A par da condução sob efeito do álcool e da falta de
uso dos cintos de segurança, o excesso de velocidade mantém-se como uma das
principais causas da sinistralidade rodoviária no nosso país, contribuindo de
modo significativo para as estatísticas de mortos e feridos graves. Quem o afirma
é a GNR, autoridade que tem
intensificado as suas acções de controlo para, entre outros objectivos, tentar
reduzir esses números. Só este ano, entre 5,6 milhões de condutores analisados,
107.000 circulavam (uns meros 2%) acima
dos limites permitidos, registando-se, ainda assim, uma redução em 20% de
multas face aos autos de há um ano, considerado o mesmo período.
Se em auto-estrada
ou fora das localidades este flagelo é, já de si, preocupante, o que dizer do
que acontece nas aldeias, vilas e cidades? Aqui e invariavelmente, um significativo
número de condutores continua a ter o pé
pesado nas suas deslocações, ou porque está atrasado para um qualquer compromisso,
ou porque, muito simplesmente, não presta atenção à sinalização e aos limites
impostos, de máximos de 50 km/h ou mesmo de 30 km/h em zonas residenciais e na
proximidade de estabelecimentos de ensino ou de outras zonas relevantes.
De modo a tentar
sensibilizá-l@ para este tema, trago-lhe o Vídeo
Trendy Wheels da Semana, da Autoridade Nacional de Transito de Israel,
entretanto adaptado por cá pela GNR sob o titulo de "A vida é frágil, reduza a velocidade!":
Se ainda assim não
for suficiente, junto algumas estatísticas apresentadas por diversas entidades,
todas elas claras e alinhando pela mesma bitola:
- A GNR refere que, desde o início do ano foram atropeladas 1.700 pessoas, das quais 27 perderam a vida, havendo ainda que contar-se com os feridos, de gravidade variada, muitos dos quais ficarão com sequelas;
- A ANSR refere que 35% dos atropelamentos ocorrem no atravessamento de vias e em locais assinalados para o efeito, ou seja, em passadeiras. Representa 90% dos atropelamentos mortais e 60% dos atropelamentos com feridos dentro das localidades;
- A APSI alerta que todas as semanas mais de 20 crianças e jovens morrem ou ficam feridos na sequência de um atropelamento. A maioria acontece com jovens com idades entre os 10 e os 14 anos, em zonas residenciais e durante os percursos casa-escola;
Posto isto e numa
altura em que estamos em modo de “Regresso
Às Aulas”, convido-o a cumprir com esta elementar regra de trânsito. Vai ver que não custa nada!
Cumprimentos
distribuídos irmãmente e até breve!
José
Pinheiro
Notas:
1) As opiniões acima expressas são minhas,
decorrentes da experiência no sector e de pesquisa de várias fontes;
2) Direitos reservados das entidades
respectivas aos ‘links’ e/ou imagens utilizados neste texto, conforme expresso.
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