Não
são os tresloucados membros de “Os
Simpsons”, nem têm qualquer costela dos desconcertantes exemplares de “A Família Adams”, não viveram a batalha
que, em tempos, os Ewing da série “Dallas”
travaram nas TVs com os Carrington da rival “Dinastia”
e até nem lhes passou pela mesa de jantar o rótulo “Vila Faia”, vinho que os bem mais portugueses Marques Vila produziam
naquela que foi a primeira telenovela portuguesa, ao mesmo tempo que estão
longe, muito longe, das duplas, triplas ou quadras da bem mais actual e
diversificada “Uma Família Muito Moderna”!
Aliás,
entre os Hain e as restantes famílias
acima há todo um mundo de diferenças! A começar pelo facto de que os suecos
são reais, de carne e osso, e os demais produtos de ficção que nos entram casa adentro sem ser para
jantar! Outra particularidade é o facto de que os Hain vão deixar de se
preocupar com a condução dos seus carros, podendo, assim, aproveitar mais o
tempo das suas vidas noutras actividades.
Composta
por 4 pessoas – o pai Alex, a mãe Paula e as duas filhas Smilla e Filippa – os Hain tornaram-se mundialmente
conhecidos como a primeira família a ser escolhida para integrar o programa “Drive Me” da igualmente sueca Volvo Cars. Um processo em que se utilizam
automóveis semelhantes aos nossos, em condições reais de trânsito, mas sem que nos
tenhamos de preocupar com a condução do carro, pois praticamente tudo é feito
de modo autónomo, uma vertente da indústria que está em plena fase de
exploração pela grande maioria dos construtores de automóveis. Conheça-os
melhor aqui:
Ao
contrário de outros projectos, a Volvo diz apostar nas pessoas – utilizadores
de veículos que, de um modo mais simplista, se pode afirmar que se conduzem
sozinhos – como o elemento fundamental desta equação, definindo a tecnologia a
utilizar em função do papel a desempenhar a bordo pelo condutor e não o
contrário.
Este
para já programa de testes baseia-se no uso de veículos equipados com a
tecnologia de condução autónoma em condições reais, visando melhorar a vida das
pessoas, nomeadamente a sua experiência de mobilidade, ao mesmo tempo que tem
um efeito positivo na sociedade, garantindo processos mais seguros, sustentáveis
e convenientes. Ao longo do presente ano deverão ser 100 os veículos deste tipo
a circular em estradas públicas de Gotemburgo, num processo que, a médio prazo,
se verá expandido para outras cidades do planeta.
Líder
na área da segurança automóvel, a Volvo acredita que esta tecnologia irá
reduzir o número de acidentes nas estradas, reduzir o tráfego e os níveis de
poluição das cidades, permitindo aos condutores utilizar de outra forma o tempo
que gastariam normalmente na condução.
Confesso
que, apesar de acreditar na validade da tecnologia e conseguir ver para além do
imediato – afinal, nos dias que correm, parece que quase nada é impossível no
mundo das rodas – para mim que gosto de conduzir, de sentir o volante,
pressionar os pedais, usar a caixa de velocidades e obrigar o carro a fazer o
que me dá na real gana, levando-me de um ponto A para outro B, esta cena da condução autónoma faz-me algumas
cócegas! A si não?
Cumprimentos
distribuídos irmãmente e até breve!
José Pinheiro
Notas:
1) As opiniões acima expressas são minhas,
decorrentes da experiência no sector e de pesquisa de várias fontes;
2) Direitos reservados das entidades
respectivas aos ‘links’ e/ou imagens utilizados neste texto, conforme expresso.
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