Andar de avião é, para muitos, um autêntico pesadelo, seja
pela pré-sugestão de não se ter os pés assentes na terra durante várias horas,
viajando nas alturas num tubo de
metal com asas, seja porque lhes vêm à memória as tragédias mais recentes. Há,
pois, quem ache que o bom mesmo é ir de carro ou de comboio, algo que, para
alguns destinos, para além da questão do preço há o problema colocado pela
geografia.
A pensar nestes passageiros difíceis e também porque há que alertar
as autoridades competentes para as infracções aos regulamentos, ou de outras
falhas ao nível do atendimento a bordo, no acondicionamento dos alimentos ou questões
de outra índole, surgiu em Junho de 2013 a AirlineRatings, uma entidade certificada que analisa e
avalia as companhias de aviação, os aeroportos e outras estruturas ligadas à
aviação. De há três anos a esta parte tem dado a conhecer as “Melhores
Companhias do Mundo”, quer no conjunto do serviço prestado, quer no
domínio da segurança, tendo no último processo avaliado nada menos do que 407 operadores.
Levando em conta diversos critérios, atribuiu, pelo 3º ano consecutivo
o selo de “Companhia do Ano 2016” à Air New Zealand, destacando as continuas inovações
para passageiros, o seu empenho ambiental, performance financeira recorde,
segurança operacional e motivação do pessoal, factores que cimentaram a posição
da empresa que também obteve o prémio maior nas classes “Económica Premium” e “Económica”.
A “Melhor
Primeira Classe” pertence à Etihad
Airways, enquanto a Singapore
Airlines vence na “Business Class”
e no “Entretenimento a Bordo”. Em
termos regionais, a melhor da Europa é a Norwegian,
a Virgin America conquista a taça
das Américas, a Scoot a da região Ásia/Pacífico
e a Kulula.com a do Médio Oriente e
Àfrica. A Qantas tem o “Melhor Lounge” e o “Melhor Catering”, dividindo-se entre a Virgin Australia e a Virgin
Atlantic o “Melhor Pessoal de Cabina”.
Mas e no domínio da Segurança? Esse troféu foi
conquistado, igualmente pela terceira vez, pela vizinha australiana Qantas, companhia
que, curiosamente, nunca teve de passar pela terrível situação inerente a um
acidente aéreo! Das companhias analisadas, 148 (cerca de 36,4%) garantiram as 7
estrelas que lhes atestam o mais elevado nível de segurança.
Quanto aos operadores lusos, as nossas
Tap Portugal e SATA Air Açores alcançaram umas promissoras 6 estrelas nesta “Análise de Segurança”, as mesmas que o operador nacional garante
na “Qualidade Global do Produto”,
categoria onde as linhas aéreas açorianas ainda estão em processo de avaliação.
Mas há também alertas vermelhos para as que piores avaliações
alcançaram na sua extensa análise da AirlineRatings, sendo que do lado oposto
da tabela há nada menos do que 50 operadores com 3 estrelas… ou menos. Com 1
estrela contam-se diversas companhias de países como a Indonésia, o Nepal ou o Suriname.
Por isso, se for viajar, consulte essa lista dos melhores e dos piores - pode fazê-lo aqui - respire fundo e, caso pertença ao grupo dos ansiosos, pense que as estatísticas indicam que a taxa de mortalidade é muito menor na aviação do que as decorrentes da condução automóvel. E esse, quem o tem, não prescinde de o conduzir nem pensa nisso quando se senta ao volante!
Ah sim e entretanto, comprovando que nem tudo são desgraças aquando de um acidente de avião, veja o filme "Milagre no Rio Hudson" ("Sully" no original, película interpretada por Tom Hanks e Aaron Eckhart, com assinatura de Clint Eastwood. Para além do filme em si, não deixe de ficar sentado para os créditos, exibidos após o final do mesmo.
Ah sim e entretanto, comprovando que nem tudo são desgraças aquando de um acidente de avião, veja o filme "Milagre no Rio Hudson" ("Sully" no original, película interpretada por Tom Hanks e Aaron Eckhart, com assinatura de Clint Eastwood. Para além do filme em si, não deixe de ficar sentado para os créditos, exibidos após o final do mesmo.
Cumprimentos
distribuídos irmãmente e até breve!
José
Pinheiro
Notas:
1) As opiniões acima expressas são minhas,
decorrentes da experiência no sector e de pesquisa de várias fontes;
2) Direitos reservados das entidades
respectivas aos ‘links’ e/ou imagens utilizados neste texto, conforme expresso.
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