Orgulhosamente
só, num sector automóvel onde as alianças se fazem e desfazem mais depressa do que seria de esperar, a já centenária
japonesa Suzuki Motor Corporation tem sabido ultrapassar as vicissitudes de ter que
fazer quase tudo em casa. Claro que também
já esteve ligada a dois gigantes da indústria – os grupos General Motors e
Volkswagen – que participavam no seu capital, mas hoje prefere apostar em pontuais
acordos tecnológicos, como o importante que fechou, no início do ano, com outro portento
mundial, a vizinha nipónica Toyota.
Apesar
de contar com modelos de maiores dimensões, é por demais reconhecida a sua
aposta nos pequenos citadinos e nos micro-carros, numa fama que é exponencial
no seu país natal, assente no rácio qualidade vs preço acessível. Um dos exemplos é o Suzuki
Ignis 1.2 GLX SHVS 2WD, o convidado desta edição Trendy Wheels, SUV que se insere nesse lote de sucesso local e
internacional, sendo um daqueles automóveis que, uma vez chegado ao pé dele, dá
vontade de apreciar e explorar. É a chamada grande surpresa num
formato pequeno.
É,
de facto pequenino embora alto por fora, este crossover citadino de forte personalidade, mas enorme por
dentro, para além de que, mesmo em termos tecnológicos, não fica a dever muito a outros pares
semelhantes contra quem concorre no mercado, alguns propostos a preços
bem superiores.
A
começar pelos inovadores sistemas de conectividade e soluções de segurança activa,
passando pelo moderno motor Dualjet de 1,2 litros, que tem associado um sistema
híbrido caseiro – o SHVS (Smart
Hybrid Vehicle by Suzuki) – dispositivo eléctrico que dá um kick extra ao motor a gasolina na aceleração
e desaceleração, com uma muito positiva influência nos baixos consumos. Espevitadinho com os seus 90 CV, mais um
shot de 4 CV extra gerados pelo SHVS,
e também por ser um peso pluma de uns meros 810 quilinhos, dá-se um toque de
acelerador e aí vai ele!
Irreverente ou sóbrio? Sem dúvida, o
primeiro!
Assumindo
um design completamente novo face aos seus antecessores com o mesmo nome, o Ignis destina-se a dois tipos de clientela: jovens encartados, com um
toque de irreverência, ou people de
mente mais aberta, tem as propostas em deliciosas carroçaria a três cores, com
esta versão que me foi dada a testar em dois tons metalizados, em Branco Pérola
a contrastar com o Preto do tejadilho, mais os detalhes em Azul Neon; já para os
mais conservadores há opções mais sóbrias, até em cor única.
Foi
o irreverente que me saiu na rifa que, aliás, tem bem mais a ver comigo, uma proposta que, uma vez aberta a porta, acede-se a um habitáculo
surpreendentemente espaçoso, a partir do qual se vê (quase) tudo lá para fora. Até
a bagageira é grandinha q.b., que nos
seus 260 a 514 litros (aqui com os bancos rebatidos) permite arrumar a mais
diversa tralha do nosso dia-a-dia ou viagens, como nas fotos. A flexibilidade a
bordo é tal que facilmente queremos por este SUV a trabalhar e explorar a
cidade ou a sua envolvente.
Pequenino
como é, o Ignis cabe em todo o lado, até com a ajuda de uma câmara de visão
traseira para as manobras de marcha-atrás (só não tem os pi-pis de distância, pois não há sensores), enquanto outra câmara
ou, melhor dizendo, radar, identifica as marcações no piso e a distância para
com o carro da frente, alertando-nos com um algo estridente “piiiiiiiiiiiiiiiii” e, também, no
painel, a amarelo e vermelho, em cada um dos casos. No pára-arranca tem o
opcional sistema de start/stop, tão
silencioso que nem se dá por ele, e se tiver um furo ou um pneu, por qualquer
outra razão, perder pressão, o sistema alerta-nos para esse facto. Por falar
nisso, aqueles estão montados em jantes de 16 polegadas, estas com uma inserção
“Ignis” no tal Azul Neon.
… e mais isto e mais aquilo…
Claro
que esses detalhes celestes do exterior encontram eco lá dentro, da consola
central, à base da caixa de 5 velocidades, saídas da ventilação e puxadores das portas, num espaço,
já o disse, abundante e com toques de tecnologia, do semi-moderno painel de
instrumentos, onde uma simplista animação
indica para onde está a ir a energia exigida ao motor, ao sistema de
conectividade inerente ao ecrã táctil de 7 polegadas para as funções de áudio,
navegação, ligação ao telemóvel (Android Auto, CarPlay e Mirror Link) e outras de
configuração deste pequeno grande Ignis.
Depois, este nível de equipamento GLX desta unidade integra ainda computador de bordo, bancos
dianteiros aquecidos e faróis de LED, que se iluminam quando desbloqueia o
carro à distância, mostrando ao seu dono um ar sorridente do tipo “sim, estou aqui à tua espera!”! Há
ainda o controlo de velocidade com limitador, ar condicionado automático e até arranque
sem chave, associado à abertura de portas que se pode fazer nos
puxadores, só precisando de ter a dita consigo senão, nada feito!
E
quanto custa isto tudo? Tendo em conta as actuais campanhas em vigor para a
gama Ignis – a Suzuki oferece um desconto directo de € 1.575 e outra de financiamento
de € 1.000 – o PVP deste convidado do Trendy
Wheels (ainda sem as despesas administrativas, taxas e pintura metalizada) é
de € 14.734.
Não
deixa de ser um valor simpático para um mini-SUV, face a outras propostas à venda, mas com este recheio todo é caso para dizer que, quem o comprar vai muito bem servido. Para mais informações sobre este SUV citadino, também disponível
com tracção às 4 rodas e caixa automática, aceda à página da Suzuki Auto.
Quanto a mim, claro que já tive de o devolver ao dono, mas ficou a promessa de que dentro em breve irei trazer um outro elemento da família. Qual? Há esperar para ver… perdão... ler!
Imagens: Trendy Wheels/JP e Suzuki |
Cumprimentos
distribuídos irmãmente e até breve!
José Pinheiro
Notas:
1) As opiniões acima expressas são minhas,
decorrentes da experiência no sector e de pesquisa de várias fontes;
2) Direitos reservados das entidades
respectivas aos ‘links’ e/ou imagens utilizados neste texto, conforme expresso.
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