2016,
mais um ano que chegou ao fim, com aspectos positivos e negativos, uns
que nos são mais próximos, outros que, consoante o tema, seguimos à distância
com variado nível de interesse. Aqui no Trendy
Wheels cumpriu-se, a 26 de Dezembro último, o 1º aniversário, seguindo-se uma temática que – já tod@s sabem – versa o mundo das rodas, independentemente onde elas
surjam, conteúdos que vão de cenas do dia-a-dia a matérias mais específicas.
Como esta, a propósito de um post
que li recentemente no Facebook do Luis Costa, alguém que tem demonstrado uma enorme força
de vencer, conseguindo-o nos mais variados domínios, pessoal, profissional e
desportivo. Como referi no texto "O Sonho É Possível", trata-se de um dos atletas que defendeu as cores lusas nos Jogos Paralímpicos do Rio de
Janeiro, um sonho tornado realidade por alguém que só há apenas quatro épocas
passou a olhar para do paraciclismo com outros olhos.
Tal trouxe-lhe, neste ano findo e entre outros resultados de relevo, o título de Vice-Campeão da Taça do Mundo (incluindo quatro medalhas de prata), a vitória no Circuito Europeu de Handbike, o ceptro de Campeão Nacional de Estrada e de Contrarrelógio e ainda o 1º lugar na Taça de Portugal da modalidade. “Foi um ano em cheio e seguem-se mais quatro de muito trabalho, pois já estou integrado no ‘Programa de Preparação Paralímpica Tóquio 2020’, pelo que a partir de 2018 tenho que arregaçar as mangas para contribuir que Portugal garanta, novamente, vagas para os próximos Jogos e eu seja um dos escolhidos para representar o país”, refere Luis Costa com um indisfarçável orgulho.
Tal trouxe-lhe, neste ano findo e entre outros resultados de relevo, o título de Vice-Campeão da Taça do Mundo (incluindo quatro medalhas de prata), a vitória no Circuito Europeu de Handbike, o ceptro de Campeão Nacional de Estrada e de Contrarrelógio e ainda o 1º lugar na Taça de Portugal da modalidade. “Foi um ano em cheio e seguem-se mais quatro de muito trabalho, pois já estou integrado no ‘Programa de Preparação Paralímpica Tóquio 2020’, pelo que a partir de 2018 tenho que arregaçar as mangas para contribuir que Portugal garanta, novamente, vagas para os próximos Jogos e eu seja um dos escolhidos para representar o país”, refere Luis Costa com um indisfarçável orgulho.
Mas nele faz-se, também, um grito de
alerta face ao aproveitamento que algumas entidades parecem fazer, em
determinadas alturas, dos seus resultados, deixando a promessa de mundos e
fundos, para logo a seguir darem o dito por não dito ou, pura e simplesmente,
ignorarem as múltiplas tentativas de contacto. Nesse seu desabafo público, em
que o multi-premiado atleta luso se mostra também desalentado com a perca de alguns
dos apoios monetários que o ajudariam nesse seu processo de preparação, refere:
“Aborrece-me que algumas empresas
portuguesas me tenham contactado quando eu ainda me encontrava no Rio de
Janeiro a representar Portugal, a dizerem que me queriam patrocinar, e quando
voltei nem sequer responderam aos meus e-mails. Eu não vos pedi nada, foram
vocês que me contactaram...”
É esta a triste realidade lusa? Por mais monetário-financeira que seja a realidade dos patrocínios, com o esperado fluxo investimento/retorno/aumento de exposição de imagem, não quero acreditar que alguém com um palmarés como o acima tenha que passar por isto, quando para outras modalidades – e até mesmo exceptuando o todo-poderoso futebol – haja quem se atropele para ficar com exclusivos de patrocínios! O que é que o paraciclismo não tem que os outros têm? Visibilidade? Então se não tem, dêem-lha!
A começar pelos ditos jornais desportivos que - já sem considerar as capas - enchem a quase totalidade das suas edições com conteúdos de futebol - extensas coberturas, entrevistas, análises e histórias de vida - remetendo as restantes modalidades para as páginas finais, estas na grande maioria das vezes apenas alvo de mini-notícias, que pouco mais têm do que meia página, ou mesmo uma dúzia de linhas. Para que serve elevar bem alto o nome de Portugal, dos clubes que os apoiam e dos próprios atletas se, a seguir, pouco ou nada mais acontece? Os nossos restantes Campeões não merecem, decerto, este tratamento!
É esta a triste realidade lusa? Por mais monetário-financeira que seja a realidade dos patrocínios, com o esperado fluxo investimento/retorno/aumento de exposição de imagem, não quero acreditar que alguém com um palmarés como o acima tenha que passar por isto, quando para outras modalidades – e até mesmo exceptuando o todo-poderoso futebol – haja quem se atropele para ficar com exclusivos de patrocínios! O que é que o paraciclismo não tem que os outros têm? Visibilidade? Então se não tem, dêem-lha!
A começar pelos ditos jornais desportivos que - já sem considerar as capas - enchem a quase totalidade das suas edições com conteúdos de futebol - extensas coberturas, entrevistas, análises e histórias de vida - remetendo as restantes modalidades para as páginas finais, estas na grande maioria das vezes apenas alvo de mini-notícias, que pouco mais têm do que meia página, ou mesmo uma dúzia de linhas. Para que serve elevar bem alto o nome de Portugal, dos clubes que os apoiam e dos próprios atletas se, a seguir, pouco ou nada mais acontece? Os nossos restantes Campeões não merecem, decerto, este tratamento!
A pouco mais de três anos e meio do arranque dos
Jogos Paralímpicos de Tóquio, em Agosto de 2020, o Luis está a preparar-se como nunca,
dividindo-se entre os treinos com a sua “menina”
– nome que dá à sua handbike inscrita na Classe H do paraciclismo – e os vários contactos com empresas e outras entidades
oficiais. Uns estão ainda na fase de tentativa, outros já se encontram mais adiantados, tentando, assim, garantir as verbas que lhe permitirão sonhar ainda mais alto, evoluindo dos
resultados alcançados num palmarés que tem mais páginas do que os de muitos
outros atletas de renome.
A suportá-lo conta, neste momento, com os apoios (no formato de bens e serviços) de empresas como a G-Ride Concept Bike Store, especialistas no material circulante e que o apoiam praticamente desde que se iniciou na competição, e a Lurbel Precision Garment, marca de vestuário desportivo. Para lhe tratar do corpo e da mente conta com os préstimos do Beto Fitness Club, espaço essencial para a sua preparação física, da Clinica Mediessencial, que lhe trata do sorriso, e da Hypno Coaching, como indispensável preparador mental, algo para que o Tattoo Studium também contribui, desenhando-lhe as suas já muitas tatuagens. A Alportil, Concessionário Skoda no Algarve, fornece-lhe outras rodas para as suas diferentes deslocações pelo país e o restaurante Sabores da Ria, em Cabanas de Tavira contribui para um estômago bem alimentado, fazendo deste atleta alguém bem mais feliz. Somam-se os apoios do Comité Paralímpico de Portugal e da Federação Portuguesa de Ciclismo. Ao mesmo tempo o atleta aguarda que o Sporting Clube de Portugal, clube de que tem envergado as cores, cumpra a promessa que lhe fez entretanto e dê continuidade ao contrato por mais quatro anos, mantendo-o integrado na estrutura da Sporting Paralympics.
A suportá-lo conta, neste momento, com os apoios (no formato de bens e serviços) de empresas como a G-Ride Concept Bike Store, especialistas no material circulante e que o apoiam praticamente desde que se iniciou na competição, e a Lurbel Precision Garment, marca de vestuário desportivo. Para lhe tratar do corpo e da mente conta com os préstimos do Beto Fitness Club, espaço essencial para a sua preparação física, da Clinica Mediessencial, que lhe trata do sorriso, e da Hypno Coaching, como indispensável preparador mental, algo para que o Tattoo Studium também contribui, desenhando-lhe as suas já muitas tatuagens. A Alportil, Concessionário Skoda no Algarve, fornece-lhe outras rodas para as suas diferentes deslocações pelo país e o restaurante Sabores da Ria, em Cabanas de Tavira contribui para um estômago bem alimentado, fazendo deste atleta alguém bem mais feliz. Somam-se os apoios do Comité Paralímpico de Portugal e da Federação Portuguesa de Ciclismo. Ao mesmo tempo o atleta aguarda que o Sporting Clube de Portugal, clube de que tem envergado as cores, cumpra a promessa que lhe fez entretanto e dê continuidade ao contrato por mais quatro anos, mantendo-o integrado na estrutura da Sporting Paralympics.
Independentemente do que aconteça, por vezes contra ventos e marés,
Luis Costa confirmou ao Trendy Wheels que vai continuar a rolar na sua handbike,
seja em terras lusas como além-fronteiras, por um lado reforçando o seu
palmarés, ganhando os créditos necessários para se ver integrado na delegação
nacional que estará nos Jogos de Tóquio 2020, por outro demonstrando que não há
quem o demova nos seus propósitos. Afinal, um dos seus lemas é “que nunca por vencidos se conheçam!”.
Cumprimentos
distribuídos irmãmente e até breve!
José Pinheiro
Notas:
1) As opiniões acima expressas são minhas,
decorrentes da experiência no sector e de pesquisa de várias fontes;
2) Direitos reservados das entidades
respectivas aos ‘links’ e/ou imagens utilizados neste texto, conforme expresso.
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