Animais
e veículos com rodas nem sempre são a melhor das combinações, pois os bichos
têm uma tendência natural para se tornarem irrequietos, nomeadamente em ambientes
fechados e, por vezes, pouco familiares ou adequados à sua vivência. Se para o
Tareco, o Bobi ou o Pequerrucho a coisa é complicada, imagine-se para animais
selvagens.
Vem
isto a propósito do mais recente transporte especial que a TAP Cargo teve de fazer, quando um dos voos regulares da companhia
para o Brasil, a bordo do Airbus 3450-300 “Fernão Mendes Pinto” teve de levar 4
leões-angolanos, oriundos do Jardim Zoológico de Lisboa, felinos que tiveram o Zoo
Pomerode, no estado de Santa Catarina, como destino final. Veja aqui alguns dos
preparativos para este voo tão especial, que permitiu a introdução da espécie
na América do Sul, se bem que em cativeiro:
E koalas também
Esta
realidade de âmbito mais selvagem não
é nova para o operador nacional, pois já no final de Novembro do ano passado
havia trazido de Dusseldorf para Lisboa uma outra passageira muito
especial. Tratou-se de uma jovem fêmea de koala, que até foi baptizada pelos
próprios passageiros no voo que a trouxe para o nosso país, sendo-lhes permitido
um contacto e partilha de emoções com o pequeno mamífero originário da
Austrália, então com 1 ano de vida.
É no Zoo de Lisboa que a pequena Goolara – nome aborígene, que significa
“Luar”, de homenagem às raízes da
espécie – se prepara para, também ela, dar continuidade à sua espécie, espaço
que há 25 anos participa num programa de educação e conservação. Entre outras práticas,
esta é feita a partir de um casal que desde 1991 habita o Zoo Duisburg – a Maka
(“Terra”) e o Dinkum (“Genuíno”) – ali gerando filhotes que
são posteriormente enviados para outros espaços, com vista à formação de novos
casais reprodutores.
Antes disso já levaram pelo ar bichinhos tão diversos como uma águia pesqueira, um tigre da sibéria e até um hipopótamo pigmeu, que seguiu
para o Zoo de Miami (EUA).
Numa próxima viagem esteja atento ao seu
companheiro de fila. Nunca se sabe com quem – ou o com quê – pode ter de
partilhar o snack!
Cumprimentos
distribuídos irmãmente e até breve!
José Pinheiro
Notas:
1) As opiniões acima expressas são minhas,
decorrentes da experiência no sector e de pesquisa de várias fontes;
2) Direitos reservados das entidades
respectivas aos ‘links’ e/ou imagens utilizados neste texto, conforme expresso.
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