Se
há marca automóvel que associamos de imediato à palavra "segurança", essa referência é a Volvo. É uma aposta indissociável da
sua vida de nove décadas, seguindo duas máximas, hoje complementares: a
original, dos seus fundadores Assar Gabrielsson e Gustav Larson, quando
afirmavam que “Os automóveis são
conduzidos por pessoas. Por isso, tudo o que fizermos na Volvo deve contribuir,
antes de mais, para a sua segurança”, e outra mais recente, sublinhando a sua
visão “Safety Vision 2020” de que “Em 2020 ninguém deverá morrer ou
ficar ferido com gravidade num novo Volvo”.
Foi
com esta proposta de criação de um mundo ideal que o Trendy Wheels esteve presente numa Conferência de Imprensa realizada
no Centro de Formação da Volvo Car Portugal, em Porto Salvo (Oeiras), para uma
acção complementar a dezenas de outras que, no âmbito do 90º aniversário da
marca sueca, se têm realizado em todo o mundo, encabeçadas por quem vive e
percebe a temática da segurança, e que todos os dias é transposta para os seus
automóveis, como Lotta Jakobsson,
Responsável Técnica de Prevenção de Ferimentos em Acidentes, do Centro de
Segurança da Volvo em Gotemburgo, que esteve em Portugal para uma série de eventos.
Das
pesquisas iniciadas em 1970 neste domínio até ao presente, muito há a contar,
pois há elementos que hoje temos nos nossos automóveis – mesmo que não sejam da
Volvo e que, por vezes, nem nos demos conta que estão lá – e que foram criações
originais da marca, ao longo dos tempos. Falo do cinto de segurança de 3
pontos, invenção de 1959 de Nils Bohlin, com a particularidade dos direitos de
utilização terem sido cedidos a outras marcas, dos bancos de criança virados
para trás (1972), inspirados no posicionamento dos astronautas dentro das
cápsulas espaciais, ou a sonda lambda (1976) num primeiro e enorme contributo
para o ambiente com a redução de emissões de gases poluentes.
Mas
também dos sistemas de protecção aos impactos laterais (1991) e do pescoço
(1998), mitigando o denominado “efeito chicote” nas batidas de frente ou
traseiras, os airbags de cortina
(1998), sistemas de protecção em caso de capotamento (2002) e de informação do
ângulo morto (2003), passando pelo City Safety (2008), de mitigação das
pequenas colisões em cidade e de protecção de peões (2010), mais a protecção de
ocupantes em caso de despiste (2014), entre dezenas de outros mais recentes
conteúdos do pacote Connected Safety (2016) ou mesmo o sistema Pilot Assist,
embrião dos passos da Volvo com vista à condução autónoma.
Do ovo aos
mais recentes dummies
Muitos
dos conteúdos acima resultam de enormes investimentos feitos nas instalações
onde se realizam e analisam os resultados dos testes de impacto, processos cada
vez mais complexos que permitem, a cada dia, aproximarem-se desses ambiciosos
objectivos de zero mortes e zero ferimentos graves a bordo de um Volvo. Se
inicialmente até se recorria a um simples ovo, hoje são usados avançados dummies, recriações do ser humano que se aproximam, em muito, de
parte significativa da sua estrutura, usados nas centenas de crash-tests, de todo o tipo, aplicando-se os resultados obtidos no desenvolvimento de todo um conjunto de novas soluções, depois integradas nos modelos
que vão sendo lançados no mercado.
Com
quase 3 décadas de experiência acumulada na investigação e desenvolvimento em
segurança automóvel, Lotta Jakobbson explicou em detalhe o significado e as
várias fases do denominado “Circle of
Life” que a Volvo Cars utiliza nessa análise e desenvolvimento de soluções.
“Com uma base de dados estatística de
acidentes recolhidos pela Equipa de Pesquisa de Acidentes Rodoviários da Volvo,
abrangendo mais de 39.000 veículos e 65.000 passageiros, o ‘Circle of Life’
começa pela fase de análise de dados reais”, explica. “Em seguida, os requerimentos de segurança e desenvolvimento de produto
incorporam os dados provenientes desta análise prévia, com vista à sua inclusão
na fase de produção dos protótipos, a que se seguem as fases de verificação
constante e, no final, a entrada em produção dos veículos que comercializamos”.
Para
Lotta Jakobsson, “o compromisso da marca
sueca com a segurança está bem vivo e os novos modelos são disso exemplo,
mantendo-se inalterada a filosofia dos nossos fundadores, o foco nas pessoas e em
como tornar as suas vidas mais fáceis e mais seguras. Pretendemos, pelo ano de
2020 atingir a nossa Safety Vision, para que ninguém perca a vida ou fique
gravemente ferido num novo Volvo”.
Um
exemplo de como a Volvo quer que todos olhemos para a vida, com as alegrias que
ela nos pode proporcionar e o brilhante futuro que poderemos ter pela frente, é
ilustrado no vídeo “Moments”, no qual
se sublinha a enorme importância daquele momento que nunca acontece! Mais do
que as palavras, as imagens falam por si.
Imagens: Volvo Cars |
Cumprimentos
distribuídos irmãmente e até breve!
José Pinheiro
Notas:
1) As opiniões acima expressas são minhas,
decorrentes da experiência no sector e de pesquisa de várias fontes;
2) Direitos reservados das entidades respectivas
aos ‘links’ e/ou imagens utilizados neste texto, conforme expresso.
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