sexta-feira, 29 de julho de 2016

Rodas Paralímpicas

Numa semana dedicada aos atletas olímpicos e paralímpicos, o Trendy Wheels mostra-lhe hoje como as próprias marcas de automóveis estão a apostar no out of the box, envolvendo-se em projectos que, nada tendo a ver com os seus habituais modelos de estrada, lhe dão uma projecção de imagem inigualável. Um exemplo é a BMW, marca alemã que se prepara para entregar aos atletas paralímpicos norte-americanos, um conjunto de avançadas cadeiras de rodas de competição, que lhes permitirão discutir várias medalhas nos próximos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro.


As principais apostas da Designworks (departamento norte-americano de projectos especiais da marca alemã) para este veículo centram-se num chassis redesenhado, no recurso à fibra de carbono, material simultaneamente mais rígido e mais leve que o alumínio, e na optimização da aerodinâmica do conjunto. Adicionalmente, as configurações finais de cada cadeira foram feitas de acordo com a fisionomia de cada atleta, nomeadamente o seu grau de amputação.


Da África do Sul apresento-lhe Ernst van Dyk, atleta paralímpico de handcycling (ciclismo com as mãos), multi-vencedor de maratonas – só na de Boston já obteve 10 vitórias – tendo também alcançado duas medalhas em Jogos Paralímpicos, ouro em Pequim 2018 e prata em Londres 2012. Dá, neste Vídeo Trendy Wheels da Semana, uma explicação na primeira pessoa do que é este desporto, ele que também irá rumar ao Brasil.


A título de informação, a primeira edição dos Jogos Paralímpicos remonta a 1960, em Roma, onde se estrearam várias modalidades, entre as quais as que alguns atletas – dependendo do seu grau de deficiência/amputação – recorrem a diferentes tipos de cadeiras com rodas. Entre estas e nesse ano de estreia, incluiu-se o Atletismo, o Basket, a Esgrima e o Tiro com Arco, para em Toronto 1976 ser o Tiro (com pistola) a tornar-se disciplina paralímpica. Seguiu-se o Para-Ciclismo (Seul 1988), o Ténis (Barcelona 1992) e o Rugby (Sydney 2000). Na edição do presente ano desta competição quadrienal estreia-se o Para-Triatlo.

Cumprimentos distribuídos irmãmente e até breve!

José Pinheiro

Notas:
1) As opiniões acima expressas são minhas, decorrentes da experiência no sector e de pesquisa de várias fontes;
2) Direitos reservados das entidades respectivas aos ‘links’ e/ou imagens utilizados neste texto, conforme expresso.

quarta-feira, 27 de julho de 2016

Porque A Pena É Um Sentimento Pequeno

De 7 a 18 de Setembro próximo, ou seja, cerca de 15 depois da cerimónia de encerramento das Olimpíadas, tema a que me referi na anterior edição do Trendy Wheels, têm início os Jogos Paralímpicos – Rio 2016. Irão então entrar em cena os valorosos atletas Paralímpicos lusos, sector onde o nosso país é tradicionalmente forte, como o comprovam as várias medalhas obtidas em todos os cantos do mundo por aqueles que, por infortúnios vários, viram a sua vida limitada a diferentes graus. 

Limitada mas, decerto não acabada, como o sublinham os feitos que muitos deles alcançaram, sendo os mais recentes as 2 medalhas de prata na Taça do Mundo de Paraciclismo, que decorreu na semana passada no País Basco, as 4 (2 ouro e 2 bronze) obtidas, dias antes, nos Mundiais de Artes Marciais para Surdos (Samsun, Turquia), e as 12 medalhas (1 ouro, 4 prata e 7 bronze) conquistadas nos Europeus de Atletismo IPC (Grosseto, Itália), entre muitos outros resultados de relevo.

Ainda a cerca de 40 dias da chegada da Tocha Parolímpica ao histórico Estádio do Maracanã, a lista final de atletas que irão representar a bandeira verde-rubra ainda não está fechada, sendo apenas certo que deverão rondar os 40, todos neste momento em fase de preparação, dividindo-se entre as várias categorias de Atletismo (com a maior representação), Boccia, Canoagem, Ciclismo (com os atletas Luis Costa e Telmo Pinão)Equitação, Judo, Natação Tiro. Fica, assim, claro que também aqui há uma elevada expectativa para a conquista de um interessante lote de medalhas.

Imagens: Luis Costa e Telmo Pinão (Oficiais)
Recorde-se que nos jogos de há 4 anos, em Londres, estiveram presentes 30 atletas paralímpicos nacionais a disputar 5 modalidades, tendo trazido na bagagem 1 medalha de prata no Boccia Pares BC3 (para Armando Costa, Luis Silva e José Macedo) e 2 de bronze em Boccia individuais BC3 (José Macedo) e Atletismo/Salto em Comprimento (Lenine Cunha). Acrescente-se que a presença lusa nestes particulares remonta às Paralimpíadas de Nova Iorque 1984, tendo estes valorosos desportistas, desde aí e em conjunto , já conquistado nada menos do que 88 medalhas – 25 de ouro, 30 de prata e 33 de bronze – nas diferentes modalidades adaptadas a variados graus de deficiência. Elucidativo, não?


Campanha #SEMPENA2016
E já ouviu falar desta campanha de apoio aos nossos atletas paralímpicos que irão participar nos Jogos do Rio de Janeiro? Se não ouviu Google it, e toca a aderir e difundir a causa, pois a #SEMPENA2016 até já mereceu várias distinções, entre as quais no âmbito dos Lusos, os galardões lusófonos de criatividade, conquistando, nada menos, do que 1 Grand Prix.

Compondo-se de 3 vídeos, o conjunto da campanha desenvolvida pela agência FCB Lisboa para o Comité Paralímpico de Portugal é ilustrada com: 
  • "História de Fibra", apresentando o paraciclista Luis Costa como protagonista, que tatua na sua prótese um símbolo da sua história de vida  (Luso de Ouro e Luso de Bronze);
  • "O Desporto Mais Difícil", em que o jogador de basquetebol Miguel Barroca é posto frente a uma curiosa simulação, de superação física e de preconceito, com que Hugo Maia lida no seu dia-a-dia; e
  • "Treina Comigo", em que o corredor Luis Gonçalves e o seu guia Pedro Fontes nos transmitem uma peculiar experiência áudio 3D (Luso de Prata)
“Porque a pena é um sentimento pequeno. Distancia as pessoas. Impõe obstáculos. Cria barreiras e ergue muros. Mas por detrás desses muros, há atletas que lutam, sofrem, correm, suam, vencem e se superam, como todos nós. Ao derrubarmos o muro da pena mostramos os paralímpicos como eles merecem: verdadeiros atletas. E tu, vais continuar a ter pena?” #SEMPENA2016



Imagens: Comité Paralímpico de Portugal (Oficiais)



Cumprimentos distribuídos irmãmente e até breve!

José Pinheiro

Notas:
1) As opiniões acima expressas são minhas, decorrentes da experiência no sector e de pesquisa de várias fontes;
2) Direitos reservados das entidades respectivas aos ‘links’ e/ou imagens utilizados neste texto, conforme expresso.

segunda-feira, 25 de julho de 2016

Orgulho Luso Voa Para o Rio

Ainda mal recuperado dos festejos da histórica conquista do Euro 2016 em futebol, bem como das 6 medalhas nos Europeus de Atletismo, das 8 no Mundial Universitário de Canoagem, do título de Campeão Europeu de Hóquei em Patins e de mais uns significativos resultados, igualmente com medalhas, ao nível da natação, canoagem, golf, judo ou mesmo da dança, o orgulho lusitano viaja agora para o Brasil. O apoio é, desta feita, direccionado à Equipa Olímpica de Portugal, porque ali terão lugar os Jogos Olímpicos - Rio 2016 (de 5 a 21 de Agosto).


Sob o lema “JUNTOS SOMOS MAIS FORTES” e com o apoio do GIL (a mascote da saudosa EXPO ’98), os 92 representantes lusos irão dividir-se por 16 modalidades, do badminton à canoagem, da ginástica ao futebol, ao taekwondo ou o ténis, ou – claro! – ao grosso do pelotão luso das diferentes categorias do atletismo, que tão boas memórias históricas guardamos em termos resultados.

Mas, sendo o Trendy Wheels uma cena de rodas quero, naturalmente, que destacar duas outras:
  • o Ciclismo, onde teremos 6 atletas, 4 deles na Prova de Estrada (André Cardoso, José Mendes, Nelson Oliveira e Rui Costa) e no Contrarrelógio (Nelson Oliveira), mais 2 no BTT (David Rosa e Tiago Ferreira), sob a orientação do seleccionador nacional José Poeira;
 

  • e o Triatlo, onde contaremos com as prestações de João Pereira, João Silva e Miguel Arraiolos na prova masculina.



Parceira e companhia aérea oficial do Comité Olímpico de Portugal (COP), a TAP Portugal homenageia os atletas nacionais que vão participar nos Jogos do Rio com novo Vídeo de Segurança, que é exibido a bordo dos seus aviões de longo curso. Para o mesmo foram convidados alguns dos atletas que ali nos irão representar, retratando algumas das modalidades na promoção das regras de segurança junto dos passageiros, pretendendo-se, com o mesmo, sensibilizá-los para essas questões, ao mesmo tempo que leva o espírito olímpico de Portugal pelo mundo. Se ainda não o viu, conheça-o aqui:

 
A título de curiosidade, acrescente-se que a primeira participação lusa nas Olimpíadas remonta aos jogos de Estocolmo 1912, mas só em Paris 1924 houve uma equipa lusa num pódio, com o 3º lugar alcançado por Equipas na prova de Equitação (Aníbal Borges de Almeida, Hélder de Sousa Martins e José Mouzinho de Albuquerque são os primeiros portugueses gravados nos anais olímpicos). 

Subiu-se mais um degrau do pódio em Londres 1948 com a prata dividida por Duarte e Fernando Bello em Vela, mas só em Los Angeles 1984 se ouviria pela primeira vez "A Portuguesa", com o ouro conquistado por Carlos Lopes na Maratona. Um feito imitado quatro anos depois em Seul 1988 por Rosa Mota (Maratona), em Atlanta 1996 por Fernanda Ribeiro (1.000 m Senhoras) e depois em Pequim 2008 por Nelson Évora (Triplo Salto). São estas algumas das 22 medalhas conquistadas por Portugal, em disciplinas como a equitação, esgrima, vela, tiro com arma de caça, judo, ciclismo (prata para Sérgio Paulinho na Prova de Estrada em Atenas 2004), canoagem e, claro, nas diferentes categorias do atletismo.
 
Imagens: Comité Olímpico de Portugal (oficiais)

Para terminar, caso pretenda saber mais sobre a representação lusa nos próximos Jogos Olímpicos, consulte a página do Comité Olímpico de Portugal, podendo a prestação lusa ser também seguida no novo Canal do COP. As fardas oficiais foram apresentadas em Junho último e os cumprimentos formais da Presidência de República - como foi amplamente difundido na imprensa - foram dados no passado dia 13.

Porque também merecem igual tratamento, na próxima edição irei destacar a campanha #SEMPENA2016, inerente aos atletas paralímpicos e respectiva comitiva. Estão também de viagem marcada para o Brasil, para disputarem os Jogos Paralímpicos - Rio 2016 (de 7 a 18 de Setembro), grupo do qual também se esperam subidas a pódios e respectivas medalhas - como é, aliás, habitual - bem como a presença de valorosos atletas sobre rodas. O Trendy Wheels está em todas! 

Cumprimentos distribuídos irmãmente e até breve!

José Pinheiro

Notas:
1) As opiniões acima expressas são minhas, decorrentes da experiência no sector e de pesquisa de várias fontes;
2) Direitos reservados das entidades respectivas aos ‘links’ e/ou imagens utilizados neste texto, conforme expresso.

sábado, 23 de julho de 2016

OBRIGADO!!!!



O Trendy Wheels atingiu, há pouco, as 10.000 visualizações no Blogger, plataforma de edição onde está alojado. Título nascido como secção do anterior blog Trendy Mind, o entretanto independente Trendy Wheels tem, desde a sua criação por altura do Natal do ano passado, as rodas necessárias para rolar por si.  

Sem obrigações que não seja manter-se fiel a uma linha editorial firme e assente sobre rodas, independentemente de onde elas surjam montadas, e da área de intervenção, mesmo a mais estranha ou improvável, mas também sem pudores de querer suplantar ninguém (não é, definitivamente, esse o objectivo), o Trendy Wheels ganhou uma identidade própria, como o provam o crescente número de seguidores no Facebook – nesta altura mais de 230 – que contribuíram para as entretanto 10.000 visualizações atingidas no Blogger.

Claro que a fatia maior é de portugueses, mas também há clicks de outras paragens do planeta, dos EUA e Canadá ao Brasil e Venezuela, da vizinha Espanha à Eslováquia, passando pela França, Alemanha e Suíça, Dinamarca, Suécia e Reino Unido, entre outros. O “OBRIGADO!!!!” do título é, por isso, extensível a tod@s.

Algures num dos últimos textos publicados, o título Trendy Wheels ultrapassou a fasquia das 250 edições! E nem se notou, muito por culpa de uma contabilidade que é uma beca complicada. Isto porque foram 169 as histórias publicadas entre Setembro de 2012 e finais de 2015 (no tal blog Trendy Mind), antecedidas pelo nº 0 de apresentação; com a independência vieram 3 números de apresentação/resumo da nova realidade TW, publicados entre o Natal do ano passado e a véspera de Ano Novo 2016; e, já em modo de voo autónomo, a partir de Janeiro e até agora já se publicaram 80 histórias novas (incluindo 20 Vídeos TW) e mais 6 resumos mensais.



A título de curiosidade, o texto mais lido de sempre é relacionado com a temática do streetfood, surgindo bem destacado à frente de um de motos e outro de autocarros. A segurança também uma temática regular no blog, tal como as diferentes acções de promoção da marcas de automóveis, motos, brinquedos, e livros, entre um infindável lote de áreas de intervenção, encontradas com base num misto de curiosidade e pesquisa do autor ou escritos a partir de conteúdos enviados para o blog por diferentes entidades.

Enfim, independentemente das estatísticas, o que me dá mesmo mesmo pica é de tê-l@ desse lado a cada edição, a ler e a reagir, a criticar ou a aplaudir, a rir ou a chorar, de tanto rir, entenda-se, porque aqui não há (grandes) dramas. Encontra de tudo aqui, no blog Trendy Wheels, conteúdos que também podem ser acedidos pela respectiva página de Facebook.

Siga o Trendy Wheels, partilhe com os seus amigos e amigas (reais e virtuais), faça “Gosto” sempre que gostar (ou use qualquer outro emoji de reacção dos estão disponíveis) e, principalmente, comente pois isso ajuda-me a crescer.

Em suma: volte sempre porque todos os dias há novas utilizações dessa invenção chamada roda, em sítios/situações que, vendo bem a coisa, nem se pensa que lá estejam. É como diz o título:

Trendy Wheels: Um Universo de Rodas, Sobre Rodas!

Uma vez mais, o meu sincero OBRIGADO!!!!

Cumprimentos distribuídos irmãmente e até breve!

José Pinheiro

Notas:
1) As opiniões acima expressas são minhas, decorrentes da experiência no sector e de pesquisa de várias fontes;
2) Direitos reservados das entidades respectivas aos ‘links’ e/ou imagens utilizados neste texto, conforme expresso.

sexta-feira, 22 de julho de 2016

'Surf Spots' Em Pães De Forma

Surf, a arte de deslizar sobre as ondas é disputada entre vários povos de inúmeras ilhas do Oceano Pacífico, que em temos remotos – há quem fale em milhares de anos – começaram por ir de uma até outra, amiúde em pé, em canoas ou tábuas, por vezes com recurso a longos remos (a origem do sucesso que é o actuial paddle???). Do Perú à Polinésia, de Samoa, às Filipinas e Indonésia, os historiadores não se conseguem decidir da sua verdadeira origem e há quanto tempo. Os relatos mais fiáveis surgem a partir da altura em que os europeus, na sua conquista dos quatro cantos do mundo, se atravessaram com estranhos locais que surgiam em pé em cima de longas tábuas de madeira.


Diz-se que foi um monarca polinésio – de seu nome Tahito - quem, algures no Século XVI, primeiro impulsionou esta arte de dominar o corpo em cima de uma prancha, mas seria depois com o havaiano Duke Paoa Kahanamoku, no início do Século XX, que a modalidade cresceria e se consolidava, evoluindo não só nas manobras possíveis em cima das ondas, como no interior de tubos de dimensões variáveis, dos pontos mais flat para os iniciados, até às grandes waves mundiais, de que a Praia do Norte (na Nazaré) se tornou famosa. Por falar em Portugal, por cá as dúvidas também existem, assumindo-se que foi em Carcavelos que, em meados dos anos 40, se terão dado os primeiros passos, consolidando-se no final dos anos 60 com Pedro Lima, considerado como o Pai do surf português.

Agora visto como paraíso do surf, dados os crescentes spots nacionais – Espinho, Figueira da Foz, Nazaré, Peniche, Ericeira, Carcavelos, Arrifana, Amado, Sagres e Paúl do Mar (Madeira) são alguns exemplos - praticantes amadores e profissionais de todo o mundo visitam-nos cada vez mais, para a arte do “he'enalu”, expressão que em Havaiano Antigo significa a passagem de estado sólido para um líquido (“he'e”), associado ao movimento de uma onda (“nalu”).

Então e como ir até um desses spots de sonho? Por vezes há tanto para transportar e o boguinhas lá de casa não chega, mais a mais porque o ideal, porque o tempo assim o convida, seria dormir-se ao relento, estendendo-se essa comunhão com a natureza! A proposta de hoje do Trendy Wheels passa por ir com as VW “Pão de Forma” – recuperadas e adaptadas – que a SurfinPortugal, uma startup criada no final de 2012, e que as aluga a partir de 75 euros por dia.

São elas - têm todas nome de mulher - a Stacey, de cor vermelha e a mais antiga (é de 1960), a cor-de-rosa Megan, a laranja Dorothy, a azulinha Eleanor ou a verde clara Veronica, para além da amarela Madeline. As suas histórias estão documentadas no site da empresa, havendo origens tão diversificadas como a Alemanha, a Irlanda, os EUA ou o Canadá, tendo no seu vasto passado lidado com actividades tão diversas como o transporte de passageiros, de leite e de uma família hippie, sendo uma banca de jornais e de bebidas na praia, uma ajudante de agricultura, uma foodtruck ou no transporte de ovelhas. Agora todas têm comum o surf!

Imagens: SurfinPortugal (oficiais)
Joel Almeida e Silva, Sócio da SurfinPortugal, refere que “a SurfinPortugal vai mais além do mero aluguer das carrinhas, pretendendo oferecer uma experiência única e diferenciadora a cada cliente, que entre outras coisas terá à sua disponibilidade a figura do ‘Surf Guide’, que o aconselhará sobre o melhor local para surfar, na aquisição de equipamento, poderá acompanhá-lo dentro de água, entre outras coisas. Para além disso, cada ‘Pão de Forma’ tem uma cor e um nome próprio e a ideia é precisamente esta, a de personalizar ao máximo aquilo que estamos a oferecer”.

  

Nada do essencial falta a bordo para uns dias/noites descontraídos, desde uma geleira, ao lava-loiça e fogão, integrados numa cozinha, um kit WC com chuveiro de campismo. Tem cama para 2 e uma tenda extensível, um rádio retro (mas com entradas USB e AUX), um iPhone com internet e uma app específica “Spot Guide & Surf”, não faltando espaços de arrumação, 2 mantas, 1 mesa de piquenique e 2 cadeiras, para além de uma tomada de 220v e uma lanterna. Há ainda hipótese de alugar itens adicionais como fatos e pranchas de surf (se não tiver, se se esquecer ou não puder levar os seus), toalhas de praia, corta-vento, pára-sol, cadeiras de bebé, roupa de cama, e até um kit de snorkeling, no caso de pretender explorar o fundo do mar, aconselhando-se aqui zonas menos agrestes! 



Vá... do que é que está à espera??? Pegue na prancha, uns calções e chinelos, junte um grupo fixe de amigos e toca a explorar a costa portuguesa. Quem sabe não encontra a onda da sua vida!

Cumprimentos distribuídos irmãmente e até breve!

José Pinheiro

Notas:
1) As opiniões acima expressas são minhas, decorrentes da experiência no sector e de pesquisa de várias fontes;
2) Direitos reservados das entidades respectivas aos ‘links’ e/ou imagens utilizados neste texto, conforme expresso.

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Sem Partir A Loiça Toda

Imagine o que é entrar numa loja de cristais com uma criança a modos que um bocadinho irrequieta e começar a vê-la a correr de um lado para o outro, primeiro escondendo-se atrás de um vaso de uma colecção carérrima - uma peça com múltiplos zeros na etiqueta - para logo depois fazer uma tangente a uma torre de flutes de champanhe, acabando por, finalmente, se estatelar e… Okok… é desesperante, eu sei!


Agora faça um exercício semelhante mas consigo. Imagine que está ao volante de um automóvel novinho em folha, com quase 5 metros de comprimento, 2 de largura e 1,5 de altura, conduzindo-o no interior de um grande armazém mal iluminado, num percurso delimitado por… 156 copos de Martini, 12 jarras de cristal e 20 candelabros de cristal que balançam do tecto!!! Impossível não partir a loiça toda? Nada disso, como o comprovam os 3 condutores que pensavam que iam para um test-drive normal e afinal… É o Vídeo Trendy Wheels da Semana, dedicado ao novo Renault Talisman:



A mais recente proposta da marca francesa do losango acaba de chegar ao mercado nacional e vem equipada, entre outras, com duas particularidades que se testemunham no vídeo: as quatro rodas direcionais, virando as traseiras bastante menos do que as da frente (sim, primeiro estranha-se, depois entranha-se) e o sistema 4CONTROL, que permite o seu controlo absoluto.

Se quiser saber mais, nomeadamente de outra novidade – a tecnologia MULTI-SENSE – clique no link acima. Posso adiantar-lhe que a gama nacional contempla três motores diesel, com potências até aos 160 cv, mais um a gasolina de 200 cv, dividindo-se entre berlina (a partir dos 32.000 euros) e carrinha (a partir dos 33.800 euros). Ah sim, sobre esta última, a marca publicita-a com um taxativo provavelmente a melhor carrinha da história da Renault”! Mal seria se assim não fosse…

Cumprimentos distribuídos irmãmente e até breve!

José Pinheiro

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segunda-feira, 18 de julho de 2016

“Renaissance”

“A empresa Vaillant é desmantelada por Slate, que substituiu a herança da marca Vaillante pelas suas próprias criações. A Vaillante não existe mais. Jean-Pierre Vaillant atirou-se de um precipício, lutando entre vida e morte no centro cirúrgico de Les Invalides. Devastado, Michel Vaillant foi incapaz de salvar o seu irmão, abandonou tudo e conduz camiões nos trilhos de Kivu, onde enfrenta vários perigos para salvar um outro camionista ferido, um desafio lamentável para um piloto que foi incapaz de salvar o seu irmão...

Mas em La Jonquière luta-se contra o destino, com Françoise Latour a decidir que a Vaillante deve recomeçar do zero. Com a ajuda do Tio Benjamin, ela compra dois monolugares eléctricos e é numa simples garagem local que Patrick e a sua banda ‘Now Future’ preparam os dois Fórmula E para o primeiro ePrix de Paris.

Aceitará Michel regressar ao volante? A corrida disputa-se em redor dos Invalides, em volta de Jean-Pierre, ele também em luta... Estará Michel à altura deste desafio simbólico? Depois de um álbum que o deixou no limite, esta nova aventura do lendário piloto trá-lo de volta às grelhas de partida. Afinal, o ADN dos Vaillant não é ele, a família e as corridas?”

É este o argumento de “Renaissance”, o 5º e mais recente álbum de quadradinhos da “Nova Temporada” da saga Michel Vaillant, um dos maiores heróis de sempre da temática, em papel, das corridas de automóveis, publicações que se juntam aos 70 livros da “Primeira Série”, editada entre 1959 e 2011. Quem é que em pequeno, gostando de carros e de corridas, não conhece o mítico piloto francês que conduz as mais diversas montadas concebidas pela família Vaillant?

Carros, motos, barcos, camiões… a marca Vaillante (é mesmo assim, com um "e" adicional ao nome da família) é indissociável de tudo o que é desporto motorizado! Nos ralis o herói francês participou em muitos, como os míticos Monte Carlo e Safari, mas também pelo nosso, retratados nos álbuns “Rali em Portugal” (o 19º da 1ª série, publicado em 1971) e em “O Homem de Lisboa” (45º livro, de 1984), enquanto nas pistas de Fórmula 1 conduziu no Mónaco, Indianápolis (EUA), Zandvoort (Holanda), Monte Fuji (Japão), nos mais míticos dos circuitos mundiais como Le Mans (França), Spa (Bélgica), Nurburgring (Alemanha) e Macau (à altura ainda sob cores lusas), ou ainda em provas de resistência como o destrutivo Paris/Dakar, num álbum com o mesmo nome.

Coube ao belga Jean Graton criar o então jovem Michel Vaillant, primeiro em tiras de quadradinhos das revistas “Tintin” de 1957, para dois anos depois lhe dedicar um primeiro álbum, sob o título de “O Grande Desafio”. Dando um cunho verdadeiramente realista às suas histórias, aliando as corridas aos laços familiares, às intrigas, ao suspense e à inveja, presentes em toda a série de agora 80 álbuns. Neles vivem personagens principais, entre os elementos da família Vaillant, amigos e pilotos, aos muitos adversários, entre eles os perigosos elementos do Team Leader. Integrou-os em histórias fictícias, mas com fortes ligações ao mundo em que vivemos, nomeadamente ao nível do desporto automóvel, desenvolvendo-as em cenários e factos reais, nelas misturando nomes sonantes do mundo automóvel, numa mais que justa homenagem.

Pois é, tal como acontece com os heróis dos quadradinhos, da TV e do cinema, apesar dos anos passarem – completam-se este ano 59 sobre a estreia de Michel Vaillant nas tais tiras francesas – o prodígio do volante não os sente na pele, pelo menos na totalidade, se bem que agora destroçado com o iminente fim da Vaillante, a marca da família e do seu coração, mas principalmente com o delicado processo de saúde que atravessa ao irmão Jean-Pierre.

Imagens: Michel Vaillant e LeYa (oficiais)
Este recente regresso da saga Michel Vaillant está a cargo de um póquer composto por Phillipe Graton (filho do autor original) como argumentista, a meias com Denis Lapiére, enquanto os desenhos – que se mantêm o mais fieis possível com o traço original – estão a cargo de Benjamin Benéteau (personagens) e Marc Bourgne (decoração das viaturas). São deles os álbuns desta nova geração, sob os títulos de “Em Nome do Filho”, “Voltagem”, “Ligação Perigosa” (todos lançados por cá em 2014) e “O Colapso” (em 2015). Segue-se agora o título “Renaissance” que as Edições ASA - via a sua subsidiária LeYa - se preparam para lançar no nosso país. Será em Setembro e o preço de capa deverá rondar os 15,50 euros.

Lançamento mundial de “Renaissance” foi a 17 de Junho
“Então e se eu quiser já um exemplar?” – pode perguntar-se! Bom, se assim for, pode encomendá-lo pela net ou então dar um saltinho até França, ao DS World Paris, no nº 33 da rue François 1er, em pleno coração do denominado Triângulo de Ouro parisiense! É ali que está patente a exposição inédita sob o título de DS & Vaillante, Duas Marcas Francesas, onde se revelam os laços que unem estas duas marcas há cerca de 60 anos. Pode ali adquirir a versão em francês do livro.

Imagens: DS / DS World Paris (oficiais)
Uma visita que poderá fazer até ao dia 3 de Setembro próximo, a um espaço único que dar-lhe-á uma ideia sobre a rica história deste personagem e dos seus pais, bem como sobre a criação deste novo 75º álbum de aventuras, das Éditions Dupuis. Entre muitos elementos ali expostos, da vida e obra de pai e filho Graton e de Michel Vaillant, poderá também ver um DS histórico, modelo que faz eco da estreia do piloto francês em competição, e o DSV-01, o monolugar 100% eléctrico que a equipa DS Virgin Racing inscreve no Campeonato FIA de Fórmula E. Trata-se de uma série de corridas reservada, em exclusivo, a modelos – parecem monolugares de Fórmula 1 futuristas, equipados com motores eléctricos – uma viatura com que o nosso herói dos quadradinhos estará em competição durante o ePrix de Paris de 2016, evento relatado neste novo livro.


Para Philippe Graton, herdeiro e actual ilustrador da saga, “esta exposição entre a marca real e a marca fictícia é inédita, tendo laços impressionantes. A DS e a Vaillante são contemporâneas, partilham a audácia e a elegância do design, inovações tecnológicas e ‘savoir-faire’ francês.

Acrescente-se que Michel Vaillant também passou para a TV, numa série francesa de 13 episódios denominada “Aventures de Michel Vaillant”, na cadeia de televisão ORTF, chegando depois, em 2003, ao cinema, numa adaptação cinematográfica de Luc Besson. Veja aqui o trailer de “Michel Vaillant”:


Para além dos portais acima, poderá consultar mais informações no Facebook de Michel Vaillant, ou no Facebook do DS World Paris.

Posto isto, sugiro que vá de férias ou fim-de-semana até à capital francesa. Agora que acabou a loucura do Euro 2016 será, decerto, um passeio muito mais calmo e agradável! Boa viagem se for o caso e boas férias para quem já as estiver a gozar!

Cumprimentos distribuídos irmãmente e até breve!

José Pinheiro

Notas:
1) As opiniões acima expressas são minhas, decorrentes da experiência no sector e de pesquisa de várias fontes;
2) Direitos reservados das entidades respectivas aos ‘links’ e/ou imagens utilizados neste texto, conforme expresso.


sexta-feira, 15 de julho de 2016

O Táxi Mais Rápido do Mundo

Longe (muito mesmo) vão os tempos em que a Mercedes-Benz dominava, a seu belo prazer, o mercado dos táxis em Portugal e noutros pontos do mundo, com os saudosos 220 SE do final dos anos 50 do século passado (também conhecidos como “rabos de peixe”, dado o formato da sua traseira), aos 180 D de 1960 (de alcunha “Matateu”, inerente a um jogador de futebol da altura que teve um), ou ainda os 190 D já dos anos 80, entre inúmeros outros modelos que populavam as frotas de cor preta & verde-mar – ou em beje-areia a partir de 1993 – das diferentes companhias. Hoje a realidade é outra e são muitas as marcas que oferecem propostas “TÁXI” nos seus catálogos, tornando bem mais diversificada a opção de escolha.


Um dos novos players neste domínio é a Citroën, marca que esteve sempre presente no mercado com propostas soltas mas que conta, actualmente, com um autêntico super-herói, que lhe garante uma fatia significativa do mercado: o híper-popular C-Elysée, que lhe permite assumir-se quase com o estatuto de “Táxi Mais Rápido do Mundo”

Não tanto porque os seus condutores andem assim tão depressa, pelo menos os que fazem serviço nas cidades e vilarejos, mas sim porque há outro leque de condutores que atingem velocidades estonteantes, dando cartas no Campeonato do Mundo de Carros de Turismo (nos meandros da coisa conhecido como WTCC). Apostando num staff bem internacional – José Maria López é argentino, Yvan Muller e Grégoire Demoustier são franceses, Tom Chilton é britânico e Mehdi Bennani marroquino – estes podem até ser vistos como “Os Speedy Taxistas” pois o carro que conduzem nessas muito disputadas corridas, num campeonato que visita as mais diferentes pistas do planeta (no nosso país já andaram pelo Porto e por Vila Real) é nada menos do que um Citroën C-Elysée!


Claro que comparar o táxi C-Elysée tradicional com o C-Elysée WTCC de corridas é o mesmo que comparar alhos com bugalhos: ambos partilham os “alhos” mas no segundo acrescentam-se-lhe muitos “bug”… e que “bugs”! São uns pozinhos mágicos que transformam a pacata berlina, que apanhamos ali numa qualquer praça dos ditos com o tradicional - e, por vezes, estridente - grito “TÁXI!!!!!”, num autêntico monstro devorador de asfalto, que ultrapassa (quase) todos os obstáculos que se lhe apresentem, sejam as dificuldades das pistas ou os crescendos dos seus adversários. Prova de que apanhá-lo é impossível, pois até só tem um banco… para o condutor!

Senão vejamos: estreando-se em 2014 neste campeonato, o C-Elysée conquistou ambos os títulos de construtores (para a Citroën) e pilotos (com seu taxista argentino), feito que se repetiria em 2015. Já no presente ano, embora mais complicada pela evolução que os seus adversários demonstram, a tarefa perspectiva-se como perfeitamente possível, tal é o avanço significativo que tem em ambos os escalões, cerca de 200 pontos nos construtores e 101 nos pilotos, aqui com vantagem para o Bi-Campeão em título, ele que até venceu 5 das 14 corridas disputadas.
 
Fotos: Citroën (oficiais)
Depois de já terem visitado circuitos europeus em França, Eslováquia, Hungria, Alemanha, Rússia e Portugal – estiveram em Vila Real em Junho último, com direito a visita ao Solar de Mateus e tudo – visitando Marrocos pelo meio, o WTCC prepara-se para saltar continentes para as 5 provas duplas que faltam: Argentina (Agosto), Japão e China (Setembro), Tailândia e Qatar (Novembro). Se não for antes, a 25 desse 11º mês saberemos qual dos speedy taxistas da Citroën se sagrará Campeão, assim o TPC de Férias de Verão seja feito em condições.

Claro que quando chegar das suas viagens ou tiver de ligar para a linha telefónica ou recorrer à app MyTaxi nunca poderá entrar neste “Táxi Mais Rápido do Mundo”, mas não será nada difícil apanhar um dos muitos Citroën C-Elysée Taxi que por aí circulam, pois desde 1993 a marca já vendeu 840 unidades, representando neste momento 18% do mercado destes veículos! TÁXI!!!!!
 
Fotos: Blog "Restos de Colecção" , Vitesse e Cãmara Municipal de Lisboa 
Cumprimentos distribuídos irmãmente e até breve!

José Pinheiro

Notas:
1) As opiniões acima expressas são minhas, decorrentes da experiência no sector e de pesquisa de várias fontes;
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