“Mirai” é o termo japonês para “Futuro”, assentando que nem uma luva ao
mais recente modelo da Toyota com o mesmo
nome. Quanto mais não seja porque é um automóvel tão avançado que dispensa visitas
a postos de combustível tradicionais, pois funciona a células de combustível,
alimentadas por hidrogénio, solução que faz sair apenas vapor de água pelo tubo
de escape.
Ou seja tudo muito
ambiental, sem gasolina/gasóleo cujos preços sobem ao sabor dos lucros pretendidos
e pelos impostos que os sucessivos governos precisam para tapar outros buracos/incompetências.
Também dispensa cargas de electricidade, na tomada lá da garagem ou na já
significativa rede de abastecimento pública. Só mesmo hidrogénio, algo que tem
(ainda) um pequeno/grande senão
no nosso burgo, pois não existem postos públicos de abastecimento para esse
efeito.
Mas descanse que,
desta vez, não somos só nós os atrasados,
pois o modelo ainda só chegou a países com cobertura a esse nível, como os EUA,
Alemanha, Dinamarca ou Reino Unido. Isto, naturalmente, para além do Japão,
país que tem sido feito um esforço muito significativo para a promoção do Toyota Mirai, nomeadamente no domínio da publicidade – na óptica do Trendy Wheels – bastante alternativa!
“Manga” para o Mirai,…
Uma delas é a “manga”, já ouviu falar? Muito populares
no Japão e já centenárias e parte da cultura do país, as “mangas” são, de um modo simplista, tiras de quadradinhos do agrado
de miúdos mas, muito em especial, dos graúdos.
A Toyota apostou
numa “manga” para explicar ao cliente
local o conceito subjacente ao modelo, colocando o futurista Mirai num
confronto com outros modelos, com motores 100% eléctricos e outros que misturam gasolina/gasóleo com
electricidade, ostentando logótipos “Hybrid”
ou “Hybrid Plug-In”, soluções que a
própria Toyota tem no seu catálogo,
nomeadamente no popular modelo Prius.,
Ao
longo de quatro páginas, num número especial da revista local Motorfan, exclusivamente sobre o Toyota
Mirai, esta “manga” sob o título de “Chegou o Futuro [Mirai]”, conta uma
história em que Sobita, farto do
desagradável vizinho Soneo que o critica
e ao seu velho e poluente carro, é ajudado por um robot chamado Mizuemon,
explicando-lhe tudo o que há para saber e ajudando-o a calar o vizinho, numa
rixa que ainda leva ao desespero a mulher do protagonista!
… “anime”
para o Prius…
Outra alternativa
publicitária inédita – ou quase impensável na Europa – na marca japonesa no seu
mercado doméstico é o recurso a “anime”
(outro conceito muito popular por lá), tendo recorrido a... desenhos animados para o
lançamento do Prius. Conheça aqui as “Impossible
Girls” que, de um modo algo estridente, lhe explicam o potencial do modelo
(infelizmente sem tradução):
… e a um “wako-doki” para a Hilux!
Mais
sóbrio, mas ainda assim, bastante desconcertante, foi o modo como, um ano
antes, a Toyota lançou a nova Toyota Hilux, através de um “Waku-Doki” – algo semelhante ao tema ”Gangnam Style” de PSY. Colocou um conjunto de homens de negócios no
interior de uma pick-up da marca, aventurando-se selva adentro, até terem de
parar para – digamos – o xixizinho da
ordem, deparando-se então com um gorila e tribos de… bem, o melhor é mesmo ver
o videoclip:
O “Futuro” também é bem verde
Voltando ao Toyota
Mirai, apenas um extra para informar que, em finais de Março, foi distinguido
com o prémio “World Green Car” de
2016, certificado atestado por um painel de jurados da iniciativa “World Car of the Year”.
“Tal
como o Prius mudou o mundo há cerca de 20 anos, o Mirai a hidrogénio prepara-se
para fazer história. Com uma autonomia de 480 km por depósito, abastecido
em menos de 5 minutos, e emissões unicamente de vapor de água, o Mirai lidera o
mundo rumo a um futuro mais sustentável,” referiu um
responsável da marca japonesa.
Por cá há, assim, que esperar mais algum tempo pelo futuro… perdão, pelo Mirai!
Cumprimentos
distribuídos irmãmente e até breve!
José
Pinheiro
Notas:
1) As opiniões acima expressas são minhas,
decorrentes da experiência no sector e de pesquisa de várias fontes;
2) Direitos reservados das entidades
respectivas aos ‘links’ e/ou imagens utilizados neste texto, conforme expresso.
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