quarta-feira, 13 de abril de 2016

Está Aí O Futuro!

“Mirai” é o termo japonês para “Futuro”, assentando que nem uma luva ao mais recente modelo da Toyota com o mesmo nome. Quanto mais não seja porque é um automóvel tão avançado que dispensa visitas a postos de combustível tradicionais, pois funciona a células de combustível, alimentadas por hidrogénio, solução que faz sair apenas vapor de água pelo tubo de escape.
 
Foto: Toyota (Oficial)
Ou seja tudo muito ambiental, sem gasolina/gasóleo cujos preços sobem ao sabor dos lucros pretendidos e pelos impostos que os sucessivos governos precisam para tapar outros buracos/incompetências. Também dispensa cargas de electricidade, na tomada lá da garagem ou na já significativa rede de abastecimento pública. Só mesmo hidrogénio, algo que tem (ainda) um pequeno/grande senão no nosso burgo, pois não existem postos públicos de abastecimento para esse efeito.

Mas descanse que, desta vez, não somos só nós os atrasados, pois o modelo ainda só chegou a países com cobertura a esse nível, como os EUA, Alemanha, Dinamarca ou Reino Unido. Isto, naturalmente, para além do Japão, país que tem sido feito um esforço muito significativo para a promoção do Toyota Mirai, nomeadamente no domínio da publicidade – na óptica do Trendy Wheels – bastante alternativa!

“Manga” para o Mirai,…
Uma delas é a “manga”, já ouviu falar? Muito populares no Japão e já centenárias e parte da cultura do país, as “mangas” são, de um modo simplista, tiras de quadradinhos do agrado de miúdos mas, muito em especial, dos graúdos.
 
Imagens: Motorfan nº 502
A Toyota apostou numa “manga” para explicar ao cliente local o conceito subjacente ao modelo, colocando o futurista Mirai num confronto com outros modelos, com motores 100% eléctricos e outros que misturam gasolina/gasóleo com electricidade, ostentando logótipos “Hybrid” ou “Hybrid Plug-In”, soluções que a própria Toyota tem no seu catálogo, nomeadamente no popular modelo Prius.,

Ao longo de quatro páginas, num número especial da revista local Motorfan, exclusivamente sobre o Toyota Mirai, esta “manga” sob o título de “Chegou o Futuro [Mirai]”, conta uma história em que Sobita, farto do desagradável vizinho Soneo que o critica e ao seu velho e poluente carro, é ajudado por um robot chamado Mizuemon, explicando-lhe tudo o que há para saber e ajudando-o a calar o vizinho, numa rixa que ainda leva ao desespero a mulher do protagonista!

“anime” para o Prius…
Outra alternativa publicitária inédita – ou quase impensável na Europa – na marca japonesa no seu mercado doméstico é o recurso a “anime” (outro conceito muito popular por lá), tendo recorrido a... desenhos animados para o lançamento do Prius. Conheça aqui as “Impossible Girls” que, de um modo algo estridente, lhe explicam o potencial do modelo (infelizmente sem tradução):


… e a um “wako-doki” para a Hilux!

Mais sóbrio, mas ainda assim, bastante desconcertante, foi o modo como, um ano antes, a Toyota lançou a nova Toyota Hilux, através de um “Waku-Doki” – algo semelhante ao tema ”Gangnam Style” de PSY. Colocou um conjunto de homens de negócios no interior de uma pick-up da marca, aventurando-se selva adentro, até terem de parar para – digamos – o xixizinho da ordem, deparando-se então com um gorila e tribos de… bem, o melhor é mesmo ver o videoclip:


O “Futuro” também é bem verde
Voltando ao Toyota Mirai, apenas um extra para informar que, em finais de Março, foi distinguido com o prémio “World Green Car” de 2016, certificado atestado por um painel de jurados da iniciativa “World Car of the Year”.
 
Imagens: World Car of the Year (oficial)
“Tal como o Prius mudou o mundo há cerca de 20 anos, o Mirai a hidrogénio prepara-se para fazer história. Com uma autonomia de 480 km por depósito, abastecido em menos de 5 minutos, e emissões unicamente de vapor de água, o Mirai lidera o mundo rumo a um futuro mais sustentável,” referiu um responsável da marca japonesa.

Por cá há, assim, que esperar mais algum tempo pelo futuro… perdão, pelo Mirai!


Teaser: Toyota (Oficial)
Cumprimentos distribuídos irmãmente e até breve!

José Pinheiro

Notas:
1) As opiniões acima expressas são minhas, decorrentes da experiência no sector e de pesquisa de várias fontes;
2) Direitos reservados das entidades respectivas aos ‘links’ e/ou imagens utilizados neste texto, conforme expresso.

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