Hoje
trago-lhe os ecos de um Campeão! O meu convidado é um atleta que sonha um dia
tornar-se profissional, alguém que em Setembro andou pelo Rio de Janeiro a
defender as cores da bandeira nacional, integrado na elite dos melhores do
planeta. Só este ano foi 2º absoluto no
ranking mundial de Paraciclismo (Classe
H5), fruto dos excelentes resultados obtidos em diversas provas, entre elas o
2º lugar na Taça do Mundo da
UCI (Union Cycliste Internationale) e o
1º lugar no Circuito Europeu de
Handcycling da EHF (European Handcycling Federation)! Por cá e entre outros
resultados de relevo, tem em casa os troféus referentes aos últimos quatro Campeonatos
Nacionais de Contrarrelógio e de Estrada!
Foto: Rodrigo Berton Fotografia e Design |
Fotos: Luis Costa e UCI |
Sendo comum vê-lo de norte a sul do país, em diversas provas e eventos, foi nos pretéritos Jogos do Rio 2016 que o seu nome se tornou mais evidente, ao integrar o grupo de qualificados para as Finais das provas de Contrarrelógio e de Estrada. Ali obteve dois honrosos 8ºs lugares, posições que lhe valeram os correspondentes diplomas paralímpicos mas, mais importante do que isso, foi, para ele, integrar um grupo onde também andam dois monstros do paraciclismo, o sul-africano Ernst Van Dyk e o italiano Alex Zanardi, em tempos piloto profissional de automobilismo. “Descobri a paixão pelo paraciclismo fruto do mediatismo em volta deste homem nos Jogos de 2012, em Londres. No pequeno-almoço antes da prova de fundo deste ano tivemos uma breve conversa que me deixou de peito inchado pelas palavras que ele, o grande Alex Zanardi, me disse. Horas depois tive a ambição – ou ousadia, como lhe quiserem chamar – de o tentar bater, a ele e a outros fenómenos como ele. Não o consegui, mas tentei até ao último watt das minhas forças. É esta a beleza do desporto de alta competição, é permitido ao comum dos mortais sonhar comparar-se aos deuses.”
E como nasceu esta vontade de estar no Rio? “Logo nas primeiras provas da Taça do Mundo de 2014 fiquei convicto, pelos resultados alcançados, que conseguiria chegar ao Rio em 2016, pois tinha condições físicas para o fazer. Apenas precisava que a Federação Portuguesa de Ciclismo acreditasse em mim e me levasse ao maior número de provas internacionais possíveis, para obter os pontos suficientes para garantir uma vaga para Portugal. Consegui-a no final de 2014, pelo que o sonho começou a tomar a forma de realidade e, daí para a frente, foi só evoluir o máximo possível para chegar ali ao Rio e lutar com os melhores do mundo pelas medalhas. Lutei com todas as minhas forças por um lugar no pódio mas não o consegui. Andei na cabeça da corrida e, no final, fiquei a apenas 7 segundos do agora Campeão Paralímpico! Há um ano atrás não o teria conseguido certamente.”
E como nasceu esta vontade de estar no Rio? “Logo nas primeiras provas da Taça do Mundo de 2014 fiquei convicto, pelos resultados alcançados, que conseguiria chegar ao Rio em 2016, pois tinha condições físicas para o fazer. Apenas precisava que a Federação Portuguesa de Ciclismo acreditasse em mim e me levasse ao maior número de provas internacionais possíveis, para obter os pontos suficientes para garantir uma vaga para Portugal. Consegui-a no final de 2014, pelo que o sonho começou a tomar a forma de realidade e, daí para a frente, foi só evoluir o máximo possível para chegar ali ao Rio e lutar com os melhores do mundo pelas medalhas. Lutei com todas as minhas forças por um lugar no pódio mas não o consegui. Andei na cabeça da corrida e, no final, fiquei a apenas 7 segundos do agora Campeão Paralímpico! Há um ano atrás não o teria conseguido certamente.”
Num período de apenas 3 anos, de 2013 a 2016, é um orgulhoso Luis Costa que
afirma ao Trendy Wheels ter passado “de
um principiante que idolatrava o Alex Zanardi a um atleta que lhe morde os
calcanhares e que não hesitará em batê-lo à mínima oportunidade. A ele e a mais
meia dúzia como ele que são a elite da minha classe a nível mundial, um grupo
muito restrito ao qual eu também pertenço sem qualquer sombra de dúvida. Por
isso, de um modo simples, os Jogos representaram para mim o carimbo de
confirmação do meu estatuto de atleta de topo.”
“Ser 2º na geral da Taça do Mundo e acabar o ano como 2º no ranking mundial, em ambos os casos atrás do homem que acabou por se sagrar Campeão Paralímpico, são motivos para me sentir orgulhoso, nunca frustrado. E dá-me motivação para trabalhar mais e mais e mais, para, quem sabe, um dia ser o 1º do mundo! Dizem que o 2º é o primeiro dos últimos… talvez o seja, mas quantos atletas em Portugal vão acabar 2016 nessa posição do ranking mundial?”
E agora? “Agora,
depois de uns (poucos) dias de descanso, estou já a trabalhar na condição
física e também a ver que entidades estão disponíveis para me ajudarem a
começar a preparar os Jogos de Tóquio de 2020!”
Quanto à handbike, companheira
de aventuras de Luis Costa do outro lado do Atlântico, os seus segredos ficarão
para uma próxima edição!
Cumprimentos
distribuídos irmãmente e até breve!
José
Pinheiro
Notas:
1) As opiniões acima expressas são minhas,
decorrentes da experiência no sector e de pesquisa de várias fontes;
2) Direitos reservados das entidades
respectivas aos ‘links’ e/ou imagens utilizados neste texto, conforme expresso.
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