, há outros símbolos escondidos ao longo desta pequenina estrutura. Descubra onde estão neste vídeo:

Ford: Emojis ao volante
Uma abordagem diferente teve a Ford, aproveitando o “Dia do Emoji” para lançar mais um alerta sobre os perigos da condução e do uso do telemóvel ao volante, neste caso em particular com o envio de mensagens e dos ditos ideogramas, algo tão do agrado das camadas mais jovens!
Segundo a marca, há um percurso que nenhum emoji deveria fazer, aquele que começa num telemóvel de um condutor quando este está ao volante. Um inquérito realizado há um ano concluiu que 22% dos jovens europeus enviam emojis enquanto conduzem, distracção que contribui para a estatística de condutores dos 18 e os 24 anos representarem 15% de todos os acidentes rodoviários fatais na Europa, isto apesar de serem apenas 8% da população com carta de condução. Elucidativo!


“Emoji: O Filme”: A 10 de Agosto nos cinemas
Estreia já no próximo mês “Emoji: O Filme”, uma das mais recentes produções da Sony Pictures para o cinema, nele contando-se a história de um emoji multi-expressional chamado “Gene” que inicia uma jornada para se tornar mais normal. A acção passa-se dentro dos nossos telemóveis, numa cidade chamada “Textopolis”.
Se a versão original desta comédia de animação conta com TJ Miller no papel de “Gene” e James Corden como “Hi-5”, a que se juntam as vozes de Anna Faris, Christina Aguilera, Patrick Stewart, Sofia Vergara ou Steven Wright, entre outros, por cá e segundo informações recentes, aqueles papéis estão a cargo da dupla Vasco Palmeirim/César Mourão. Das restantes vozes da nossa praça para estes pequeninos personagens virtuais ainda não há grandes referências – devem estar a guardar-se para as ante-estreias – pelo que desafio-@ a identificar o elenco nacional através do trailer oficial:

Bons filmes & bons passeios, de preferência sem emojis ao volante!

Cumprimentos distribuídos irmãmente e até breve!
José Pinheiro
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quarta-feira, 19 de julho de 2017

Pão de Forma vs 2CV: Combate de Titãs

O presente mês de Julho vai ficar marcado por um combate de titãs em solo luso, que irá opor os fãs do mítico VW Pão de Forma, com os adeptos do igualmente icónico Citroën 2CV. Só não se torna verdadeiramente num saudável frente-a-frente clássico por umas quantas razões, nomeadamente de datas e localizações.

Quase que estes dois monstros da indústria das quatro rodas se cruzavam, pois é de pouco menos de uma semana o intervalo entre o “II Festival Internacional VW – 70 Anos Pão de Forma”, que começa já esta 6ª Feira, prolongando-se até Domingo (21 a 23 Julho), e o “22º Encontro Mundial dos Amigos dos 2CV”, que tem lugar de 26 a 31 de Julho. Outra questão que os separa é geográfica, pois o primeiro tem como palco o Parque Urbano da Quinta da Marialva, em Corroios, realizando-se mais a norte, na Ericeira. Uns meros 60 km!
Em comum, ambos eventos prevêem, nos respectivos programas, a realização das várias actividades, entre passeios e demonstrações, a exposições e concursos, música ao vivo, comes & bebes, num franco convívio entre os proprietários destas esculturas sobre rodas tão especiais, mais a possibilidade de compra de memorabilia diversa, para enriquecer os espólios dos coleccionadores.

Imagens: Vintage Vans

Se o seu coração pender para a “Pão de Forma”, assista aqui como foi o encontro inaugural de há um ano, evento responsabilidade da Vintage Vans, com o apoio da VW Veículos Comerciais. Caso tenha interesse em participar, clique aqui.

Imagens: Associação 2CV Portugal


Se, em alternativa, for um apaixonado pelo bamboleante e sorridente “2CV”, não pode perder este vídeo, que retrata a apresentação da candidatura nacional para a realização em solo luso deste 22º encontro. Trata-se mesmo de um regresso ao nosso país e ao mesmo palco que, há 30 anos, recebeu a então 7ª edição deste convívio de cariz mundial. Informações adicionais deste evento organizado pela Associação 2CV Portugal, com o apoio da Citroën, podem ser consultadas aqui.
Cumprimentos distribuídos irmãmente e até breve!
José Pinheiro
Notas:
1) As opiniões acima expressas são minhas, decorrentes da experiência no sector e de pesquisa de várias fontes;
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segunda-feira, 17 de julho de 2017

Volvo V90 R Design: Uma carrinha repleta de garra

“Sucinto” não é, definitivamente, um adjectivo que se aplique a este vosso escriba do Trendy Wheels. É algo que me tem sido dito por diversas vezes, em termos profissionais e mesmo pessoais, pois tenho sempre a sensação que não digo tudo, havendo sempre mais um detalhe para contar! Assim sendo, como é que vou escrever “sucintamente” sobre um automóvel – no caso uma Volvo V90 D4 190 cv Geartronic 8 Vel. FWD R-Design – que tem tanto só na denominação como no cômputo das suas avantajadas medidas? Pois… vou tentar, mas aviso já que não vai ser nada fácil!

Comecemos por apresentar este produto sueco que se concentra nuns meros 5 metros de comprimento, por 2 de largura e 1,5 de altura! Pequenina não? Pois… olhando para ela definitivamente que não, mas depois no trânsito até fluiu por locais aparentemente apertados, seja porque alguns dos seus companheiros da estrada se encolhiam ao ver esta flecha num delicioso tom branco pérola – o nome oficial desta cor é “Branco Cristal Inscription”, um extra pela módica quantia de € 1.673 – ou então porque os passeios e os prédios se encolhiam à sua passagem, quase parecendo que lhe prestavam uma mais que devida vassalagem!
Se tal não bastasse, esta majestade sueca ostentava ainda uns pozinhos adicionais, decorrentes das vestes associadas à assinatura R-Design da Volvo, traduzindo-se a pequenas alterações exteriores – spoiler dianteiro com faróis de nevoeiro integrados na carroçaria, grelha específica e frisos em preto na frente e atrás, mais as jantes de liga leve de 18 polegadas e 5 raios – associadas a uma afinação mais desportiva do chassis, garante de uma condução ainda mais energética. Ou seja, não é uma assinatura desportiva como a “Polestar” – espero, um dia, conseguir explicar-vos o que é – mas para lá carrinha, perdão, caminha, num visual mais low profile… ou não!

Sem entrar em grandes pormenores de potências, velocidades e afins – é só tudo “muito” – deixando isso para as publicações especializadas, energia era o que não faltava a esta bichana XXL, que no alto dos seus pneuzorros montados nas jantes de design desportivo, depressa assumia velocidades semelhantes… às de uma bala. Quase que o (semi)desprevenido condutor nem dava pela repentina escalada do ponteiro do velocímetro, ao mesmo tempo que esperava que o número crescente de radares das nossas estradas ou não dessem por ela ou, se dessem, que lhe também a tal vénia, esquecendo a multinha associada. Confesso que não andei muito depressa, só mesmo depressinha, mas sem nunca atingir a anunciada velocidade máxima de 225 km/h que a marca apregoa. Pois, até gostava mas nem lá perto!
Aliás, foi quando circulava a velocidade reduzida, na 2ª Circular (Lisboa), que apanhei o susto maior deste contacto, quando a parafernália de sistemas de anti-colisão e respectivos radares começaram na palheta, trocando uma série de dados entre si. De repente, lá acharam que eu ia acabar na traseira do vizinho da frente: uma redução automática e controlada da velocidade, um sonoro blip e a surpresa dos cintos a retesarem sob o meu externo e no do meu companheiro de viagem, como que me dizendo: “Ó verdinho!!! Toma lá atenção que eu posso fazer muito mas não posso fazer tudo!!!” É certo que estava a passar Alvalade, mas não era preciso tanto!

Numa palavra? "Segurança"
Bom… pelo menos este subtítulo é pequeno. “Segurança” é, de facto, sinónimo de qualquer Volvo, como atestam os inúmeros dispositivos que a marca tem lançado ao longo da sua história de 90 anos, com a particularidade de até ceder patentes para que outras marcas possam, também elas, contribuir para a construção de automóveis mais seguros, rumo a um mundo melhor, menos acidentado e com menos danos pessoais.

“A nossa visão: Conseguir, até 2020, que ninguém seja gravemente ferido ou perca a vida num novo Volvo. É desta forma séria que abordamos a segurança.” Quase que parece um argumento de um filme fofinho ou uma utopia, mas. É um facto real que quer as avaliações feitas internamente, quer as das mais competentes autoridades da matéria – a Euro NCAP deste lado do Atlântico e a NHTSA no outro – resultam sempre em notas elevadas para os modelos Volvo.
Naturalmente que também esta minha menina contava com um vasto conjunto de sistemas integrados nesse pacote denominado IntelliSafe, entre outras soluções de apoio ao condutor e à condução, protegendo quem nele viaja e os demais utilizadores da envolvente, aqui ajudados pelo conjunto Sensus, filosofia por detrás de todas as tecnologias que ligam o condutor ao seu automóvel e ao mundo à sua volta, onde “cada funcionalidade é cuidadosamente concebida, permitindo-lhe controlar e personalizar todos os aspetos da condução, porque queremos que adore o interior do seu automóvel tanto quanto adora o exterior”.
Se quiser ver como esta Volvo V90, bem como o equivalente sedan S90, se comportaram nos tais testes de colisão, garantindo as tão apreciadas “5 estrelas” e muito elevadas notas na protecção de ocupantes (adultos e crianças), de peões e a integração das mais recentes tecnologias, clique aqui.

Um sistema de som upa upa!
No amplo interior desta V90 especial há um conjunto de detalhes diferenciadores face à gama normal, a começar pelo próprio logo “R Design” aposto na base do volante único, nas guarnições, pedais e tapetes e nos avançados bancos em pele e tecido de contorno desportivo, tendo o do passageiro um minimalista detalhe: a bandeira sueca cosida, num indisfarçável orgulho sueco. Tudo isto embrulhado num pacote de iluminação que realça todo o conjunto, ajudado pelo tejadilho totalmente vidrado, de abertura eléctrica e com um ocultador que, quando o sol bate mais forte lá dentro, ajuda a manter mais fresco o interior, e também pelo avançado sistema de ar condicionado. E muito, ou não de tratasse de uma das carrinhas com maior área interior do mercado, para os seus passageiros, mais o espaço da gigantesca bagageira.

Mas o que me conquistou mesmo foi o ecrã tipo tablet ao centro do painel de instrumentos, que permitia estar a par de tudo, junto com a informação dada pelo painel digital colocado à minha frente, a que se somavam as informações que eram projectadas no pára-brisas. Ou seja, se o condutor não souber tudo o que esta sua Volvo faz e o que lhe permite fazer é simplesmente porque não quer!
Conectividade com o telemóvel, navegação, as mais diversas configurações, do estacionamento à velocidade e aos 3 modos de condução, etc, etc, etc. Pena que não tive tempo de o explorar na totalidade. Apreciei de sobremaneira o enorme potencial do sistema de som premium com assinatura Bowers & Wilkins, a que já me havia referido no final de Maio, no texto “Sua Eminência, D. Karaoke”, o qual – e curiosamente – foi o que levou os responsáveis da área da Comunicação da Volvo a convidar-me a experimentar esta viatura! Um enorme obrigado.
Se na altura em que falei do tema fiquei conquistado – e até não me considero versado na temática áudio – agora quero mesmo um! Um sistema destes e, se possível, com um Volvo a reboque. Independentemente de onde se está sentado, este “Premium Sound by Bowers & Wilkins” deixa o condutor e/ou passageiros apreciar uma sonoridade de topo, associada ao artista ou género musical que se ouve, adaptando-se a direcção do som à medida do número de passageiros, numa potente Sound Experience. Afinal São nada menos do que 19 os altifalantes e demais subwoofers, tweeters e tecnologia associada, que criam ambientes diferenciados, cristalinos, direccionados e potentes, presente a bordo de muitos dos actuais modelos Volvo.

“Carrinha do Ano 2017” em Portugal, claro!
Assente numa herança de 64 anos desde o lançamento em 1953 da Volvo Duett – a sua primeira carrinha – a nova V90 é o mais recente exemplar dessa longa árvore genealógica, cuja filharada se eleva a bem mais de 6 milhões de unidades vendidas desde então.

A sublinhar a realeza do feito, destacam-se, também os inúmeros galardões entretanto conquistados, desde o seu lançamento há pouco menos de 1 ano, incluindo o título de “Carrinha do Ano 2017” no nosso país.

Uns quantos autocolantes et voilá!
Voltando à questão das autoridades de trânsito, mas agora sobre às igualmente célebres viaturas com a inscrição “POLIS” nas portas, quase que se podia transformar esta V90 R Design branca numa das suas carrinhas. Afinal, nesta só me faltavam mesmo os autocolantes e a coisa passava despercebida! Será?

É uma tradição antiga, pois foi em 1929 que a polícia sueca tomou posse das primeiras unidades da marca nacional para o combate do crime naquele pacato território nórdico. Eis-nos agora chegados a 2017 e a Volvo dá a saber que a nova V90 – a tal, para a qual que me faltavam os célebres autocolantes azuis e amarelos, mais os pirilampos – foi escolhida como viatura oficial para a força “POLIS”, após passar com elevada distinção nos seus testes (travagem, obstáculos, evasão activa e condução de emergência a alta velocidade) reunindo a melhor avaliação final de sempre, com uns expressivos 9,2 pontos em 10 possíveis!
Pessoal: se forem passear para a Suécia não abusem! Mesmo que tenham uma V90 ou equivalente, o mais certo é serem catados por estas viaturas hiper-vitaminadas, cujo processo de transformação está a cargo do departamento “Volvo Car Special Products”.

E, para finalizar, o BI completo
Como o texto já vai longo q.b. – não digam que eu não avisei mas, também, não havia volta a dar – resta-me deixar-vos os últimos atributos desta carrinha V90 cheia de speed, fruto da assinatura R-Design.

De base esta Volvo V90 R Design, com o mesmo motor 2,0 litros diesel D4 de 190 cv e caixa automática Geartronic de 8 velocidades, custa € 58.177 segundo a marca e contando já com um extenso equipamento de série, mas esta unidade que conduzi estava tão recheada de extras, entre Packs e opcionais isolados (consulte o detalhe na imagem), que o seu preço ultrapassa… os € 72.000.
Imagens: Trendy Wheels/JP e Volvo

Ou seja, decididamente não é um automóvel para tod@s, mas tod@s deviam poder conduzir, um dia nas suas vidas, uma carrinha assim!

Cumprimentos distribuídos irmãmente e até breve!
José Pinheiro
Notas:
1) As opiniões acima expressas são minhas, decorrentes da experiência no sector e de pesquisa de várias fontes;
2) Direitos reservados das entidades respectivas aos ‘links’ e/ou imagens utilizados neste texto, conforme expresso.


sexta-feira, 14 de julho de 2017

Potência XS ou XL?

Hoje falo-lhe do McLaren 720S, um dos superdesportivos do momento, mas antes do verdadeiro a dupla sugestão de hoje tem um empurrãozinho – mais um… – da LEGO, através de duas propostas diametralmente opostas, a (quase) todos os níveis!

Comecemos pelo tamanho. XS ou XL? Hummm… vejamos:
a)    um tem 161 peças, o outro umas 267.300! Diferença pouca;
b)    um mede 14 cm de comprimento por 4 de altura e 5 de largura, o segundo, à escala real, tem as medidas do modelo de estrada. Uma beca mais difícil de por na estante;
c)    um é montado em meia-dúzia de passos, o outro precisou de seis pessoas e de mais de 2.000 horas para o acabar. Ou seja, a ser possível recriá-lo outra vez seria uma maratona familiar ou entre amig@s do tipo petroheads;
d)    um pertence à colecção “Speed Champions” da LEGO e está disponível na página oficial com a referência 75880 por uns bem acessíveis € 15,99. O outro não tem preço, tendo servido como chamariz da McLaren durante o recente Festival de Goodwood, encontro de velocidade realizado em solo britânico e que, ano após ano, conquista um crescente número de fãs de automobilismo, ao mesmo tempo que é usado, cada vez mais, para acções de lançamento dos mais diversos modelos de estrada. E 2017 não foi excepção, antes pelo contrário!
Ainda está indeciso? Então conheça aqui a versão XS…

… e, já agora, a versão XL que serviu de base ao projecto exposto:

A vez dos pequenos detalhes
Bom, se depois disto quiser mesmo um McLaren 720S dos verdadeiros, fique a par de mais umas coisinhas de somenos importância:
1)    por um lado prepare uma carteira bem recheada, pois o carrito custa a muy simpática quantia de £ 218.020 no Reino Unido, a sua terra de criação, ou € 240.000 na Europa do nosso Euro. Um valor que, cá pelo burgo, terá de ser bem arredondado – para cima, claro! – fruto dos nossos tão apetitosos impostos, pelo que prepare-se para largar mais umas quantas notitas!
2)    por outro terá de ter mãozinhas para domar os seus 720 cv de potência, um dos números de um Bilhete de Identidade impressionante que não deixa margem para dúvidas quanto às suas capacidades: 770 Nm de binário, 2,9 segundos para ir dos 0 aos 100 km/h ou ainda os 341 km/h de velocidade máxima, num verdadeiro petisco para as autoridades de trânsito, valendo – caso seja apanhado/identificado – perderem-se uns quantos pontinhos na carta de condução.
Fique ainda a saber que a McLaren disponibiliza o 720S em 3 níveis de equipamento – Standard, Luxury e Performance – e dá-lhe a hipótese de escolher de entre 34 cores para a carroçaria, conjugadas com acabamentos para todos os gostos... e carteiras!
Convenci-@? Então poderá configurá-lo à medida aqui e colocar a encomenda!
Só mais uma curiosidade: o tom laranja do modelo chama-se “Azores Orange”! Vá-se lá saber porquê, mas está cada vez mais a apetecer ter um, não está?



Imagens: LEGO e McLaren Automotive
Cumprimentos distribuídos irmãmente e até breve!
José Pinheiro
Notas:
1) As opiniões acima expressas são minhas, decorrentes da experiência no sector e de pesquisa de várias fontes;
2) Direitos reservados das entidades respectivas aos ‘links’ e/ou imagens utilizados neste texto, conforme expresso.